sábado, 29 de maio de 2010

Crônicas da Minha Vida (140) + Devaneio + Conto



.: Devaneio :.

Eu não gosto de cantigas de criança. Nunca gostei, nunca gostarei e nunca cantarei para os meus filhos. Cantigas de criança são violentas e assustadoras demais e, sinceramente, eu não tenho o menor interesse em traumatizar os meus filhos, quer dizer, que pai em sã consciência cantaria algo como “Dorme neném que a cuca vem pegar, / Papai foi pra roça / E mamãe foi trabalhar”, é estúpido ao extremo! Você sabe que a cuca esta vindo e mesmo assim deixa a pobre criancinha sozinha! Caramba, como é que ela vai dormir assim? Tem outra também que julgo profundamente ofensiva, é essa aqui “Atirei o pau no gato-to-to, / Mas o gato-to-to / Não morreu-reu-reu, / Dona Chica-ca admirou-se-se / Do berro, do berro que o gato deu / Miau!”. Primeiro, esse “miau” é extremamente homossexual, segundo, atirar o pau no gato? O que é isso, minha gente? Que crueldade! Olha, isso é crime! Dá cadeia! Ensinar isso para os seus filhos é quase tão ruim quanto ensinar “Ciranda, Cirandinha / Vamos todos cirandar / Vamos dar a meia volta / Volta e meia vamos dar!”, sabe o que é isso? É uma apologia à prostituição, isso sim!

1300.
F&Mi: (dançando no quarto dela).
F: (olha afetuosamente para ela).
Mi: (ri) O que foi?
F: Nada... Apenas...
Mi: (encorajando) Apenas?
F: Eu acho que eu estou apaixonado por você.
Mi: (sorri) É, eu também acho que estou apaixonada por você.

1299.
F: E quanto à amiga da namorada do teu amigo? Bonitinha?
PV: Não, ela tem a voz mega alta (no sentido de volume) e tava dando em cima da namorada do meu amigo.
F: Peraí, peraí, a AMIGA da NAMORADA do teu amigo estava dando em cima da NAMORADA do teu amigo?
PV: Uhum.
F: OK, isso é simplesmente falta de bom-senso. Elas são amigas! Elas trocam de roupa no mesmo recinto! Certamente há situações melhores para esse tipo de coisa!

1298.
J(p): Ei, [censurado], fica comigo [aqui na aula ao invés de ir embora].
Ad: (brincando) Eu, não! Tu és fresco é?
F: (rindo) Boa, [censurado], boa.

1297.
Vovó: (em uma loja de computadores) Não tem que experimentar [o computador para ver se esta funcionando]?
F: Vó, é um computador, não é uma roupa.
Fa(i): (risos) Foi engraçado.

1296.
G: Ai, porra, a minha bunda ainda tá doendo [depois da queda].
F: Da próxima vez use KY.
G: O que é KY?
J(p): O que, o quê?
F: Ele falou que a bunda dele esta doendo, então eu disse para da próxima vez ele usar KY.
J(p): O que é KY?
F: (abaixa a cabeça e fica em silêncio).
Ad: KY é um lubrificante.
G: Ah, tá.
J(p): Lubrificante? Sabe qual é o meu lubrificante? É cuspe!
G: (rindo) Seu bruto.

1295.
C: Felipe!
F: [censurado]! Ei, esta livre no sábado, dia 5 de junho?
C: Não.
F: Por quê?
C: Oh, quis dizer “sim”, me confundi.
F: (em dúvida) Peraí, como você conseguiu confundir “sim” e “não”?

1294.
F: (calmo) Amor, eu estou passando mal, pode ir à cozinha pegar um pedaço daquele bolo de chocolate?
Mi: (espantada e enregelada).
F: (ainda calmo) Ou podemos ficar aqui, conversar um pouquinho, fazer um carinho, o que você preferir, meu amor.

1293.
F: (conversando com um amigo).
Ba: (recém-chegada) Do que estamos falando?
F: Nada que interesse a vocês, mulheres do espaço, somente a nós, brinquedos.
Ba: (sem entender) Como assim?
F: (rindo) Nada não. Apenas cumprindo uma promessa.
Ba: Doido.
F: E com muito orgulho.

1292.
F: Mas me diga, como foi o rodízio de sushi?
PV: De certa forma, foi legal, embora o serviço demorado e a falta de estrutura (caramba, estava tudo acabando) me fizeram não pagar os 10% do garçom. Ah, e a barata em cima da mesa.
F: Por favor, diga que você esta usando “barata” como um eufemismo.
PV: Não, não, era um filhote de barata mesmo.

1291.
Ca: Eu sou o quinto [a dar as cartas].
F: O quinto?
Ca: É. O quinto.
F: [Power] Ranger? Cavaleiro do Apocalipse? Elemento? Dimensão? Beatle?
Ca: (rindo) Há mesmo quem diga que eu sou parecido mesmo com o Billy Preston.

CONTO: O Guardião.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Crônicas da Minha Vida (139) + Devaneio + Oito Simples Regras para Namorar a Minha Irmãzinha




.: Oito Simples Regras para Namorar a Minha Irmãzinha :.

