sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Crônicas da Minha Vida (206) + Devaneio



.: DEVANEIO :.

Nós, humanos, somos egocêntricos. Não tentem negar. É a realidade. E tudo bem, não há problema nisso, faz parte da nossa natureza — nós, invariavelmente, acreditamos que o nosso umbigo é o centro do universo. MEU pai, MINHA mãe, MEU amigo, MINHA amiga, MEU namorado (para meninas e gays), MINHA namorada (para meninos e meninas interessantes), MEU carro, MINHA roupa, MEU isso, MINHA aquilo. É algo que nós fazemos inconscientemente. Não tem jeito. Nós agimos como se o mundo tivesse sido criado ao nosso redor e então encontramos um modo de fazer com que tudo que acontece tenha alguma relação conosco — do último hambúrguer daquele carrinho de lanches até aquele atentando terrorista no Curdistão. Por conta disso, nós somos, inevitavelmente, levados a crer que as pessoas se agarram em cada uma das nossas palavras e prestam atenção em cada singelo conselho por nós dado.

O caso é: isso não é verdade. Porque, veja bem, o receptor, assim como você, caro interlocutor, também acredita ser o ponto ao redor do qual todo o universo gira ao redor, desse modo, a sua palavra não tem o mesmo valor que a palavra dele, se por um acaso alguém vier pedir um conselho a você, tenha em mente que, na maioria das vezes, esse outrem somente está procurando uma pessoa para concordar com o que já decidiu há tempos.

Portanto...

Se você, em toda sua vida, conseguir fazer com que pelo menos uma única pessoa escute de verdade o que você tem a dizer e então siga o seu conselho, sinta-se feliz, porque você é um bastardo de sorte.


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (206) :.

1970.
CW: Se eu fosse rica igual a ele [Renato Russo], minha chance de sucesso [no mundo da música] seria bem maior.
F: Mas você não é, viva com isso, dê um jeito, se vire nos trinta, alcance o estrelato de qualquer jeito e prepare-se para ouvir muitas pessoas dizendo “Eu chorei litros quando li a sua biografia (por Felipe E. Cruz R., obviamente), é uma história tão emocionante...!”.
CW: (risos felizes).

1969.
F: Fome!
Papai: Conta uma novidade.
F: O senhor sabia que se uma pessoa nascer em águas internacionais, então ela é tida como cidadã do mundo?
Papai: Não.
F: Eis aí uma novidade, então.

1968.
Ma: E o Vestibular [da UFPa]? Passou?
F: Não sei, não saiu o resultado ainda.
Ma: Pô, energia positiva que o universo retribui!
F: Isso foi tão New Age da sua parte (risos).

1967.
F: Ah, precisamos marcar de sair qualquer dia desses, aproveitar as férias e entregar o DVD do [seu namorado].
Ju: ISSO!
F: É só dizerem o dia, qualquer um menos essa quarta-feira.
Ju: Meu Deus, parece que todo mundo tá com compromisso nessa quarta-feira agora. Chamei meu amigo para ir ao cinema essa semana e ele tá “Tá, boa, qualquer dia menos essa quarta-feira agora”. Chamei a [censurado] para ir ao shopping comigo quarta e ela toda “Ah, quarta tenho compromisso, vamos terça”. O que tá rolando quarta que todos estão me escondendo?
F: Olhe, eu te conto, mas você não pode contar para ninguém, OK? É altamente secreto.
Ju: Diga.
F: Festa na casa do Lew Ashby.

1966.
Lu: Eu não consigo agir sob pressão. Ano passado fui para a [recuperação] final de três matérias e ela [minha mãe] nem ligou, não disse absolutamente nada... Passei nas três. Primeiro semestre [de 2010] fui para a recuperação de oito matérias. Recuperei quase todas. Segundo semestre fiquei em quatro, passei em uma e fui para a final de quatro.
F: Porque você está tensa, não farei nenhuma piadinha com “fui para a final de quatro”.
Lu: (risos) Morri [de rir]!

