sexta-feira, 30 de julho de 2010

Coletânea - (quase) devaneios

I.
Nós somos um mundo de sonâmbulos. E onde há pessoas acordadas, há dinheiro sendo adquirido... Há muitas teorias tentando explicar porque não conseguimos desfrutar de oito horas ininterruptas de sono, falam de tudo desde estresse no trabalho até muita cafeína no organismo. Entretanto, eu tenho minha teoria, que é um tanto simplória, quando comparada à qualquer outra: eu acho que muitas pessoas têm uma vida solitária, e há algo reconfortante em saber que há outro alguém assistindo à mesma porcaria de filme B às duas da madrugada, sim, é sobre estar sozinho em um mundo de bilhões.
(escrito em uma madrugada de 2010)

II.
Há quem diga que o paraquedismo é uma atividade voltada para as pessoas que desejam morrer. Pelo contrário. É para as pessoas que têm um desejo imensurável de viver. Um profundo desejo de que a vida seja algo tão incrível e emocionante quanto saltar de um avião em um céu tão claro e belo, tão alto que você pode sentir como se pudesse tocar as estrelas se esticasse sua mão um pouquinho mais. E eu pretendo fazer isso algum dia. Dar o Grande Salto. Tocar as estrelas. Será incrível.
(escrito em uma quarta-feira de 2007)

III.
Algumas pessoas abominam a salvação. Afinal, para ser salvo, é necessário mudar. E mudar não é tão fácil quanto permanecer o mesmo, é necessário ter coragem para se encarar no espelho e olhar além da imagem refletida, para descobrir quem você é e quem você quer ser, aceitar tudo aquilo que aconteceu e distorceu o curso natural da sua vida, transformando-a em algo inimaginável... E até mesmo incrível.
(escrito em uma noite enluarada de 2008)

IV.
Eu dediquei anos e anos da minha vida para estudar o meu próprio comportamento. E eu digo isso do jeito menos egocêntrico possível. Quando você dedica uma boa parte da sua vida à solução de problemas, tem de ser muito solícito com o que você faz e como você faz. Não há espaço para negligência. Negligência é um fruto da complacência. Ou da presunção. Há quem diga que é uma combinação de ambos. Tendo isso em mente, você poderá aprender com seus erros, você disseca a situação, encontra o ponto em que errou e planeja tudo detalhe por detalhe para que isso não aconteça outra vez no próximo episódio. Se por um sucinto momento parecer que eu estou sendo muito rígido comigo, é porque há uma grande chance de meu queridíssimo amigo descobrir que eu e a irmãzinha de dezessete anos dele fizemos, ah, coisas erradas.
(escrito em uma tarde chuvosa de 2010)

V.
É difícil imaginar o que teria sido de mim sem o Octeto Fantástico. Eu creio que o Octeto ajudou a me definir. Por muito tempo eu fui "o amigo dele", "o primo daquele", etc, etc... Agora eu sou eu. Minha própria pessoa. Tudo que eu fizer a partir de agora é por livre e espontânea vontade. E há momentos em que isso é particularmente assustador. Oh, bem, imagino que tudo seja mais fácil quando alguém diz como você deve agir... Eu não me sinto como um adulto de verdade ainda, contudo tenho certeza de que amadureci bastante nesses últimos tempos, afinal, parei de tomar decisões importantes baseando-me no calor do momento. Eu não faço a menor ideia do que acontecerá daqui em diante, mas, ah, estou ansioso para descobrir.
(escrito no meu último dia como aluno do Ensino Médio, 2007)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Crônicas da Minha Vida (157) + Devaneio

.: DEVANEIO :.


Nós fazemos coisas estúpidas quando estamos apaixonados. Sim, todos nós fazemos. Ele, ela, você, eu. Eu. Ah, cara, eu já fiz tanta coisa estúpida! Baixei toda a discografia do His Infernal Majesty, ferrei meu relacionamento com um colega, usei roupas listradas, comecei a falar do surrealismo, de Carl Jung e, caramba, até mesmo assisti ao lixo cinematográfico que nós chamamos carinhosamente de “filmes brasileiros”.

Indubitavelmente, porém, minha maior estupidez ao estar apaixonado foi — momento de mistério — agir com estupidez! É, é, você não leu errado. Minha maior estupidez foi agir com estupidez, eu não me refiro ao tipo de estupidez em que a menina te lançar um olhar enojado e solta um “Seu estúpido!” antes de atirar o conteúdo do copo dela na tua cara. Não, não. Eu me refiro ao tipo de estupidez que te faz agir que nem aquele moleque inocente e cabaço que você foi aos quinze anos, eu fico assim. É terrível, parece até mesmo uma maldição acreana! Sério, se eu sentir uma atração genuína pela menina; perco todo o meu charme, ou aquilo que eu chamo de charme, e fico só soltando elogios patéticos, fazendo comentários que causariam vergonha em uma criança de oito anos e, por último o pior de tudo, contando piadas sem graça. Como eu disse anteriormente: é terrível!

Eu sou um cara romântico, fico feliz em abraçar e beijar aquela menina, ela e só ela, em ficar horas planejando um dia legal para a gente, um passeio, um piquenique, até mesmo uma simplória ida ao cinema, ajo com cavalheirismo, faço com que ela se sinta satisfeita consigo e tenho a consideração de presenteá-la com “um sexo oral de fazer vulcões entrarem em erupção” (palavras de uma amiga — e que amiga!) antes de ficar abraçadinho na cama, fazendo carinho quando, na verdade, eu quero mesmo é dormir por estar completamente exaurido.

Ironicamente, isso tudo descrito aí em cima só funciona quando eu não gosto da menina, quando ela é apenas mais uma, uma distração, uma companhia agradável, um troféu que você tem ao lado para exibir para os seus amigos. É triste, é muito triste, eu perco todo o meu “tchan” no instante em que penso na menina e, imediatamente, o meu coração começa a bater mais forte. É, é... Começo a acreditar nas palavras do Oscar Wilde, “um homem pode ser feliz com uma mulher desde que não a ame”.



.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (157) :.