01. Use suas mãos na minha irmã e você as perderá em seguida.

02. Se você a fizer chorar, eu irei fazê-lo chorar.

03. Sexo seguro é um mito. Qualquer coisa que você tente será prejudicial a sua saúde.

04. Traga-a depois das 20 horas e não haverá próximo encontro.

05. Somente pipoqueiros buzinam. Namorados tocam a campainha. Uma vez.

06. Nada de reclamar enquanto está esperando por ela. Se você estiver entediado, troque o óleo do meu carro.

07. Se as suas calças estiverem abaixo do seu umbigo, eu ficarei feliz em segurá-las com a minha arma de pregos.

08. Encontros devem acontecer em lugares públicos. Você quer romance? Leia um livro.


.: Devaneio :.

Um primo meu (por parte de pai) vai se casar, ao receber essa notícia, eu fui (a mando de mamãe) fuçar o Orkut dele para ver as fotos do dia em que a namorada falou “Sim”, olhando lá as fotos, notei uma particularidade que achei muito engraçada: ela estava muito mais feliz do que ele. Por quê? Para descobrir a resposta, eu fui analisar toda a instituição do matrimônio e cheguei a seguinte conclusão: o casamento é melhor para a mulher do que para o homem, não é a toa que vocês, filhas de Eva, usam branco enquanto que nós, pobres coitados, usamos preto no tal dia. Veja bem, casar é o mesmo que ganhar na loteria para a mulher: ela não precisa mais ficar horas e horas se arrumando para excitar o palerma, não tem de fazer sexo quando não esta a fim para agradá-lo, arranjou alguém para pagar todas as suas contas e realizar todos os seus caprichos e mesmo quando acontece o divórcio, ainda vai ter alguém lhe pagando pensão pelo resto da vida! E o que o homem ganha? Filhos, dívidas, monogamia e uma sogra!

1290.
Mi: (assustada) Amor! Eu vi uma sombra passando aqui, acho que é um fantasma!
F: Que nada, é só a tua imaginação mesmo.
Mi: Peraí.
F: O que foi?
Mi: Amor, eu te ligo depois, vou me esconder aqui embaixo do lençol e fingir que tô dormindo.
F: Agora eu quem digo “peraí”! Você vai tentar enganar o fantasma?
Mi: É.
F: (segurando o riso) Sensacional!

1289.
F: Ela [namorada do pequeno mano messiânico] queria me apresentar à baterista da banda dela, mas... Treze anos não dá.
Ju: Ah, você me contou... Treze anos? (risos) [Eu] Não queria rir.
F: Menina nem deve ter pentelho na boceta.
Ju: Verdade. Odeio essa palavra.
F: Que palavra?
Ju: “Boceta”.
F: Prefere “caverna”, “lugar especial”, ou “floresta”?
Ju: Ai... Tá bom, continua com o velho termo (risos).
F: Bem, sempre podemos dizer o termo técnico, “vagina”, ou termo que o meu primo de onze aninhos usou outro dia, “canal para felicidade”, o que me lembra: estou preocupado com ele — tenho medo que a mão dele caia.

1288.
J(p): É legal. E de vez em quando aparece [no barzinho em que eu sempre vou] alguma [mulher] perdida bonita, não puta e sem namorado.
F: O que me lembra: fale-me desta [nome errado da moça].
J(p): [nome errado da moça]?
F: [nome correto da moça]! [nome correto da moça]!
J(p): Eu não conheço muito ela. Eu conhecia os irmãos dela. Só me lembro dela pequena. Hoje ela se tornou uma peituda indie com tendências bissexuais.
F: Ou seja, como 90% das minhas ex-namoradas e amigas.
J(p): Aparentemente sim.
F: Perfeito.

1287.
F: Por que essas coisas [mulheres proibidas dando em cima de mim] vivem acontecendo comigo?
Ju: É esse teu charme que você NÃO tem, Felipe, vê se para com isso..
F: Mas eu não faço nada. Na maioria das vezes sou apenas eu mesmo. E eu sou antipático e antissocial.
Ju: Mas isso tem seu charme...
F: Em que mundo nós vivemos? Em nome de Nossa Senhora do Pneu Furado! Se antipatia e carência de habilidades sociais é um charme, eu não duvido de mais nada.
Ju: Ah, tem gente que gosta, ué. A [Srta. Insegurança], por que você acha que ela gostou de ti? Ela prefere garoto assim do que aqueles muito coloridos... Muita gente prefere.
F: Mas você tinha de colocar o nome dela no meio, hein?
Ju: Ah, foi a primeira pessoa que me veio na cabeça...

1286.
F: Ah, te contei? Estou apaixonado por uma menina lá da sala, vi-a hoje quando estava voltando do banheiro, ela é branquinha, tem cabelo preto, é baixinha e usa óculos.
J(p): Sério? Quem é essa louca?
F: Nem desconfio. Espero que seja uma pessoa de carne e osso e não apenas um fragmento da minha imaginação.
J(p): Nunca vi ninguém assim lá na sala. Pelo menos não me lembro.
F: Ela senta à direita da coluna, lá na frente. Precisamente na terceira fila.
J(p): Vixe. Eu dificilmente olho naquela direção (por motivos óbvios).
F: Bem, talvez este seja o meu momento de outono.
J(p): E quem era a Summer?
F: “Humadica”: http://h1.vibeflog.com/2008/09/19/01/24564232.jpg.
J(p): Boa dica.

1285.
P: Mano, isso é esquizofrenia: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=14707628?
F: Mano, responderei com as palavras de um ancestral do nosso simpático mano lunático, São Tomás de Aquino: “Se Deus fala com você, então você é religioso. Se você fala com Deus, então é psicótico”.

1284.
P: Tem uma moça da faculdade, que é crente, a [censurado], linda, mano, perfeita pra ti.
F: Ela é crente. Tem certeza que ela é perfeita para mim [um ateu cheio de piadinhas inapropriadas]?