1965.
Lu: As lésbicas daí dão no primeiro encontro igual em The L Word?
F: Apenas quando saem com a [censurado].
Lu: Sério?
F: Eu já te mostrei a [censurado]?
Lu: Acho que já...
F: Então você tem noção do nível de gostosura dela, né?
Lu: Eu não lembro mais quem é.
F: (manda uma foto) Viu aí?
Lu: Ah, verdade... Ela é tudo.
F: Logo... Não há como dizer “não” para ela.
Lu: Ai, eu comeria.
F: Morra de inveja (risos).
Lu: Vai se foder (risos)!

1964.
F: Preciso mudar o layout [do meu blog], ele já tem dois anos, está na hora de uma mudança.
PJ: Pensou em quê?
F: Pensei em pegar um layout legal no Btemplates, mas aconteceram algumas coisas aí e agora eu terei que criar um layout novo, o caso é que eu não faço a menor ideia de como mexer em HTML... Então, poderia me ajudar, mana [censurado]?
PJ: Claro que sim. Apesar de não ser tão boa em HTML. Estou à disposição (risos).
F: Ei, você já sabe de alguma coisa de HTML, eu não sei de nada, então até onde vai à relatividade, você é o meu Buda do HTML (risos).

1963.
Bruxo de Fogo: Cara, quando eu olho para o passado, eu só vejo mágoas e motivos pra me envergonhar, salvo algumas partes que valeram à pena ter passado, mas, no final das contas, minha vida só serve de diversão para quem quer se divertir com ela, e eu não quero.
F: Bruxo de Fogo, não leve a sua vida tão a sério, você nasceu de uma gozada e já sabe como tudo terminará, apenas aproveite o que está no meio disso.
Bruxo de Fogo: Posso tentar.
F: Ótimo, tente.
Bruxo de Fogo: Não é que eu pense nisso o tempo todo, mas quando eu penso, vêm essas merdas na minha cabeça.
F: “Não deixe que te ensinem a pensar, Lance, é a maldição do mundo”.
Bruxo de Fogo: Cara, eu não vejo a hora de eu estar falando “Olha, eu era igual a você, então eu te entendo, seja mais autoconfiante e não leve as coisas tão a sério”.
F: Olhe, eu te digo uma coisa: é muito legal fazer isso. E é mais legal ainda quando a pessoa para quem você está falando isso percebe que não há tanta diferença assim entre você e ela.

1962.
F: Bruxo, tudo na vida é um jogo de interesses, não tem jeito.
Bruxo de Fogo: É verdade, sei lá. Fazer algo diferente pra variar pode ser legal às vezes, ajudar só por ajudar, falar só por falar, ou sei lá.
F: Pessoalmente, eu acho isso impossível — para mim, sempre há um por que por trás de cada razão.

1961.
F: Fazer métrica é difícil, eu também nunca aprendi apesar dos esforços constantes da [censurado] (prof.ª de Literatura).
CW: Se VOCÊ não aprendeu... [Que chance eu tenho de aprender?].
F: Porra, falando desse jeito até parece que eu sou o Neil Gaiman da nossa geração.
CW: Você é o New Gayman da [nossa] geração. Brimks. Trollei (risos).


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Top 3 + Uma conversa no metrô



.: UMA CONVERSA NO METRÔ :.


Boa-noite. Meu senhor, o senhor poderia, por favor, me dizer que horas são? Em nome de Nossa Senhora do Pneu Furado! É tão tarde assim? Por todos os santos! Para mim era ainda muito mais cedo! Incrível como o tempo passa rápido quando se esta se divertindo, não é? Tem alguém sentado aqui, meu senhor? Não, ah, ótimo. O senhor é muito gentil.