1480.
F: Mãe, não se preocupe, nem todo mundo é tão azarado quanto eu.
Mãe: Você não é azarado.
F: Mãe, eu sou um fracasso de vinte anos que tem uma das mentes mais inventivas desse diabo de mundo esquecido por Deus e, ironicamente, pareço ser incapaz de usá-la ao meu favor. Se isso não é azar, então eu não sei o que é.

1479.
M: PQP, peraí, coloquei o pijama do avesso.
F: (risos).
M: Ah, perdoa. Tava escuro, o quarto. Tive que me virar nos trinta [segundos].
F: Perdoo, mas, ah, procure pela etiqueta da próxima vez. Ajuda.

1478.
*no elevador*
F: OK, eu tenho de admitir que [o namorado da futura madrinha do meu casamento]...
T: (ao mesmo tempo) É um cara legal.
F: (ao mesmo tempo)... Tem um cabelo muito legal e eu estou com inveja.

1477.
F: (falando da profissão do amigo) Cara, mas que chatice!
Ca: (indignado) Quem disse que trabalho tem de ser divertido?
F: (fazendo a cara perfeita) Ron Jeremy.

1476.
Ju: Você fala no telefone do mesmo jeito que o [grande mano esbranquiçado].
F: Também, né, são dez anos [de amizade], algumas coisas têm de migrar de um para o outro.

1475.
Ca: Por que a cloro [Cl] virou banheiro ao contrário [CW]?
F: Porque ela pediu.
Ca: Posso mudar o meu também?
F: Não.
Ca: (indignado) Por que não?
F: Porque você não me deixou brincar com a tua “cidade de polícia” [de LEGO].
Ca: Isso foi há seis anos!
F: (sorriso maligno) Eu te disse que ia me vingar quando você menos esperasse!

1474.
Co: (do nada) Eu odeio ela!
F: Eu também odeio!
Co: Você nem sabe de quem eu estou falando!
F: (rindo) Solidariedade, moça!

1473.
F: Eu já comentei como adoro fazer a [censurado] (minha futura esposa) rir?
PV: Eu já comentei como a [censurado]² (razão das minhas dores de cabeça) me estressa?

1472.
F: Ainda não sei como ela foi se confundir e assumir que [eu e você] éramos primos!
PV: Você “mente” para ela e esperava o quê (risos)?
F: Interessante que eu “menti” sem saber que estava mentindo.
PV: Está inerente a você!
F: Só pode! Oh, bem, acho que é a minha cruz, ou algo do tipo!
PV: É, a minha cruz tem nome de Cruz.
F: (rindo) Admita que você só falou isso para aparecer no blog!

1471.
PV: Enfim, eu carrego a minha cruz (no sentido figurado, é claro).
F: Diferente do [pequeno mano messiânico], que carrega no sentido literal.
PV: (risos).
F: Sério, outro dia mesmo ele ME carregou!

sábado, 24 de julho de 2010

Crônicas da Minha Vida (156) + Devaneio

.: DEVANEIO :.


O sindicalista argentino Luis D’Elía propôs a celebração do Dia do Filho da Puta em todo dia 2 de agosto, que é a data de aniversário do “simpático” Jorge Rafael Videla. Bem, eu sou um fracasso como adulto, mas creio ter o direito de dar uma ideia: proponho a comemoração do Dia da Hipocrisia em todo dia 15 de agosto, data escolhida por mim por ser o aniversário de uma das pessoas mais hipócritas que eu já tive o desprazer de conhecer.

Mas por que o Brasil deveria adotar essa minha ideia nascida em uma noite de insônia? Primeiramente, porque o Brasil é um país laico e, no entanto, todos nós ficamos curtindo a preguiça em nossas casas durante os feriados católicos como, por exemplo, o Carnaval e a Páscoa. Sim, o Carnaval é, originalmente, uma festividade católica que hoje em dia é comemorada com muito álcool, drogas e sexo casual — 47 dias mais tarde, lá estaremos nós no interior das igrejas festejando a ressurreição de Jesus Cristo e fingindo para nossos parentes que ainda somos virgens e inocentes.

E, como se isso não fosse o bastante, deixaremos nossos cabelos ao natural no Dia da Raça, mas faremos chapinha o resto do ano! Falaremos de igualdade entre sexos, mas daremos nosso apoio a Lei Maria da Penha! Permitiremos que aquele mendigo permaneça esfomeado até o Natal, ah, o Natal, uma época adorável em que todos nós viramos boas pessoas e resolvemos fazer boas ações, incluindo dar comida aquele mendigo que voltaremos a ignorar logo, logo. Depois do Natal, faremos nossas resoluções de Ano Novo, brindaremos com nossas famílias e amigos e assistiremos ao estouro dos fogos de artifício e então, por três gloriosas semanas, faremos de tudo para sermos pessoas melhores até percebemos como aquilo é estúpido e daí nós voltaremos a agir como normalmente, ou devo dizer, hipocritamente?

Eu torno a dizer: nós deveríamos ter um Dia da Hipocrisia. Isso é tão verdade que até eu (o autor desse texto) estou agindo com hipocrisia ao escrevê-lo de madrugada quando horas atrás censurei uma amiga adorável por estar trocando a noite pelo dia!


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (156) :.


1470.
P: Não acredita no poder do amor?
F: Não, apenas no do squidun.

1469.
P: Mas nós [do Octeto Fantástico] somos relapsos entre nós, né.
F: Mano, podemos ser até relapsos, mas, puxa, sempre estamos lá quando é necessário... Nos tempos de infelicidade... E nos de felicidade também... Ainda que estejamos distantes um do outro pela maior parte do tempo... Nunca nos esquecemos [de] que em algum lugar dessa pequena grande cidade... Os nossos irmãos estão pensando em nós e rindo das lembranças que compartilhamos! (pausa) Incrível como eu sempre tenho um discurso otimista, motivador e bonitinho escondido na manga, hein (risos)?
P: Sim. É bonito, interessante, motivador e inteligente. (pausa) Mas às vezes totalmente irreal (risos).

1468.
F: (do nada) Sabe aquela parte da nossa amizade em que um fala e o outro só concorda sem fazer nenhum tipo de comentário?
P: Sim, sei. Geralmente ocorre de ti para mim e nunca o oposto!