1283.
P: O que é estranho é que na época [do nosso Convênio], as pessoas me olhavam como se eu fosse um drogado e um péssimo exemplo, pois bem, cortei o cabelo e advinha?
F: Mudaram completamente de opinião?
P: Não, continuam achando a mesma coisa.

1282.
P: Eu tava sofrendo [quando briguei com minha irmãzinha postiça há três anos]?
F: Você estava miserável. Parecia um gatinho maltrapilho abandonado debaixo da ponte.

1281.
F: Mas me diga, mano, gostou da festa [de quinze anos da minha irmãzinha bochechuda]?
P: Sim. Foi muito bacana. O ambiente [estava] perfeito e [eu] tava contigo. Obviamente que também preferia a companhia da [tua irmãzinha], mas isso é outra história.
F: (rindo ameaçadoramente) Dou-te uma dedada que vai doer mil anos de dor [se chegar perto da minha irmãzinha].

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Crônicas da Minha Vida (138) + Devaneio




.: Devaneio :.

Eu tenho uma amiga por quem sou alucinado, morro de paixão por ela e nos casaremos daqui a vinte anos caso ainda estejamos solteiros e sem qualquer outra escolha. Ela é ótima em todos os sentidos, ou melhor, em quase todos; peca somente em um detalhe: seus hábitos alimentares. Eu conheço quase que toda família dela e, no entanto, não há ninguém com estes mesmos costumes. Do que eu estou falando? Bem, estou falando das estranhas combinações de comida que ela faz como, por exemplo, o quarteto feijão/peixe/macarrão/maionese, o triplo farofa/lasanha/vatapá, o duplo batata-frita/sorvete e o uno brócolis. Caramba, quem come essas coisas? Eu sei que é tudo comida e, portanto, importante — OK, talvez o brócolis não seja tão importante —, mas, caramba, cadê o senso de combinação? Peixe não combina com feijão! Farofa não combina com lasanha! Sorvete não combina com batata-frita! Brócolis é horrível, matou o Homer Simpson em um episódio da “Casa da Árvore dos Horrores”! É tão difícil de entender isso?! Eu sou alucinado por ela, morro de paixão e nos casaremos daqui a vinte anos caso ainda estejamos solteiros e sem qualquer outra escolha, mas, caramba, nem a ponto de bala eu me sento para dividir uma refeição com ela.

1280.
C: (após ouvir um barulho estranho na cozinha) Eu vou ficar ouvindo música [para me distrair].
F: Que ideia genial: você escutou um barulho estranho e agora vai escutar música, muito interessante.
C: (“irritada”) Você esta sendo irônico.
F: Eu faço comentários irônicos em momento inoportunos, você sabe muito bem disso, me conhece há treze anos.

1279.
F: Bem, se você quiser, eu posso descobrir o que há por trás desta história da tal [censurado], quem ela é e se, de fato, existe.
C: Ficaria muito agradecida.
F: Muito bem, brincarei de Sherlock Holmes por você. Ironicamente, o meu Dr. Watson é justamente o cara que possivelmente iniciou todo este caso. Que adorável.

1278.
P: Isso esta estranho.
F: Não, mano. Estranho é o meu jeito de dançar. Isso esta é bizarro mesmo.

1277.
F: Sabe, mano, isso é legal, digo, a gente aqui, reunido, OK, OK, alguns de nós não estão aqui, mas, enfim, é bom, eu senti falta disso.
P: Eu também senti, mano. Muita falta.
F: Yep. Nada como reencontrar velhos e bons amigos.

1276.
T: Posso fazer uma observação?
F: Pode.
T: (põe a mão na testa e olha ao redor).
F: (cinco minutos mais tarde) Agora que eu fui entender (risos)!

1275.
F: E como estão os teus tios?
Ca: Fazendo terapia de casal com um tal de Dr. [censurado].
F: E?
Ca: E agora estão se divorciando.
F: Lembre-me de nunca me consultar com este... (pausa) Charlatão?

1274.
Jo: (“alto”) É tão divertido ser eu! (pausa) É divertido ser você?
F: (segurando o riso) Na maioria das vezes.

1273.
F: OK, deixe-me te falar duas coisas sobre mim: 1) eu sou muito inteligente, 2) eu sou vingativo, e 3) eu não tenho receio em trapacear.
Amigay(Mi): Foram três coisas.
F: (sorriso sarcástico) Viu? Já estou trapaceando e, puxa, eu ainda nem comecei a brincar direito.

1272.
J(p): Sacanearam muito com a banda da tua amiga.
F: É verdade, é verdade. Sabe o que eu vou fazer quando chegar em casa?
J(p): O quê?
F: Vou xingar muito no Twitter.