Então, posso perguntar para onde o senhor esta indo? Oh, Paris! É uma cidade linda, meu senhor, creio que gostará muito dela... Puxa, há quanto tempo faz mesmo que eu fui a Paris pela última vez? Cinco anos? Não, não. Seis anos? É, deve ser... De tanto eu viajar de lá para cá, às vezes me esqueço do tempo, por sinal, minha neta diz que estou sempre atrasado por conta disso, hah, hah, hah, ela é uma menina adorável, completou oito aninhos da semana passada, uma pena que não pude estar lá para vê-la assoprando as velhinhas... Trabalho.

Ora, essa sua pergunta, meu amigo... Posso chamá-lo de “meu amigo” ao invés de “meu senhor”? Obrigado, você é muito gentil. Então, uh... Muito bem, eu trabalho com exterminação, lido com todos os tipos de insetos: baratas, formigas, cupins, mosquitos, todos os tipos mesmo, o que quer que esteja incomodando o cliente, eu vou lá e pan! Dou um jeito. Sim, sim, é um ótimo emprego, o horário é flexível, o pagamento é bom e tenho a oportunidade de viajar bastante, semana passada, por exemplo, eu estive no Entrance, sim, sim, é aquele transatlântico que ia do Rio de Janeiro para Tóquio, o próprio.

A propósito, meu amigo, você esta sabendo do que aconteceu no navio? Não, não, essa história de que houve um acidente na sala das máquinas que culminou na morte daquele homem — qual é mesmo o nome dele? Ah, sim. Maurício Magalhães — é uma mentira lavada inventada para evitar que a companhia do Entrance sofresse com a má publicidade. Como eu sei disso? Ora, meu amigo, eu sei disso porque eu estava lá, sim, eu estava lá na hora em que o tal do Magalhães partiu dessa para melhor, estava fazendo o meu serviço.

Ah, mas é claro, não vejo problema algum em contar o que aconteceu... Perdão! Perdão, perdão! Somente agora percebi que estou tagarelando e nem perguntei o seu nome! Diga-me, meu amigo, como se chama? Prazer em conhecê-lo, Timothy Teatime. Eu sou Hugo Hueforet.

Então, antes de contar como o infeliz do Mauro Magalhães morreu, eu assumo que seja importante contar primeiro porque de ele ter morrido, certo? Pois bem. Tudo que eu falar agora foi descoberto por mim depois do assassinato — sim, assassinato — ter ocorrido, é tudo fruto de uma pesquisa que efetuei tão logo desci do Entrance.
Alguns meses antes de embarcar no transatlântico, esse Magalhães apostou em uma luta clandestina, acredito que alguém tenha dado-lhe uma dica por fora, afinal, por qual outra razão apostaria 20 mil dólares em um lutador de nome Anão-de-Ferro? Pois então, ele apostou nesse anãozinho e, como você pode prever, o anãozinho perdeu, por sua vez, afundando o pobre Magalhães em dívidas.

Em uma situação legal, ele teria algumas opções, poderia tentar fazer um acordo, parcelar a dívida, etc, etc, mas em uma situação ilegal como aquela, não há essa opção, no instante em que o anãozinho foi ao chão, dois capangas do agiota surgiram do nada, pegaram o Magalhães pelo braço e levaram-no ao encontro do seu chefe, qual somente não atirou no cara pálida porque percebeu que poderia se beneficiar ao usá-lo.

Por acaso, meu amigo, você leu, ou ouviu falar, sobre esses assaltos a banca que tem ocorrido com maior frequência ultimamente? Os bandidos invadem o banco à noite, arrombam o cofre, recolhem o dinheiro e vão embora antes de a polícia chegar, de modo que apenas uma criatura é vista nas câmeras de vídeo — um homem vestido igualzinho a Chapeuzinho Vermelho. Exatamente, por isso a mídia apelidou esses ladrões de Gangue do Capuz Vermelho.