1467.
F: (rindo) Por São Patrício! Por que diabo você SEMPRE tem de dar umas cinquenta ideias ruins antes de dar a boa ideia?
P: (risos) Acontece.
F: Exato, acontece SEMPRE.
P: É meu marketing.

1466.
F: Mas que brasa! Brasa é uma gíria antiquíssima que a [censurado] me sugeriu para usar no lugar de “sensacional” e “fantástico” quando eu reclamei que estava soando muito gay.
P: Sensacional. Falar “brasa” é demais para os cantos de lá, para os cantos de daqui, não, não, você vai ficar parecendo um velho gay.

1465.
F: Maldita insônia, está me fazendo errar palavras e me sentir como uma mula!
CW: Bem-vindo ao clube.
F: Obrigado. Temos cartõezinhos de membros ou é algo mais informal mesmo?
CW: (risos) É informal. Eu gosto de trabalhar na irregularidade. Clube alternativo.
F: Eu fui o único que pensou agora em um pubzinho situado em uma rua de paralelepípedos iluminada precariamente por lampiões, que é frequentado pela camada alternativa da população e que oferece seu palco para bandas desconhecidas e saraus de poesia?
CW: (risos) Gosto da sua imaginação.
F: É uma boa imaginação, muito útil na hora de inventar mentiras desculpas para se safar de situações embaraçosas e/ou complicadas.
CW: Queria ter essa imaginação para enganar a minha mãe pra sair e voltar uma semana depois.
F: E eu queria ter uma mãe enganável. Mamãe é um polígrafo humano, ela sabe que eu vou mentir ANTES de mentir!

1464.
F: E, apesar do péssimo protagonista, é um filme [Edward Mãos-de-Tesoura] bom mesmo. E intrigante também. Lembro-me que toda vez ficava me perguntando como ele conseguia usar o banheiro.
CW: (risos) Tanta coisa para pensar e você pensa logo em como ele usaria o banheiro. Legal.
F: Eu sou um homem simples, logo penso nas atividades simples (piscadela).

1463.
CW: Felipe, andei pensando, acho que vou fazer um vídeo pra pôr no YT, o que você acha?
F: Depende, que tipo de vídeo você pretende colocar no YouTube?
CW: Eu cantando alguma música.
F: Bem, eu acho que seria uma boa ideia. Desde que, é claro, você me mandasse o link do vídeo. Vai apenas cantar uma música, ou tocará violão também?
CW: Queria tocar, mas minha amiga faz aula há mais tempo... E toca bem melhor. Vou pedir para ela tocar.
F: Girl duo. Legal. Tem ideia de qual música cantará?
CW: Não... Queria cantar Across the Universe. Vi quase todos os covers dessa música no YT hoje, só dois me agradaram.
F: Então cante Across the Universe. Faça um cover que agrade tanto a você quanto as pessoas que detestaram todas as outras versões.
CW: Acho que vai ficar das trevas (risos).
F: Eu honestamente imaginei um cover “tim burtomizado” da música. Curiosamente, com Edward Mãos-de-Tesoura tocando violão, afinal, nunca vi tua amiga, logo não posso imaginá-la.
CW: (muitos risos).

1462.
M: Nem te conto!
F: (imediatamente) Egoísta.

1461.
M: Eu já vi que você é morto de amores pela sua “namoradinha”, e sendo assim, não me incomoda um ou dois comentários sobre ela... Assim, de você pagando pau [para ela].
F: É, é, eu sou meio alucinado por ela mesmo.
M: (sarcástica) Sério, nunca reparei, olha.
F: Ia morrer sem saber disso se eu não tivesse falado agora, né?
M: Porra. “Tedoidé” (risos). Mas é legal ter uma paixão assim...
F: Especialmente quando é retribuída.
M: Exatamente. Queria eu poder esse tipo de situação (risos).
F: Acho que é só querer.
M: (risos) Pela primeira [vez] na nossa conversa vou te dizer que não é tão simples assim.
F: É só encontrar alguém que te completa, ora.
M: Como [eu] disse. (sarcástica) Super simples, não?
F: Pior que é: você apenas tem de estar no lugar certo na hora certa, logo, tem que ter... Sorte (piscadela). Além do mais, não é como se houvesse só UMA pessoa ideal para você, há várias.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Crônicas da Minha Vida (155) + Devaneio



.: DEVANEIO :.


Hoje, dia 20 de julho, é o Dia do Amigo, portanto, nada mais natural do que fazer um pequeno discurso falando do valor da amizade e isso e aquilo — não, eu não farei um discurso assim. Por quê? Porque todo dia é dia para celebrar a amizade e não apenas o dia 20 de julho.

No presente momento, eu me encontro em um déficit de amigos. Triste, não é? Não, não é. Depois de mais ou menos dez anos convivendo com certas pessoas, eu simplesmente comecei a vê-las como parte da minha família... Meus irmãos, minha irmãzinha, meus primos e mesmo aquela prima por quem eu tenho sentimentos engraçados.

Ao longo dos últimos anos, eu perdi o contato com várias pessoas que um dia chamei de “meu amigo” ou de “minha amiga”, entretanto continuo a carregar afetuosamente as lembranças dos dias em que passamos juntos, das nossas aventuras, das nossas risadas e mesmo das nossas desavenças, porque mesmo que essas pessoas já não façam parte do meu mundo, tiveram um papel fundamental na construção do meu caráter e por isso agradeço-os do fundo do coração.

Então, eu não farei um discurso absurdamente sentimental falando do valor da amizade, eu apenas desejarei uma boa vida aqueles que um dia caminharam ao meu lado, desejarei um abraço e toda felicidade do mundo aos que continuam aqui comigo e desejarei boa sorte aos que ainda me conhecerão. Bem, é isso. Obrigado.


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (155) :.