1271.
J(p): É como a Zooey Deschanel disse no filme [“Sim, Senhor”]: você tem de fazer com que o mundo seja como um parque de diversões, nós sabíamos fazer isso quando éramos crianças, apenas nós nos esquecemos.
F: Eu me orgulho em dizer que continuo vendo o mundo da mesma maneira que via aos doze anos.
J(p): Como assim?
F: Cada dia, uma aventura. Cada momento, uma oportunidade de se divertir. É assim que eu vivo: tentando me divertir e aproveitar tudo ao máximo possível. Eu sou uma criança. Chame-me de Peter Pan.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Crônicas da Minha Vida (137) + Devaneio



.: Devaneio :

Eu estava voltando para casa de ônibus outro dia e, infelizmente, meu MP3 estava sem pilha, “Tudo bem, tudo bem, então eu vou ficar curtindo aqui os barulhos do ônibus e da rua” foi o que eu pensei na hora. Bem, eu estava errado. Tão logo aceito estar incapacitado de escutar o álbum Sentimental Journey do Ringo Starr (o que me lembra, ótima recomendação, grande mano esbranquiçado), eis que me sobe um daqueles meninos típicos do colégio Impacto: cabelo meio moicano e um celular mais caro que o meu notebook tocando uma dessas músicas da moda. Eu cruzei meus dedos e pedi ao Pai do pequeno mano messiânico para que o moleque não sentasse no lugar ao meu lado, bem, vou uma perda de tempo, pois foi lá mesmo que a criatura resolveu sentar. Certo, certo, ele poderia colocar o fone, não é? Mas não! Ele fez questão que todos no ônibus pudessem escutar a mesma música poética que ele e, caramba, que poesia, senti-me emocionado ao ouvir aquela lírica de altíssima qualidade: “Ela tá beba doida, tá beba, tá doida”. Yep. É isso. Podem sentir a profundidade, a mensagem passada nesta música? É uma mulher que esta bêbada e, portanto, doida — puxa, sinto até calafrios de tão emocionado! Ah, cara, sério, TEM de haver seleção natural, não tem jeito.

1270.
Co: Você acha que eu estou perdida [na vida]?
F: Ora, depende: você esta procurando algo?

1269.
F: Eu paguei dez reais para ver um show em que a banda da namorada do meu amigo foi sacaneada, para ficar encantado com a baterista de treze anos e para reencontrar o meu amiguinho.
Co: E valeu à pena?
F: Eu reencontrei um dos meus manos. Nada é tão valioso quanto isto.
Co: Nem a menina branquinha de cabelos pretos, vestida com uma camisa vermelha do Ramones e que cursa Direito?
F: (pensa por um instante) OK, talvez ela. O que me lembra, quando é que você entrará na faculdade de Direito mesmo?

1268.
*no último dia de aula do Convênio 2007*
P: A felicidade é agora, mano, você e eu aqui nesta loja de conveniência.
F: É muito legal quando você resume tudo em “você e eu”, ou “eu e você”, tanto faz.

1267.
*em um churrasco no finalzinho de 2008*
Lp: (dando uma de intelectual) O caos NUNCA se organiza.
F: (distraído) Claro que se organiza.
Lp: Prove.
F: (põe a mão dentro do isopor e tira um cubo de gelo) O que é isso?
Lp: Um cubo de gelo.
F: Perfeito. E se eu aquecer, o que virará?
Lp: Água.
F: E se eu aquecer mais ainda?
Lp: Vapor.
F: De boa, e se eu resfriar até uma temperatura inferior a 0ºC?
Lp: Gelo de novo.
F: E você ainda tem a coragem de dizer que o caos não se organiza?

1266.
F: Algum dia eu vou pedir folga das mulheres da minha vida.
Al: Mas por que pedir folga?
F: Para poder descansar, ora. Descansar da excelentíssima, das amigas e das situações em que vocês me colocam, isto é, de psicólogo, de conselheiro, de salvador, de quebra-galho, de namorado, de melhor amigo, de professor, de Príncipe Encantado e, pasme, até de ginecologista.
Al: Ginecologista?
F: (sorriso sacana) É como no depoimento que você me mandou: teu amigo e das cavernas.
Al: (risos) É verdade.

1265.
F: Cara, você acredita em Deus?
Ca: Sim.
F: Por quê?
Ca: Porque se eu acredito e Ele resolve aparecer, tudo OK, mas se eu NÃO acredito e Ele aparece, eu estarei fudido.

1264.
*no final de um aniversário*
F: (olhando ao redor) Uau! Olhar o tamanho [curtíssimo] da saia daquela menina! Nunca que eu ia deixar minha filha sair de casa desse jeito.
Mi: Ela esta usando um short por baixo. (cinco minutos mais tarde, ela me acerta uma pancada forte no ombro) Não olha para a menina!
F: (inocente desta vez) Mas, mas, mas, mas...!

1263.
Mi: Eu vou [para o show] contigo.
F: Não, não vai.
Mi: (revoltada) Por que não?
F: Porque você vai detestar, vai ficar enchendo o meu saco para ir embora e eu vou ficar puto da vida.
Mi: Claro que não!
F: Você gosta de hard rock?
Mi: Não.
F: De rock ‘n’ roll visceral?
Mi: Não.
F: Então o que diabo você vai querer fazer no show?
Mi: Te vigiar.
F: (suspiro) Você confia não em mim?
Mi: Não.
F: (sarcástico) Simplesmente sensacional.

1262.
F: Bom dia.
Al: Bom dia.
F: Tudo bem.
Al: Uhum. E com você?
F: Estou de saco cheio, minha excelentíssima, [censurado], passou ontem o dia inteiro me enchendo o saco, o que é estranho, porque ela deveria é esvaziar o meu saco.
Al: (muitos risos) Sério, [eu] tô rindo muito aqui (mais risos).

1261.
PV: (sarcástico) E aí, conte sobre sua nova vítima, opa, digo, namorada.
F: (distraído) Que namorada?
PV: É... Vítima mesmo.

sábado, 15 de maio de 2010

Crônicas da Minha Vida (136) + Devaneio




.: Devaneio :.