Acontece que esse Chapeuzinho Vermelho não é o líder do grupo, não, não, ele é apenas um cara qualquer que os bandidos contratam para fingir ser o líder, daí mesmo se ele for capturado, não poderá falar nada sobre o sistema de operação deles, e, bem, dessa vez o cara escolhido para vestir o capuz vermelho foi o Mauro Magalhães, porém... O tal do Magalhães não era um sujeito estúpido, ao invés de seguir todas as ordens que nem um cachorrinho obediente, ele passou as pernas nos bandidos e no agiota, armou uma armadilha para que eles fossem presos em flagrante enquanto ele, espertalhão, escapou com o dinheiro do cofre, comprou uma passagem para o Entrance e pretendia passar o resto de sua vida relaxando no interior do Japão.

O agiota, muito puto da vida, utilizou sua ligação para comunicar-se com um grupo — como meu filho diz — da pesada: a Guilda dos Assassinos. Ele conversou com o diretor e conseguiu contratar um dos melhores assassinos do mundo, o Freelancer, para dar cabo do Magalhães, ainda no mesmo dia, o assassino descobriu o paradeiro do cara pálida, comprou uma passagem e embarcou no transatlântico, muito estimulado a fazer seu serviço devido ao pagamento: 100 mil euros. Sim, sim, é uma boa quantia.

No Entrance, o Freelancer procurou pelo Magalhães, quando ficou cara a cara com ele, fez uma proposta: a vítima lhe dava 50% do dinheiro do cofre e ele o deixaria em paz, Magalhães concordou e disse que fariam a transação naquela noite, se encontrariam na sala das máquinas, onde eu — devido a minha profissão — estaria também.

O assassino e a espertalhão adentraram na sala das máquinas precisamente às onze horas, Magalhães entregou a maleta com o dinheiro, o assassino conferiu o valor ali contido, sorriu, apertou a mão do sujeito e daí o assassinou ao cravar um lápis — sim, um lápis — no meio dos olhos dele, Magalhães caiu e o Freelancer guardou o dinheiro, o qual fazia parte do seu pagamento. Desculpe-me! Esqueci-me de mencionar que antes de o espertalhão entregar o dinheiro, ele e o Freelancer conversaram por algum tempo, pelo jeito deles, parecia que o assassino estava contando uma história.

Não acredita em mim, Sr. Teatime? Trate de acreditar, pois é a pura verdade! Eu estava lá, eu vi tudo que aconteceu — detalhe por detalhe, na verdade, eu até mesmo poderia escrever um conto retratando o fato... Por que eu estou contando isso ao senhor ao invés de comunicar às autoridades? Ora, por um motivo... Veja bem, meu senhor, não somente o senhor é um insetozinho desprezível que roubou um item de valor imensurável do meu cliente como também faz parte do modus operandi do exterminador Freelancer falar de sua vítima anterior antes de realizar o próximo extermínio.

Boa noite, Sr. Timothy Teatime.


.: CRÔNICA DE OURO :.

Ka: Cara, eu pensei que a [minha irmã] fosse me matar ontem. Caralho, ainda tô tremendo de tanto medo.
F: O que diabo aconteceu, criatura?
Ka: Lembra que eu te disse que o meu banheiro tá entupido e que tô usando o do quarto da [minha irmã] por enquanto?
F: Sim, sim.
Ka: Eu fui usar ontem de madrugada, daí como eu não queria acordar ela e passar meia hora escutando reclamação sobre ter acordado ela e tudo mais, entrei de fininho no quarto dela sem ligar a luz, fui pro banheiro, não liguei a luz, coloquei o pau pra fora e na hora que soltei o primeiro jato, escutei um grito.
F: (convulsões de risos).


.: CRÔNICA DE PRATA :.

Co: (séria) O [meu namorado] me pediu em casamento... E eu disse que sim.
F: (angustiado) Mas eu NÃO quero ser a Júlia Roberts! Ela é feia.
Co: Tudo bem (risos). Você pode ser o Patrick Dempsey!
F: Isso quer dizer que eu posso ter um telescópio?
Co: Apenas se você cantar Can’t Buy Me Love.


.: CRÔNICA DE BRONZE :.