1460.
F: Pois é, acredita que até hoje nunca encontrei um grupo em que me encaixasse?
M: Eu encontrei o seu, óbvio (risos).
F: E qual seria o meu?
M: Ex-nerd pagando de gatão inteligente. Simples (risos).
F: Não tem como reduzir em uma palavra só? Ninguém vai se lembrar desse termo, sem contar que será tenso falá-lo rápido.
M: Tá. Ex-nerd. Melhor?
F: Mas daí não dará para saber que eu estou pagando de gatão inteligente.
M: Dá sim, porque assim, nerds são inteligentes, cê só é ex porque deixou mais de ser pela aparência, transformando-se em, supostamente, gatão. Entendeu?
F: Entendi, entendi, mas, novamente, eu sou um ex-nerd pagando de gatão, lembra? Não podemos assumir que as outras pessoas terão o mesmo raciocínio.
M: Bom, isso é fácil, só pegar uma imagem sua anterior e uma atual, eis aí.
F: Mas quem anda com duas fotos para comparação na carteira?
M: Hum, ninguém até onde sei. Mas creio que [tu] ainda usas óculos, né?
F: Sim, sim. Miopia.
M: Então. Eis que está. Ou então só reparar na postura, às vezes “desengonça” como antigamente, depois se ajeita “pagando de gatão”. Simples.
F: (rindo) Então, você pensa nessas respostas na hora mesmo ou treina na frente do espelho para que fiquem na ponta da língua?

1459.
CW: Meu Mozilla travou. Quando destravar, vai travar o MSN. Aposto.
F: OK, pelo bem da aposta, eu aposto dez centavos como o MSN não vai travar. Fechado?
CW: Fechado!
*menos de uma hora mais tarde*
CW: (risos) Ri alto agora! Meu MSN travou. Ganhei 10 cents.
F: Uma salada, um chá, um biscoito da sorte e dez centavos. Nesse ritmo, eu vou estar devendo um apartamento em Porto Alegre até o final do ano.
CW: Se quiser, a gente aposta o apê.
F: (rindo) Espere eu estar dopado em analgésicos, muito mais encantado contigo e muito distraído antes de tentar fazer essa aposta, OK (piscadela)?
CW: OK, vou dar o bote no momento certo, pode deixar.

1458.
CW: Ai, eu acho lindo o jeito como você escreve no MSN. Tudo certinho. Queria ter essa paciência, mas cadê? Escrevo igual a uma mula. Cadê os acentos? Fugiram... Com o Zumbi dos Palmares.
F: (sem jeito) Ah, obrigado, uh... Pois é, eu não sei receber elogios. Então, boa referência, fez-me rir, e quanto a escrever... Não é nem uma questão de paciência, é apenas olhar para o teclado durante vinte minutos e deixar a sua memória muscular fazer o resto.
CW: Questão de saber escrever também (risos).
F: Ah, nada que duas horas lendo o dicionário não ajude (piscadela).
CW: Dicionário é um bom livro.
F: Sim, sim. E multiuso. Serve para enriquecer o teu conhecimento e equilibrar aquela mesa bamba da tua cozinha.
CW: (risos).

1457.
F: Enfim, eu fiquei sem assunto, então vou fazer a primeira pergunta que surgir na minha cabeça: como está o clima aí?
CW: Está muito frio... Do jeito que eu gosto.
F: É, aqui também está frio. E chuvoso. Para falar a verdade, creio ter visto uma arca passando aqui do lado da minha janela. (pausa) Sim, eu sou exagerado. Hipérbole é a minha figura de linguagem preferida.
CW: A minha é a ironia.
F: Uma figura de linguagem adorável, mas com um defeito fatal: quando não é entendida, quem fica parecendo um idiota é você, por sinal, eu estou nessa comunidade do Orkut.
CW: Tinha que ter uma tag para especificar, mas aí não seria tão legal.
F: Ironias e piadas: só são legais quando você não tem de explicá-las.

1456.
CW: Gosta de apostas, né? Já percebi... Praticamente uma J Kyle.
F: O que eu posso dizer? Sensação de vencer é fantástica e quando você GANHA alguma coisa... Puxa, é melhor ainda. E, correndo o risco de você girar os olhos e suspirar "Alienado" ou "Sem cultura", eu pergunto: quem seria J Kyle?
CW: Ah, não sei se o nome dela se escreve assim, não (provavelmente não)... [É] A mulher do Eu, a Patroa e as Crianças.
F: Ah, a Jay Kyle. Eu confesso ter pensado que era alguma cantora alternativa do submundo da música cujo único resquício musical era uma fita cassete obscura gravada em uma fazenda isolada do mundo nos Alpes da Suíça, você sabe, o teu estilo de cantora.
CW: (risos) Adorei isso... Não sei porque, mas adorei!

1455.
Jo: (olhar lascivo) Aquela menina está precisando de um pouco de mim.
F: É, e depois ela vai precisar de um pouco de penicilina.

1454.
M: Cara, já viu Eu Os Declaro Marido e Larry (o que eu vou comentar só faz sentido se você viu o filme)?
F: Aquele com o Adam Sandler?
M: Isso.
F: Não, nunca vi.

1453.
M: Minhas férias estão resumidas a comer, dormir, filmes, séries, muita Internet, visitas aos amigos, saídas e afins. E as suas?
F: Comer, dormir, filmes, muita Internet, visitas aos amigos, saídas e afins. (pausa) Eu sou o único que notou uma “pequena” semelhança aqui?

1452.
F: (assistindo 30 Rock).
*ruído de motor seguido do estalo de algo quebrando*
F: (continua assistindo televisão sem se incomodar).
Mãe: Felipe, você realmente não é nada curioso.
F: (sem tirar os olhos da televisão) Mãe, pelo barulho, um carro acabou de passar por cima do buraco [causado pelo estouro de um cano da COSAMPA] e quebrou o pau [de sinalização colocado pelo pessoal da rua], como o carro continuou seguindo seu caminho, eu imagino que seja um veículo de grande porte e que não tenha caído por inteiro no buraco. (olha para a mãe). Falta de curiosidade? Não, não. Falta de necessidade de me levantar para saber o que aconteceu? Sim, sim.