Existem três mistérios que eu gostaria de solucionar antes de morrer:
I) por que diabo eu preciso aprender Geografia se pretendo ser um ortopedista (traumatologista);

II) por que raio o meu pai põe o celular no bolso da camisa quando poderia perfeitamente colocar no bolso da calça onde é mais seguro mantê-lo e não produz um volume que faz as pessoas pensarem que ele ter uma hipertrofia do músculo cardíaco, e

III) por que cargas d’água as mulheres usam blusas tomara-que-caia se quando finalmente nossas preces masculinas estão a ponto de fazer feito e, portanto, a blusa esta caindo, elas levantam o troço.

Sério, eu não entendo. Qual a razão disso? Para que vestir uma blusa tomara-que-caia se você vai impedir que ela caia? Não somente é uma contradição incomensurável como também é uma afronta contra a própria natureza da blusa, quer dizer, esta lá no nome, tomara-que-caia, a blusa tem que cair, esse é o objetivo dela, ela nasceu para cair e vocês, mulheres, a impedem de completar tal sonho. Tsc, tsc, tsc. Eu sentiria vergonha se fosse uma de vocês. Sério, sério. Então, por favor, da próxima vez que vestirem uma blusa tomara-que-caia, deixem que a blusa caia, OK?

1260.
F: (ouvindo música com fone de ouvido e sem prestar atenção na aula).
Professor: (faz um gesto para eu retirar o fone do ouvido).
F: (retira o fone de ouvido).
Professor: Mais ou menos?
F: Qual é a pergunta?
Professor: Eu já fiz a pergunta.
F: (olha para o quadro e vê a palavra “nacionalismo”) Se a pergunta é: o nacionalismo faz com que o povo pense mais ou menos? Então é a segunda opção: menos. Nacionalismo cria uma visão perfeita e ilusória da nação que o Governo usa para esconder os problemas, no caso da Alemanha, isto foi usado para ocultar os problemas oriundos de sua unificação e industrialização tardia.
Professor: Correto.

1259.
J(p): (falando do filme “(500) Dias Com Ela”) Eu achei divertido. Mas, de fato, pra quem saiu de um relacionamento, especialmente se for homem, é tenso, esse filme.
F: É o golpe final no estômago para você reunir os pedaços de um coração quebrado e criar a coragem de ir tentar novamente [com outra pessoa]. Por exemplo, eu assisti a este filme para superar a [Srta. Insegurança].
J(p): E funcionou?
F: Divinamente. Eu não encontrei a Autumn, mas as folhas de outono.

1258.
P: (enfrentando dificuldades técnicas no MSN) Oi, estou tentando falar com você, mas não tô lhe vendo, cadê você?
F: Tô aqui.
P: Aonde?
F: No meu quarto, em frente ao notebook e ao lado do guarda-roupa.
P: Bem, esta explicado, [eu] te procurei até aqui embaixo da cadeira e nada de você aparecer.

1257.
P: Veja isso: http://www.youtube.com/watch?v=MsD77anCeOA.
F: Ah, minha irmãzinha bochechuda me mostrou esse vídeo ontem, mano, eu ri muito.
P: Pois é, eu queria ter sacanagem com a moça que inventou esse bordão. Isso é uma puta FALTA de sacanagem.
F: Não, mano, isso é uma crônica.

1256.
P(p): (usando bobs nos cabelos).
F: Ei, [minha prima], o [teu namorado] vai ser professor de quê?
P(p): (sem entender) O [meu namorado], como assim?
F: (aponta para os bobs).
Fa(i): (rindo) Eu entendi!

1255.
Jo: Olha só essa notícia: “Os moradores de Cotswold, na Inglaterra, ficaram irados ao ver uma placa indicando uma área ‘oficial’ para prática de sexo ao ar livre em Barrow Wake. O local é considerado um dos pontos turísticos da visão, com visão privilegiada para Gloucestershire”. Povo de sorte! Nem precisa comprar ou baixar pornô, tem de graça ali do lado!
F: Eu senti uma pontada de voyeurismo nisso. Diga-me, ainda esta namorando aquela menina linda?

1254.
Terra Notícias Br: (no Twitter) Mais de 24 mil presos serão liberados para o #diadasmaes em São Paulo: http://bit.ly/aUFZip #seguranca.
F: (reply) Mais 24 mil mães vão ser assaltadas no
#diadasmaes em São Paulo, #faltadeseguranca.

1253.
*flashback 2009*
J(p): Tá vendo aquele cara ali (aponta)?
I: Tô.
J(p): Ele é viado.
I: (pasma) Mentira!
*momento de silêncio*
M(p): (quebrando o silêncio) Égua, se eu fosse alto que nem aquele viado, estaria pegando muita mulher, droga.
Todo mundo: (olha pasmado para o primo).
F: (tentando não rir) Você realmente esta com inveja do viado?

1252.
Professor: Quanto é o valor da temperatura nas Condições Padrão de Temperatura e Pressão?
Menina: Zero.
Professor: (desdenhoso) Zero vai ser a tua nota na prova.
F: (muitos risos).

1251.
Professor: O que é combustão? É uma mulher de peitão? Não, é uma...
F: (risos).

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Crônicas da Minha Vida (135) + Devaneio



.: Devaneio :.