P: Mas é isso... Se quiser sair fora [de Belém], te dou apoio. Se quiser ficar por aqui, te dou apoio. Se quiser cursar Direito, te dou apoio e te empresto livros e teorias. Se quiser cursar Medicina, te dou apoio. Se quiser largar Medicina, te dou apoio. Se quiser virar índio, te dou apoio. Se quiser virar viado, aí não, né.
F: Aí já seria sacanear demais (risos).


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Crônicas da Minha Vida (205)

.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (205) :.

1960.
P: Você sabia que a antiga governadora [daqui do Pará] não comprou carros para a polícia, né? Era tudo alugado. Pois bem, entrou [o] novo governo, [es]tão tendo que devolver os carros, e hoje a cidade ficou sem patrulhamento de carros porque não tinha gasolina, um amigo me falou que eles não têm nem bala, [es]tão economizando a munição, mano (risos).
F: Então, basicamente, o nosso principal provedor de segurança imediata está limitado a usar um tacape e tem que vir correndo atender a emergência... Que merda.

1959.
F: Mudando rapidinho de assunto porque eu sei que daqui a pouco você vai para a cama com o pinguim [de pelúcia] da [sua irmã]... Mano, quer escrever o roteiro de um curta-metragem comigo? Dois personagens, talvez três. Coisa simples.
T: Sim, sim. Quero sim... Tava pensando nisso esses dias. É, eu sei, é estranho, mas estive pensando nisso...
F: (“pasmo”) Em ir para cama com o pinguim?
T: Não, não. E não vou para cama com o pinguim.
F: (risos) Já era, cronicado.

1958.
*flashback 2006*
F: (apresentando-se para uma menina linda de morrer) Olá, eu sou o Felipe e esse é o meu amigo, MC Clap Your Handz.
Ca: (bate palmas) Minha música abalará o seu mundo.
Menina Linda de Morrer: (convulsões de risos).

1957.
M: Tô cansada, passei a manhã e a tarde inteira trepando.
F: (sarcástico) Sim, porque isso é algo que eu realmente queria saber.
M: (risos) Por isso que eu sempre te digo!

1956.
Lt: Você não bebe, Fê?
F: Não.
Lt: Pensei que era cachaceiro (risinhos).
F: Por quê?
Lt: Você sabe por quê... Sempre os caras safadinhos e bagunceiros são cachaceiros.
F: Bem, eu sou uma grande exceção a várias coisas (piscadela).

1955.
PV: (falando de uma menina).
F: É, “PC”, ela te curte.
PV: Claro, “Felipetty”.
F: O “T” extra é para o talento extra (piscadela).

1954.
Ga: Diz que o teu sonho é ficar com a [censurado] é (risos)?
Bruxo de Fogo: Já chega, bicho, (risinho constrangido) isso já é demais.
F: (sem perder a pose) Sim, sim. Eu pedi ela em casamento quando tínhamos quatro anos, ela disse “Não”, agora eu preciso mostrar a ela o que está perdendo, né.
Ga: (risos) É verdade, cara. Essas distintas só dão valor pras coisas depois que as perdem.
F: FATÃO!

1953.
Bruxo de Fogo: Realmente, você é um bastardo de sorte.
F: Sim, sim, há até uma música falando disso.

1952.
Bruxo de Fogo: Um dia que vero ver a [sua] imagem na contracapa [de um livro] e dizer: “Ei! Ele me chamava de ‘Bruxo’!”.
F: Eu, honestamente, prefiro que você diga “Ei! Ele me chama de ‘Bruxo’!”. E que haja uma mulher L-I-N-D-A ao seu lado que, ao te escutar falando isso, diga algo como “É verdade? Olha, eu vou para cama com você se me arranjar uma cópia autografada do livro dele”.
Bruxo de Fogo: (convulsões de risos).