1451.
F: [Minha prima], é impressão minha ou você deixou o [teu namorado] sozinho no quarto com a [minha irmã] e a [nossa prima]?
P(p): (volta correndo para o quarto).
F: (risos).

sábado, 17 de julho de 2010

Um pensamento



Você já esteve apaixonado? Horrível, não é? Amar te deixa tão vulnerável. Abre o teu peito e abre o teu coração e permite que alguém entre ali e te desordene por inteiro. Você construiu todas essas muralhas. Você construiu essa armadura por anos e anos de modo que nada possa te machucar, daí uma idiota, que em nada é diferente de qualquer outra idiota, aparece na sua vida idiota... E você dá a ela um pedaço de você. Ela não pediu por isso. Ela fez algo estúpido algum como te beijar, ou sorrir para você, e então sua vida, repentinamente, não é mais sua. O amor te faz de refém. Adentra em suas entranhas. Consome-te de dentro para fora e te abandona para chorar sozinho no escuro, então uma simples frase como "Talvez a gente deva ser apenas amigos" ou "Sério? Você gosta de mim? Que legal!" se trasnforma em um estilhaço de vidro direcionado ao cerne do teu coração. Dói. Não apenas na imaginação. Não apenas na mente. Dói na alma, dói no corpo, uma autêntica dor que entra em você e te estraçalha de dentro para fora. Nada deveria poder fazer isso. Especialmente não o amor. Eu odeio o amor. Faz mal para o meu estômago.

- Pensamento pós-Moonlight Mile.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Crônicas da Minha Vida (154) + Poema + Devaneio



.: DEVANEIO :.


Em toda minha inocência dos meus catorze anos (sim, pessoas, eu já fui inocente), eu vivia imaginando como seria simplesmente sensacional ter dezoito anos, sendo maior de idade, eu poderia sair à noite sem ninguém (meu pai) me ligando de cinco em cinco minutos para averiguar se eu ainda estava vivo e perguntar o meu paradeiro, não teria de me preocupar com a Operação Cadê Seu Filho e poderia aposentar minha identidade falsa.

No presente momento, eu tenho vinte anos e exatamente um mês de vida, meu pai já não me liga de cinco em cinco minutos quando eu saio à noite, a Operação Cadê Seu Filho não me incomoda mais e eu nem desconfio de onde foi parar minha identidade falsa — meu estado como maior de idade, dono do meu próprio nariz, acabou com todos os medos e inseguranças dos meus dezesseis anos. E agora eu estou entediado.

Não me entenda erroneamente, eu continuo me divertindo intensamente quando saio com meus amigos, entretanto sinto muita falta da emoção, da adrenalina proporcionada pelo fato de estarmos ali nos divertindo apesar da Lei. Era legal. Eu me sentia como um autêntico Jesse James da cidade não tão grande em pleno século XXI!

Oh, bem, acho que é verdade aquilo que dizem por aí: “tudo que é proibido é mais gostoso”.


.: POEMA :.


O lugar que eu deixei,
Para nunca mais retornar,
Esse é o ponto de convergência,
Ao qual
eu devo retornar —.


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (154) :.


1450.
Fa(i): (acrescenta mais duas colheres de leite ao Nescau) Eu quero mais grosso...
F: E eu queria que você fosse minha amiga ao invés de minha irmãzinha, porque aí eu soltaria um comentário lindo.

1449.
*cantando*
Fa(i): Help!
F: I need somebody!
Fa(i): Help!
F: Not just anybody!
Fa(i): Help!
F: You know I need someone!
Fa(i): Help!
F: When I was younger, so much younger than today!
Fa(i): (calada).
F: (calado).
Fa(i): Vai, continua.
F: Não, é um verso para mim, um verso para ti.
Fa(i): (arriscando) Help?
F: (rindo) Você me envergonha.

1448.
*flashback 2005*
L: Você e o [teu primo] são idênticos.
F: Não mesmo. Enquanto um de nós é charmoso, brincalhão, divertido e bonitão, o outro sou eu.
L: Ah, não fala isso! Você também é bonito.
F: Então me dê um beijo.
L: (constrangida) Bonitinho...
F: (rindo) Bem, eu tinha de tentar.

1447.
F: (vestido de terno e gravata) Como eu estou?
Co: (vendo-me pela webcam) Como o Aaron Eckart em Obrigado Por Fumar.
F: Isso quer dizer que eu vou pegar uma repórter idêntica à Katie Holmes?
Co: Não, isso quer dizer que você será induzido a uma overdose de nicotina por um sequestrador macabro.
F: Fantástico.

1446.
F: [Minha prima], é impressão minha ou você deixou o [teu namorado] sozinho no quarto com a [minha irmã] e a [nossa prima]?
P(p): (volta correndo para o quarto).
F: (risos).

1445.
CW: Felipe Eduardo, [eu] vou dormir... Você nunca dorme?
F: Aos domingos.

1444.
CW: Sabe o que é legal?
F: Sei: Pink Floyd.
CW: Você tocou no nome “miriápode” e aqui no Rio, nós falamos “gongolo”, exatamente assim: “gongolo” e não “gongolô”, como é o certo. Minha amiga diria agora: “Uma informação que mudou minha vida”. Mas, enfim...
F: (rindo) Meu primo mangaloide diria agora: “Peraí, vou pegar o meu caderninho para anotar”.

1443.
CW: Conhece a Cat Power? O sonho dela era conhecer o [Bob] Dylan. Quando aconteceu, ela disse: “Eu te amo”. Ele respondeu: “Nossa, que legal... Pelo menos uma pessoa me ama nessa vida”.
F: Eu honestamente não sei dizer se o Dylan foi sarcástico ou apenas indiferente. E Cat Power era o nome da gata (animal de estimação) da minha amiga, de alguma maneira, duvido que estejamos falando da mesma Cat Power.
CW: Acho que sarcástico (risos). Cat Power [é] uma cantora, uma ótima cantora, uma das minhas favoritas.
F: (sorrindo) Você está se coçando para me dizer para ir procurá-la ou para me mandar um vídeo dela, não é? E, antecipando, pode dizer ou mandar.
CW: Essa música ela fez pro Dylan: http://www.youtube.com/watch?v=bPagnhPTbeg. Eu ri do: “Você está se coçando...” (risos).
F: Ótimo, o plano era fazer você rir mesmo.

1442.
CW: Vai reprisar o show hoje do Paul [McCartney].
F: Horário?
CW: 18:00.
F: Ah, não poderei assistir. Viajarei oito da madrugada e só volto no domingo às 21 horas.
CW: Que pena... Vou assistir de novo.
F: Ah, claro, faça inveja. Muito bonito da tua parte.