Bigornas. Sim, sim. Bigornas — aqueles trecos de metal que vemos em filmes como Cruzadas e nos desenhos do coiote e do papa-léguas. Minha dúvida é: o que aconteceram com elas? Estavam por todos os lugares durante a Idade Média, mas daí sumiram repentinamente. Como assim? Digo, deve ter dado trabalho dar chá de sumiço nelas, afinal, elas foram construídas para aguentar pancadas fortes dos ferreiros e temperaturas altíssimas, será que alguém as reuniu e depositou-as numa ilha deserta, ou coisa do tipo? Bigornas. Eu nunca vi uma de verdade e, ultimamente, nem tenho as visto em filmes do Rei Arthur.

1250.
Al: Você é tão pop que me perco [com os nomes das pessoas que você conhece].
F: Ah, nem sou pop. Estou até numa comunidade chamada “Os NÃO Badalados de Belém”.
Al: Ah, claro, sai pegando todo mundo, agora vem pagar de santinho, te faz de porco vesgo para comer em dois coxos (risos).
F: Eita, esse ditado é novo pra mim! Vou começar a usar por aí. Ah, mas nem saio pegando todo mundo por aí, as meninas que me acham fofo e engraçadinho, daí fica [relativamente] fácil.
Al: (risos) Mas você é fofo e engraçadinho mesmo. E eu não estou te trovando.
F: “Trovando”?
Al: Sim, gíria daqui, quer dizer “te cantando”.
F: Outra gíria que roubarei para cá.

1249.
F: Eu ganhei dois presentes de Páscoa, um ovo de chocolate dietético da mamãe e outra coisa.
Al: Tenho até medo de perguntar o que seria a outra coisa, ainda mais vindo de você.
F: Foi uma caneta. Jesus! Eu não sou um coelho, moça!
Al: (risos) Mas, ah, você me dá motivos para poluir minha mente.
F: Mania que você e a [minha possível futura cunhada] têm de associar tudo o que eu faço a sacanagem, puxa, eu sou um santo. Acho que serei até beatificado quando morrer.

1248.
F: Você acha que algum dia eu vou crescer [ter maturidade mental]?
Co: Eu sinceramente espero que não.

1247.
F: (vestido para sair).
Pai: Vai sair?
F: Não, esse é o meu novo pijama. Adorável, não é?

1246.
PV: Falar muito contigo me transformou numa pessoa perversa. Adorei.
F: Não sei se fico lisonjeado ou ofendido.
PV: Fique lisonjeado. É da [censurado] que estamos falando.
F: Ah, então estou feliz e esperando meu pagamento pelo curso.
PV: (risos).

1245.
F: E aí, moça, novidades?
Co: Estou aprendendo a cozinhar! Já sei fazer bolo, lasanha, bife e bolinho de arroz!
F: Nossos filhos serão gordos, né?
Co: Satanicamente.
F: Isso foi uma referência ao [gigantesco mano satânico]?
Co: Com certeza.
F: Eu ri.

1244.
F: Novamente, a senhora esta com frescura para me deixar sair por que mesmo?
Mãe: Porque eu estou com uma má sensação.
F: OK, e por que a senhora esta com uma má sensação? Digo, não é como se eu fosse passar mal e os meus amigos vão me jogar na vala.
Mãe: Eu não sei [porque estou com essa má sensação].
F: Fiquei confuso.
Mãe: Instinto materno.
F: Isso é estúpido! Senhora esta dificultando a minha chance de diversão baseado em algo totalmente ilógico que a senhora nem tem como explicar!
Mãe: Viva com isso.

1243.
F: Mas, diga-me, por que tem passado tanto tempo no hospital?
Ju: Porque tô com crise de sinusite e gripe direto nessa cidade que NÃO tem água [Brasília].
F: Isso que eu chamo de ironia.

1242.
F: Estou com saudade do pequeno mano messiânico, raramente temos nos encontrado, únicas recordações que eu tenho dele são a placa de aniversário que eu ganhei dele e um pijama super sexy idêntico ao que ele estava usando naquele dia [em que fomos visitá-lo].
B(nT): Relax... Vocês vão matar a saudade.
F: Sim, sim. Só não fique com ciúmes, por favor.
B(nT): (risos) Não, não. Tranquilo!

1241.
Le: Gola “V” é super na moda. Eu tenho várias.
F: Meu amigo, não se ofenda, mas que merda.
Le: (risos) Eu gosto. É bem ventilado.
F: Assim como saiotes escoceses, mas você não me vê usando-os por aí.
Le: É diferente.
F: Nem, nem, camisas decotadas e saiotes: ambos ficam bem em mulheres.
Le: Preconceito isso. Mulheres podem usar saias, calças, bermudas, blusas, camisetas, tops, decotes, barrigas de fora.
F: Claro, porque tudo cai bem em mulheres. E, incrivelmente, nada também cai muito bem.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Crônicas da Minha Vida (134) + Devaneio



.: Devaneio
:.

Há quatro anos — 2006 — eu estava saindo com uma menina do cursinho de Inglês. Eu gostava dela, era bonita e agradável, conversava bem, sabia que o Dalai Lama não é uma lhama gigante e, diabo, até mesmo conhecia algumas músicas do Pink Floyd além de Another Brick On The Wall, Part II, de fato, ela poderia ser a mulher perfeita para mim caso não possuísse um defeito fatal: ela não ria. Não me entenda mal, ela compreendia a maioria das minhas piadas e as achava engraçadas, contudo ela não ria, ao invés de inundar-me de felicidade com uma risada, ela apenas dizia “Isso é tão engraçado”. Não era uma ironia, era a verdade. Se achasse algo engraçado, soltava essa frase, “Isso é tão engraçado”, acredite-me, eu fiz o teste, assistimos Curtindo A Vida Adoidado, Sem Licença Para Dirigir, Um Príncipe Africano em Nova Iorque e Um Tira da Pesada, durante todos os filmes ela falou tantas “Isso é tão engraçado” que, juro do fundo do meu coração, eu senti uma vontade ENORME de esganá-la. Resultado: terminamos. Eu não posso ficar com uma pessoa que não ria — é contra minha natureza.