1951.
CW: Sabe o que eu queria pedir? Pra você me ajudar a fazer tipo um refrão pra aquele poema lá do [meu] blog virar música e me ajudar a passar pra inglês depois.
F: Eu acho que eu serei mais útil ajudando a passar para inglês do que te ajudando com o refrão, mas posso tentar.
CW: Até parece... Você com as palavras, tudo a ver.


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Crônicas da Minha Vida (204)

.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (204) :.

1950.
F: (falando de Castlevania: Lament of Innocence) Quer mesmo o spoiler?
T: Sim, sim.
F: Ele, Drácula, era um miguxo do Leon Belmont, daí perdeu a esposa, ficou puto, resolveu se vingar de Deus, manipulou um vampiro para sequestrar a esposa do Leon, então ele foi atrás dela no castelo do vampiro, enfrentando vários inimigos e, eventualmente, espancando o próprio vampiro, nisso o Drácula surge das trevas e usa uma pedra para transferir os poderes do vampiro em si, virando o Drácula, a mulher do Leon morre e o Leon jura que o seu clã caçará a noite pela eternidade.
T: Égua! Firem! (corrigindo-se) Firme! Tá, “firem” foi engraçado (risos).
F: “Firem” será uma nova gíria a partir de agora.
T: Vai expressar o quê?
F: Algo que seja firme³.
T: (risos) Ótima, essa [é]! Cronique depois!
F: Já está cronicado (piscadela).

1949.
CW: A Oprah é uma lady, magnífica, apesar de ser obamista, consegue ser simpática e elegante; as apresentadoras brasileiras deveriam tentar aprender um pouco com ela.
F: Muito difícil. As apresentadoras brasileiras, em sua maioria, são todas cópias da Márcia.

1948.
F: Enfim, o pessoal do GV ainda não me aceitou.
CW: Ah, o Parlamento tá parado até o dia 8, não sei se os demais estão, perguntei pro [censurado], deixa eu ver se ele me responde.
F: OK.
CW: Viu? Ele disse que tem a ver com o [censurado]². O [censurado]² não entra NUNCA, aff...
F: Bem, é época de Ano Novo, provavelmente ele deve estar com a família, ou festejando sem parar. Espero que festejando sem parar — é mais divertido.
CW: Ele deveria estar fazendo a obrigação dele. Imagina se os policiais ficassem em casa hoje comemorando.
F: Você não pode comparar um cargo como o dele ao cargo de um policial, não faz sentido, ainda que os dois sejam serviços públicos, um é de uma necessidade imediata. Falando nisso, qual é o cargo dele?
CW: Delegado.

1947.
F: Preciso voltar a escrever o meu livro. Recomeçá-lo, na verdade.
PV: Você já me falou isso de acabar tendo que reescrever tudo, era quando eu tinha sonhos de fazer um conto e descobri que não sei escrever... Graças a quem mesmo?
F: Ei, ei, eu nunca disse que você não sabia escrever, apenas disse que você tinha que dar uma boa melhorada.
PV: Perco a autoestima, mas não perco a piada: Geyse Arruda tem que dar uma melhorada. Eu sou uma negação (risos).

1946.
PV: Gosto não se discute, mas que a [censurado] tem razão, ela tem.
F: Não, não tem. Essa é uma das ocasiões em que ela está errada e eu estou certo.
PV: Na verdade... Ela nunca esteve tão certa. Afinal, o Jet Li é melhor que o Jackie Chan, o Paul McCartney é melhor que o Bono Vox, e por aí vai... O seu gosto artístico é horrível.
F: OK, eu preciso lembrá-lo que você é MEU amigo e deveria estar do MEU lado?
PV: (risos).

1945.
PJ: Lipe, eu não sei se já lhe disse [isso], [mas] a tristeza torna tudo mais bonito. Sempre.
F: Apenas porque, na tristeza, você pode contemplar, sonhadoramente, a alegria.
PJ: Sim.
F: É aquela velha história [de] “a gente só percebe o valor de algo quando não o tem mais em suas mãos”. Por isso eu sempre tento prestar atenção.