1441.
F: Eu nunca sonhei que brigava com a minha irmã, no máximo, houve uma vez em que ela arremessou um cadeado, uma vassoura e uma tesoura em cima de mim. E eu era inocente: nunca havia nem chegado perto dos ursinhos dela, tampouco os decapitado!
CW: (risos).
F: Sim, ela — como toda e qualquer mulher da minha vida — é violenta.
CW: Ela é baixinha? Dizem que as baixinhas são violentas.
F: E são mesmo. Toda baixinha é enfezada.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Crônicas da Minha Vida (153) + Poema + Devaneio



.: DEVANEIO :.


Há uma comunidade no Orkut em que uma porção considerável dos meus amigos tem entrado ultimamente: Sinto PENA da nova geração. Aqui a descrição da comunidade: “Péssimos ídolos, péssimas tendências. Acompanham a multidão. Se contentam com pouco. Consomem até enjoar, depois jogam fora. Fazem qualquer coisa para aparecer na Internet. Acham bonito fingir que é retardado. E acabam por se tornar, realmente retardados. Isso é o que eu chamo de BURRICE VOLUNTÁRIA”. Primeiro, eu vou ignorar os erros de gramática no texto. Segundo, eu vou propor uma ideia: pergunte ao seu pai a opinião dele acerca da sua geração. Só isso. Não é nada muito complexo. É apenas chamar o seu pai, ou mesmo a sua mãe, ou um tio, eu sei lá, um parente da geração anterior à sua e perguntar a opinião dele acerca da cultura dos anos 90.
O meu pai respondeu da seguinte maneira: “Um bando de doidos e vagabundos”. Sim, papai é de um laconismo extraordinário, ele poderia ter se dado muito bem caso tivesse nascido em Esparta, mas esse não é o ponto, o ponto é: “Toda geração acredita ser mais esperta que a anterior e mais experiente que a posterior”. Infelizmente, eu falho em recordar o nome do autor dessa frase, se eu tivesse me lembrado, emitiria um pequeno comentário saudando-o por ter definido tão perfeitamente essa condição da natureza humana: o saudosismo.
Sigam o conselho dos Beatles: deixem estar. Todo mundo tem o direito de curtir, ou não, sua década e as tendências da mesma.


.: POEMA :.


Se quiser redimir os seus pecados,
Viva ao seu lado pela eternidade,
Se até os bons têm as almas salvas,
Que dirá dos
pecadores!


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (153) :.

1440.
F: Mas, então, parece que você e a sua irmãzinha se amam de paixão.
CW: (sarcástica) Ah, completamente... Brigamos 24 horas por dia... Até em sonho.
F: “Até em sonho”, como é que é?
CW: A gente se enfrenta em um ringue.
F: Lutam o quê? Boxe, kung fu, caratê, puxam o cabelo uma da outra, se arranham e se mordem?
CW: Luta livre, vale tudo...
F: Preciso dizer que, mesmo em sonho, a ideia de duas irmãs se enfrentando num ringue faz com que qualquer homem fique com os olhinhos brilhando?
CW: (risos).
F: Tem tudo que nós, homens, adoramos: mulheres, violência e rock ‘n’ roll. Curte AC~DC?
CW: Respeito, mas não ouço muito, não.
F: OK, corte a parte do rock ‘n’ roll.

1439.
F: Pode contar comigo no teu aniversário.
He: Perfeito... [Eu] Te quero lá mesmo.
F: (rindo) Você me quer lá mesmo é?
He: Lá no meu niver.
F: (rindo) Ah, claro, vamos fingir que é isso (piscadela).

1438.
F: Sério, eu estou tão feliz que provavelmente aceitaria qualquer pedido não obstante do quão estúpido fosse!
Ju: Oba! Eu vou te vestir de drag queen quando eu chegar!
F: (sem reação).

1437.
Ba: (dando um sermão).
F: Sabe, moça, algum dia você será uma mãe fantástica!
Ba: Não, não, não! NÃO! Não vem com essa história! Não, não! Você não vai se livrar [do meu sermão] usando essa estratégia!
F: (segurando o riso) Mas é claro que não! Uma boa mãe nunca cairia nesse tipo de conversa!

1436.
*flashback final de 2007, início de 2008*
Turma: (comendo pizza).
H: Cientista, você é muito estranho! Todo mundo comendo com a mão e você com garfo e faca.
F: Fazer o que, né? Eu sou educado (piscadela).

1435.
CW: Serpentes me dão medo.
F: Normal, normal. Afinal, você é mulher. “História” mostra que mulheres e serpentes NUNCA se dão bem. O mesmo vale para mulheres e maçãs.

1434.
Jo: (todo feliz) Cara, a [censurada] disse que quer dormir comigo!
F: (instantaneamente) Dê a ela os melhores dois minutos da vida dela.

1433.
P: Mano, algumas pessoas têm azar. E você, mano, tem MUITO azar. Olha com quem está falando às quatro horas da madrugada nesse estado de espírito [desanimado] em que está! É mais uma piadinha de Deus contigo! Olha quem Ele lhe manda para fazer companhia [eu] (risos)!
F: Mano, você me fez colocar um sorrisinho no rosto, era tudo que eu queria. Acho que dessa vez Deus está é do meu lado mesmo. Valeu! Eu precisava rir um pouco!

1432.
P: (preparando uma piada) Diabetes é fatal, não [é]?
F: Na verdade, com as medidas corretas, diabetes é uma doença imunológica até que simpática. É diferente, por exemplo, de sarcoidose e de lúpus... Oh, quem eu estou tentando enganar? NUNCA é lúpus!
P: Sim, assim como o senhor é um literal “tapa na piada”. É cruel! Há anos você faz isso! É cruel!
F: É a minha vingança pelas piadinhas de ainda agora [quando eu pedi um conselho].
P: Acontece, mas “a vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”. (pausa) Mas já que somos ateus, isso não faz diferença!
F: (pasmo) Isso que eu chamo de sincronia [de pensamentos], hein, mano! Eu já ia dizer isso!