1240.
*no comecinho de 2000*
F: (aos dez anos) Ei; tem outro chiclete?
P: (aos onze anos) Tenho sim (dá o chiclete).
F: Valeu.
*no finalzinho de 2004*
P: (aos quinze anos) Assim que a gente passar para o 1º Ano, vai cada um para o seu canto.
F: (aos catorze anos) Não. Nós vamos continuar sendo amigos pelo resto da vida.
*em meados de 2010*
F: (aos vinte anos) E que os próximos dez anos sejam tão divertidos assim!
P: (aos vinte e um anos) Amém, mano!

1239.
Al: Você é muito sem coração. Nem meu chocolate mandou.
F: Pois fique sabendo que eu tenho um coração tão grande que nele cabem todas as mulheres do mundo (piscadela).
Al: De safado que é!

1238.
Al: Minha Internet caiu.
F: Terrível quando isso acontece.
Al: Aham. Eu odeio. Tenho vontade de matar um (risos). Menos.
F: Incrível como toda mulher tem um lado violento. Por sinal, já te contei que você é a única amiga que nunca usou esse lado violento para me bater? Até mesmo a [amiga com quem me casarei caso ainda esteja solteiro aos quarenta anos], que mora em Varginha, já ligou a webcam para eu vê-la espetando um bonequinho idêntico a mim com algumas agulhas!

1237.
Al: Nossa! Já são 22h30min. E o [meu excelentíssimo] tá no videogame. Eu aposto qualquer coisa.
F: Te confesso que é para o videogame que eu vou depois do banho.
Al: (risos) OK, esse mundo esta perdido.
F: Nah. Boys will always be boys. A verdade é que os gostos que temos aos doze anos nunca vão embora.
Al: Aham. Tô aprendendo isso com o [meu excelentíssimo] e você (risos). Duas crianças!
F: Duas crianças FELIZES e SORTUDAS, na verdade.
Al: Sortudas?
F: Sim, sim. No feminino porque esta concordando com “crianças” e “sortudas” porque, bem, ele esta tendo sorte ao ficar contigo e eu estou tendo sorte ao brincar nas várias cavernas, então, é, nós somos duas crianças felizes e sortudas.
Al: Ai, que bonitinho! (rindo) Cavernas? O que eu devo entender por isso?
F: Que você, minha amiga, é uma mulher sensacional e qualquer cara que esteja contigo é sortudo e que “cavernas” é um eufemismo aceitável para “vaginas”.
Al: (morrendo de rir) A segunda parte foi ótima!

1236.
F: Ah, eu sou o típico cara que dorme com outras meninas na esperança de esquecer uma paixão antiga.
Al: Na real, sim (risos).
F: Pois é. Mas, bem, o importante é continuar procurando entre essas várias moças por aquela que vale à pena ficar do lado.
Al: Mas às vezes a certa tá do seu lado e você não vê.
F: Espero que isso não seja verdade, porque a minha irmãzinha que esta aqui do meu lado e, caramba, isso seria errado e nojento — muito errado e nojento.
Al: (risos).

1235.
Al: Mas me conta, o que você gosta de comer?
F: OK, primeiro eu vou ignorar a piada que minha mente produziu.
Al: (rindo) Além de mulheres.
F: Certo, bem, eu gosto de estrogonofe, filé, arroz integral, macarrão instantâneo, churrasco, bacon, ovos fritos, peixe frito, frango grelhado de forno e tudo que tenha vindo da Itália: lasanha, nhoque, macarronada e a Carla Bruni.

1234.
P: Mano, você acredita que uma arrumação faz uma mulher?
F: Em alguns casos. Se a mulher parecer a Fiona do Shrek, só nascendo de novo!

1233.
F: Mas sim, quando fará seu Twitter para postar informações inúteis?
P: É impressão minha, ou esta tentando fazer com que eu adira essas novas tecnologias inúteis das quais tenho ojeriza?
F: Nah, só estou te perturbando mesmo.

1232.
F: Mano, esta me vendo?
P: Não, você esta no MSN, nem a webcam esta ligada.

1231.
Al: Quantos anos tua irmãzinha tem?
F: Fará quinze nesse sábado [oito de maio].
Al: Que linda, bem novinha!
F: Sim, sim, daqui a pouco estará dando dor de cabeça.
Al: Mas ainda não esta?
F: Não, não. Se depender de mim, será freira.
Al: Pimenta nos olhos dos outros é refresco, né?
F: Não só pimenta como também limão, HF, HCl, HBr, etc, etc.
Al: (risos) Seu, seu, seu... (mais risos)!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Crônicas da Minha Vida (133) + Devaneio



.: Devaneio :.