1944.
F: Gostou do blog da [censurado] é?
Lt: Sim! Que idade ela tem?
F: Ela deve ter mais ou menos a minha idade.
Lt: 38?
F: (pasmo) Eu tenho vinte anos.
Lt: (risos).

1943.
Bruxo de Fogo: Cara, não tô sendo ingrato e muito menos criticando, mas... Por que [você] parece tão interessado [em ajudar a minha banda], man?
F: Porque eu quero poder apontar para uma televisão que esteja ligada na MTV e dizer “Tá vendo esses caras aí? Pois é, eu conhecia eles antes do sucesso”.
Bruxo de Fogo: (risos).
F: Sem contar que você é meu amigo, o [censurado] também e o [censurado]² parece ser um cara legal. Se eu ajudo pessoas que eu nem conheço direito, por que não ajudaria vocês?

1942.
Jo: A [censurado] é judia mesmo?
F: É, é. Por quê?
Jo: Porque ontem à noite ela não parou de gritar “Jesus!” (risos).

1941.
F: Quem eu tenho que matar para pegar o meu sanduíche de picanha?
Fa(i): Um boi.


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Crônicas da Minha Vida (203) + Crônica de Bronze + Devaneio



.: DEVANEIO :.


Eis um fato que não é do conhecimento geral: eu gosto bastante de Arquitetura. Ocasionalmente, tiro alguns instantes da minha madrugada para ler artigos sobre tal arte e dar uma olhada em fotos de construções interessantes, dentre estas, há a Basílica i Temple Expiatori de la Sagrada Família, comumente abreviada de Sagrada Família. Essa grande igreja católica situada em Barcelona pode ser descrita de várias maneiras — marrom, pontuda e estranha —, entretanto a melhor maneira de descrevê-la é chamando-a de incompleta. Por quê? Porque no dia 7 de junho de 1926, o arquiteto Antoni Gaudi cuja barba era, inclusive, marrom, pontuda, estranha e incompleta como apontado pelo personagem Ted Mosby do fantástico sitcom How I Met Your Mother foi atropelado por um ônibus, desse modo, condenando a Sagrada Família a permanecer, eternamente, incompleta.

Gaudi tem crédito por nunca ter desistido do seu sonho, mas geralmente não é isso que acontece, normalmente não é um ônibus que nos impede de correr atrás dos nossos sonhos, mas nós mesmos, daí paramos de tentar perseguir o sonho, deixamo-nos quieto em um cantinho de nossas mentes até o dia em que, fatalmente, voltaremos a nele pensar e nesse momento percebemos como é, incrivelmente, difícil voltar a trilhar o caminho para a realização desse sonho. O que acontece? Nós nos forçamos a não querê-lo mais, tentamos nos convencer de que é um devaneio do nosso passado, uma loucura impraticável, contudo não tem jeito... O sonho continuará lá para sempre, retornando e retornando até o dia em que você finalmente crie coragem para torná-lo realidade... Ou então até o dia em que você morrer.

Eu tenho um sonho, e durante muito tempo tentei negá-lo. Eu pararei com isso. Vida é muito curta para desperdiçá-la fazendo outra coisa além de perseguir aquilo que você verdadeiramente quer.


.: CRÔNICA DE BRONZE :.

P: Mas é isso... Se quiser sair fora [de Belém], te dou apoio. Se quiser ficar por aqui, te dou apoio. Se quiser cursar Direito, te dou apoio e te empresto livros e teorias. Se quiser cursar Medicina, te dou apoio. Se quiser largar Medicina, te dou apoio. Se quiser virar índio, te dou apoio. Se quiser virar viado, aí não, né.
F: Aí já seria sacanear demais (risos).


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (203) :.

1940.
P: Esqueça isso de querer aconselhá-lo, não vale à pena.
F: Provavelmente não. Não.
P: Então vai perder tempo para quê?
F: Porque é preciso imaginar Sísifo feliz.