1431.
P: Mas como vovô diz: “Deus fecha uma porta, mas deixa aberta a janela que Ele entrou”.
F: Meu tio tem um ditado parecido: “Quando Deus fecha uma porta, Ele deixa uma janela aberta. Quando Ele fecha a janela, uh... É bom você ter uma marreta na mão, ou então vai ter que dar teu jeito pela entrada do cachorro”.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Um feliz aniversário: Laércio & Helder



Unicamente para não passar em branco (e para me ajudar a concretizar o objetivo de fazer cem postagens em um ano), dedico essa humilde postagem aos meus amigos Helder e Marcondes, digo, Larcondes, digo, Maércio, digo, Laércio, sim, Laércio, Laércio está correto, que comemoram seus aniversários nesse dia 13 de julho. Eu não faço a menor ideia de quantos anos eles estão completando, entretanto isso não muda o fato de eu considerá-los como sendo bons amigos. Então, uh, é isso. Feliz aniversário!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Crônicas de Aniversário: Mamãe & Noiva



ANIVERSÁRIOS!


Hoje é um dia duplamente especial, pois não somente é quando minha querida mamãe — uma mulher adorável que me colocou para fora do seu útero depois de oito meses (aparentemente, eu era um péssimo inquilino, causava mil e uma complicações, dentre elas, pressão alta) — como também é o dia em que minha adorada “noiva” completará seus vinte anos de idade (cuidado, hein, “noiva”, está ficando madura!). Como eu não sei dar parabéns, vou encerrar esse quase-discurso dizendo que tanto mamãe quanto a “noiva” são pessoas bastante especiais para mim, desejo muitos anos de vida e felicidade e peço para não me agredirem ao descobrirem seu presente é isso aqui, digo, essa postagem do blog. Bem, é isso. Divirtam-se com o flashback!


.: MAMÃE :.


01.
*aprendendo a jogar xadrez*
Mãe: Como se chama essa peça? (aponta para o cavalo)
F: Eu chamo de Pacato.
Mãe: O nome é cavalo. E essa aqui? (aponta para o bispo)
F: He-Man!

02.
Mãe: Felipe, a sua tia quer ver você.
F: Mostra uma foto minha pra ela.

03.
Mãe: Felipe, a filha da minha amiga mandou um livro pra você ler...
F: (pensamento) Crepúsculo, não! Crepúsculo, não! Crepúsculo, não! Ah! Em nome do Príncipe das Trevas [Ozzy Osbourne]: Crepúsculo, não!
Mãe: (tirando o livro da bolsa) Crepúsculo!

04.
Mãe: Eu não entendo você e os seus primos, por que vocês gostam dessas coisas tão feias? Por que não gostam de anjos, de coisas da luz, de coisas bonitas?
F: "Porque os caras maus têm os uniformes mais bacanas", ora!

05.
F: Mãe, o DVD tá quebrado?
Mãe: Sim, o seu pai quebrou.
F: Como ele quebrou o DVD?
Mãe: Do mesmo jeito que ele quebrou a geladeira.
F: (pensa por um momento) Com muita determinação e trabalho duro?

06.
Mãe: (em plenos pulmões) FELIPE!
F: Não sei de nada, não fui eu, não estava lá, foi um homem de um braço só!

07.
Mãe: Felipe, você tá me incomodando.
F: Há dezenove anos e com muita determinação!

08.
Mãe: (falando pela n-énesima vez) E essa bem aqui é a casa da minha avó...
Pai: (pisa no acelerador para ir embora).
F&Fa(i): (risos)

09.
Mãe: Quem é essa [menina que tá te convidando para uma festa de quinze anos]?
Fa(i): É aquela menina que vivia me seguindo no [antigo colégio].
F: Ainda bem que você não tem Twitter!
Fa(i): (rindo) Pior que eu tenho.

10.
Fa(i): Mamãe, por que todo dia eu tô acordando às 7h e aí fico me revirando toda até dormir de novo?
Mãe: Porque você já quer ir pra aula.
F: Mãe, por que todo dia eu acordo ao meio-dia e fico querendo dormir de novo?
Mãe: Porque você é preguiçoso!

11.
Pai: (reclamando).
Mãe: (dirigindo) E você, o que tá fazendo?
Pai: Eu? Eu tô atrás do restaurante!
Fa(i): Não, pai, se a gente estivesse atrás do restaurante já tinha encontrado ele!
F: (risos).

12.
Mãe: (contando uma história) Eu tinha um namorado antes do [meu marido] que...
F&Fa(i): Depois [do papai] que não podia ser, né!

13.
Mãe: Felipe, você está indo dormir muito tarde.
F: E tô acordando muito cedo e não tô dormindo na aula, então não tem problema.
Mãe: É impossível que você não esteja dormindo na aula! Não dando nem uma cochiladazinha!
F: Pergunte pra sua espiã.
Mãe: Eu vou pedir pra mãe dela perguntar.
F: Ótimo. E mande-a ficar longe das minhas pernas, elas já têm dona!

14.
Mãe: (dando uma dica) A espiã senta na diagonal.
F: Puxa, mãe, que ótima dica! A sala é um retângulo, logo tem duas diagonais e todo lugar de uma diagonal faz parte de uma reta paralela!

15.
Mãe: Eu não sou paranoica!
F: Mãe, a senhora quis comprar um bote quando Santa Catarina ficou debaixo d’água!

16.
Mãe: Felipe, a casa não pode ficar bagunçada, o Nick chega aqui amanhã.
F: Primeiro, o nome dele ou é Costelinha ou é Vingador, faça sua escolha. Segundo, ele é um cachorro, duvido muito que vá se importar com a bagunça.
Mãe: Mas os “pais” dele também vêm para ver se ele pode ficar aqui.
F: Ah, se as crianças abandonadas recebessem o mesmo tratamento!

17.
Mãe: Você não pode matar carrapato.
Fa(i): O que tem que fazer, então?
Mãe: Tem que afogar no álcool e tocar fogo.
Fa(i): Por quê?
F: Porque eles são que nem vampiros.

18.
F&T: (descem do carro).
Mãe: Vão com Deus!
F: Eu não vou fazer essa piada, é fácil demais.

19.
F: (com medo de tomar injeção).
Mãe: A vacinação começa às 9h.
F: Mas no panfleto diz que é às 10h!
Mãe: E não precisa levar a carteirinha de vacinação.
F: Mas no panfleto diz que precisa!
Mãe: E só acaba às 13h30min.
F: Mas no panfleto diz que só vai até as 13h... (suspiro indignado) Sério, pra que serve o panfleto? Enfeite?