Decotes. O que você pensa quando escuta essa palavra? Bem, eu — e creio que todos do meu gênero — pensam em protuberâncias mamárias volumosas (um eufemismo aceitável para “peitos”), convenhamos, é um pensamento animador: você, homem, pode estar tendo o pior dia da sua vida, mas quando vê um decotão na sua frente... Caramba, é como se todos os problemas, todo o estresse acumulado desaparecesse — é um santo remédio. O problema é que a santidade deste remédio esta comprometida: outro dia fui ao shopping deixar minha irmãzinha numa festa de aniversário, OK, tudo bem, ela esta na idade de sair mesmo, o problema é que nós nos encontramos com um amigo dela lá e, caramba, o decote do moleque era MAIOR que o da namorada dele! Sim, sim, você NÃO leu errado, o decote dele era maior do que o da namorada, matematicamente: decote do amigo da minha irmãzinha > decote da namorada dele. Por quê? Por que diabo um homem em plena sanidade faria algo do tipo? Qual é o ponto? Quer dizer, peitos de mulher são lindos, até mesmo outra mulheres gostam de ver certas vezes, mas, puxa, peitos de homens são piores que os daquela menina infeliz com quem você estudou cujo corpo era tão plano quanto uma tábua de passar roupa. OK, primeiro eu pensei que essa história de usar decote fosse coisa apenas dele, infelizmente, descobri estar errado: virou moda. Sim, sim. Homens estão usando decote. E aparentemente isto é bonito. Eu não quero soar saudosista, mas na minha época não era assim, na minha época esse tipo de coisa era como preto e branco: se você é homem e usa uma camisa com decote, então você é bicha. Sem mais, sem menos.

1230.
F: Então, fale-me da tua [amiga que é] baterista.
B(nT): (risos) Ah, ela é bastante forte... Menina de atitude, sem deixar de ser feminina. Canta bem, toca guitarra, bateria e... Esta solteira.
F: Eu já comentei que adoro bateristas? E adoro ainda mais quando vejo uma foto delas.
B(nT): (risos) Eu não tenho uma foto dela... Mas ela é branquinha, cabelo preto, corpo magro... Te atrai?
F: (olhando para cima) Mas como Você gosta de me meter em confusão, hein (risos)!

1229.
F: Ah, cara, eu não curto o Jack Nicholson como Coringa.
P: Prefere ele no filme O Iluminado, né, danado. Já vou lhe lembrar da cena da velha do banheiro (risos).
F: Não, ele [o filme] me dá medo. Nunca assisti ao O Iluminado inteiro.
P: Isso será uma vergonha para a nação médica futuramente, tem de me prometer assistir esta porra inteira antes de entrar na faculdade, se não, assim que entrar não vai aguentar a quantidade de mortos-vivos que têm nos porões da UFPa. Se duvidar, até Getúlio Vargas faz bico de segurança lá à noite.
F: Mano, eu consigo assistir a uma hemisferectomia enquanto estou almoçando, mas, por favor, não me peça para assistir a este filme, eu tinha tanto medo do livro quando era criança que o queimei!

1228.
F: (escutando Ringo Starr).
P: PARA TUDO! Ringo Starr?
F: O que eu posso dizer? Você estava certo. Baixei a discografia inteira.
P: (risada maligna) E como é bom ouvir isso! (feliz) Eu SIMPLESMENTE ADORO [estar certo]!

1227.
P: “Eu não ficaria bem na tua estante”?
F: Bem, eu não tenho uma estante e mesmo que tivesse, teu peso seria suficiente para quebrá-la.
P: Você acha que isso é um tipo de cantada?
F: Não. Pensei que fosse uma piada.
P: Sei lá, me disseram isso ontem, foi do sexo feminino que disse, lá na faculdade, então ainda tô tentando entender.
F: (rindo) Mistérios da vida!

1226.
Al: Um dia entenderei os homens. Ou nunca, o que é mais provável.
F: Eu apostaria no “nunca”. Até porque nós NUNCA entenderemos vocês [mulheres].
Al: Olha, na real, nem a gente se entende.
F: Eu não duvido disso. Vocês são muito complicadas. Começando pela atitude para com embalagens de presentes: digo, qual é o ponto em abrir o presente com todo cuidado para conservar a embalagem? Você pode comprar outra por cinquenta centavos!

1225.
F: Sério, eu não entendo o que faz alguém ser gay, puxa, homens são ogros, são feios e, puta que pariu, pintos são feios.
Al: Pois é. Isso que eu penso. Como alguém pode gostar de colocar na boca? Ah, faz favor (risos)!
F: OK, nem vou comentar isso, afinal, parte da minha felicidade depende das moças que não somente gostam de colocar na boca como também gostam de beber o leite.

1224.
Al: O que você fez ontem?
F: Saí com uns amigos, impedi que um amigo porre puxasse briga com um cara que era oito vezes maior do que a gente e fui mordido por uma menina inexperiente.
Al: (rindo) Me conta essa última parte.
F: Vou colocar dessa maneira: quando fomos brincar no banheiro, eu disse “Finja que é um pirulito”, mas ela resolveu fingir que era um crepe.
Al: NÃO! VOCÊ NÃO FALOU ISSO (risos)!

1223.
F: E aí, camarada, novidades?
Jo: Tô pegando uma loba.
F: Ah, legal.
*momento de silêncio*
Jo: “Ah, legal”, só isso? Nada de sarcasmo, ironia e deboche?
F: Eu sou evoluído demais para isso. (pausa) E então, ser um gigolô é que nem nos filmes do Rob Schneider?

1222.
F: Então, como foi o show do Fresno?
Al: Poderia ter sido melhor.
F: Claro, claro, digo, qualquer coisa é melhor que Fresno.

1221.
F: Posso falar uma coisa gostosa no teu ouvido?
Menina: Pode.
F: (no ouvidinho dela) Lasanha.
Menina: (se espocando de tanto rir) Seu gala-seca!