1939.
P: Cruel, parece que até quando eu quero fazer o bem, acontece o mal. É... Eu sou eternamente mal interpretado.
F: É a sua sina, querido mano, é a sua sina. Você é um ser freudiano.
P: Como assim?
F: Tenta fazer o correto somente para ser mal interpretado.
P: Está insinuando que eu faço isso de propósito mesmo que inconscientemente?
F: Não, eu estou insinuando que o Destino te vê como um alívio cômico. Mas, ei, é assim que ele vê todos nós.

1938.
F: Sofre de ansiedade?
P: Mano, eu sou um sujeito ansioso, mas tento me controlar. Já foi um problema a mim, hoje em dia não é. ... ... Mentira, ainda é. Mas o que isso tem com a minha dor de cabeça?
F: Essa sua dor de cabeça pode ser consequência de um distúrbio temporomandibular, DTM. Marque uma consulta com o seu odontólogo e peça para ele examinar a sua articulação temporomandibular, ATM, talvez você esteja pressionando-a durante o seu sono.
P: Se eu tenho bruxismo? Sim, eu tenho. Meus dentes estão todos sofrendo graças a isso.
F: Mistério resolvido.
P: O meu dentista quer que eu durma com uma dentadura de “prástico”, [o] meu receio é engolir isso à noite. Pensou?!
F: Não tem como você a engolir.
P: Como tudo acontece comigo, não duvido.
F: (pensa por um momento) É... Você é conhecido por participar de eventos extraordinários.

1937.
P: Agora, mano, você sabe de onde vem à dor de cabeça?
F: Dilatação dos vasos sanguíneos do cérebro, contração muscular e aumento da pressão intracraniana. Essas são as três causas conhecidas para a dor de cabeça.
P: Porque semana passada eu quase tive um derrame. Resolvi dormir à tarde, mano, me deram folga à tarde, cansado [eu] estava, tirei uma pestana — para que, mano? Acordei com o rosto repuxado, minha cabeça pesava uns cinquenta quilos, ânsia de vômito, tontura, pensei até que estava apaixonado, mas — graças! — não era.
F: (convulsões de risos).

1936.
F: Escutarei Babyshambles agora. Deseje-me sorte.
CW: Já baixou o disco? Tua Internet é rapidona, hein.
F: Acabei de baixar. Sim, sim, é 2 mb aqui.
CW: Vou voltar o disco para ficar em total sintonia (risos) com você.
F: Beleza, daremos play ao mesmo tempo.

1935.
F: Eu acho que já tinha te mandado antes o conto que postei hoje [no blog].
CW: Acho que não.
F: Sério? OK, agora fiquei encucado, se não foi para você nem para a [censurado], para que menina branquinha de cabelos pretos que nem o coração do Josef Mengele eu tinha mandado esse conto?
CW: (convulsões de risos).

1934.
M(p): E aí, não vai pegar a [censurado]? Porra, você é foda. Só tava te vendo (risos).
F: Nah, não tenho vontade de pegá-la.
M(p): (pasmo) Porra, não notei isso.
F: Ela quem dará em cima de mim.
M(p): (risos) Você é foda!

1933.
J(p): LOKO É POKO, LOKO É POKO, LOKO É POKO... http://goo.gl/7jM9I.
F: Depois do pato da minha amiga que PIAVA, eu não duvido de mais nada.
J(p): (boquiaberto).
F: I know! Fiquei do mesmo jeito!

1932.
Rf(pp): Te pago cinquenta reais se você desistir de ser padrinho [no casamento da minha prima].
F: Uau! Tudo isso é vontade de fazer par comigo lá no altar (risos)?

1931.
He: Qualquer dia eu te chamo pra fazer uma brincadeira [de ocultismo].
F: Viking, isso soou MUITO errado.
He: (risos).
F: NUNCA mais fale isso, viking.
He: Deixa de ter mente poluída.
F: (risos) Olha só quem fala!
He: Mas eu sei me controlar.
F: Eu, não. Os meus pensamentos são que nem tachyons.