20.
Mãe: Cadê a tua mãe, [meu sobrinho]?
J(p): Tá matando uma galinha.
Todos: (espantados) Matando uma galinha?
Mãe: Como assim?
J(p): Eu liguei pro papai e ele disse que ela estava matando uma galinha lá na frente com a vizinha.
Mãe: “Matando uma galinha” quer dizer “fofocando”!
F: Ah, claro, “matando uma galinha”, “fofocando”, sim, eu posso enxergar a relação.

21.
Mãe: O [meu sobrinho-neto] tá gostosinho.
F: (pasmo) A senhora mordeu o bebê?!

22.
Mãe: (assistindo televisão) Credo! A mulher só tem um dente.
F: Mãe, a notícia é “Menina de doze anos morre após overdose de cocaína” e a senhora esta comentando sobre o dente da mulher? Isso é errado.

23.
Mãe: Por que você tá tomando Coca-Cola?
F: (hipoglicêmico e impaciente) Porque eu sou suicida.

24.
Mãe: Por que você acordou todo animado hoje?
F: Porque hoje é um lindo dia!

25.
Mãe: (toma um gole do meu refrigerante).
F: OK, mãe, eu amo a senhora, mas, por favor, não faça isso, sério, eu odeio que mexam na minha comida, não estou namorando a [censurada] porque ela vivia roubando a minha batata frita!

26.
Mãe: Eu te PROÍBO de sair mais cedo [do cursinho].
F: OK, mãe.
*minutos mais tarde*
Coordenador: Seguinte, pessoal, como hoje é o primeiro dia, haverá uma comemoração, então vocês serão liberados mais cedo.
F: (pensamento) Oh, mas eu nem queria rir.

27.
Mãe: Como você esta se sentindo?
F: Como se houvesse um troço cravado na região lombar do meu abdômen... Oh, wait!

28.
F: Novamente, a senhora está com frescura para me deixar sair por que mesmo?
Mãe: Porque eu estou com uma má sensação.
F: OK, e por que a senhora esta com uma má sensação? Digo, não é como se eu fosse passar mal e os meus amigos vão me jogar na vala.
Mãe: Eu não sei [porque estou com essa má sensação].
F: Fiquei confuso.
Mãe: Instinto materno.
F: Isso é estúpido! Senhora está dificultando a minha chance de diversão baseado em algo totalmente ilógico que a senhora nem tem como explicar!
Mãe: Viva com isso.

29.
F: (entrando no quarto) Oi, mãe.
Mãe: Você não foi para aula hoje.
F: (saindo do quarto) Tchau, mãe.

30.
F: Mãe, eu estou enjoado.
Mãe: Felipe, ainda bem que você não é mulher, ou então eu ia pensar que você estava grávida!
Fa(i): (rindo) O Felipe é um cavalo-marinho!
F: Obrigado, mãe, agora a [minha irmãzinha] pode me comparar ao macho mais estúpido da face da Terra.

31.
Mãe: Vendedor que é vendedor não tem partido político, time de futebol e religião.
F: Em suma, vendedor que é vendedor é como eu.

32.
*assistindo Watchmen*
Filme: (cena em que o Comediante, Edward Morgan Blake, põe fogo no mapa dos EUA).
Mãe: Isso aconteceu antes ou depois da morte dele?
F: (entre dentes) É, mãe, definitivamente aconteceu depois da morte dele. É, é.

.: NOIVA :.


01.
Pa: As complicações da minha vidinha pacata já se foram.
F: Puxa, que pena! Bem, daqui a pouco as complicações voltam e a vida fica agitada de novo!

02.
F: Eu não tenho mais paciência para esse “joguinho” [de flertar e cortejar].
Pa: Desde quando?
F: Desde as 21h54min do dia 23 de maio de 2009.

03.
Pa: Égua, Felipe, já te disse que te amo?
F: Não, hoje seria a primeira vez. O que é estranho, considerando o nosso [falso] noivado.
Pa: EU TE AMO!
F: (pensamento) Oh, tão diferente do “eu te odeio” que estou tão acostumado a escutar.

04.
F: OK, por que todo mundo quer ter dezoito [anos]? É só porque com dezoito anos atingimos a maioridade e, teoricamente, podemos beber, dirigir, transar, e ficar na rua até tarde sem ter de se preocupar com a Operação Cadê Seu Filho?
Pa: Tem gente que transa antes dos dezoito anos.
F: Sim, sim, eu mesmo transei pela primeira vez com quinze anos e justamente por isso coloquei o “teoricamente” na minha frase.
Pa: Perdi com dezessete.
F: OK, caí da cadeira agora... Pensei que você ainda fosse virgem, “noiva”! Sinto-me enganado, muito enganado.
Pa: (risos) Pensou? Eu também penso às vezes.
F: (ingênuo) Pensei, pensei.

05.
Pa: Ai, fiquei encabulada agora.
F: Ah, nem fique, “noiva”. É normal, é normal. Todo mundo transa uma hora. Às vezes, por dez minutos, outras vezes, por uma hora inteira e, quando você toma um bule inteiro de café, por seis horas sem descanso, o que, caramba, é ruim para as pernas, parece que [você] perde todo o equilíbrio.

06.
F: Ai, ai, ai, essas meninas por quem eu me apaixono... Incrível como todas vão embora.
Jn: Ah, mentira, a [tua “noiva”] não foi [embora].
Pa: Nossa, ele me excluiu.
Jn: Aham, ele te exclui. Tá vendo? Ele não te ama?
F: Não, não, paixão é diferente de amor. Eu me apaixonei por elas, mas [a “noiva”] é o amor da minha vida (piscadela).
Pa: Agora eu gamei de vez!
Jn: (risos) Coitada! Ainda acredita nesse papo!
F: Uia, “noiva”! Só agora que você foi ficar gamada?
Pa: Não, amor, já tinha ficado, mas agora nem para o Brad Pitt eu olho.
F: Nem pro Johnny Depp?
Pa: Pois é, né...
F: Amor da minha vida, tudo bem olhar para o Johnny Depp, eu admito que ele é um cara bonito, o único além de mim existente nesse mundo!
Pa: (risos) Isso que é “noivo”, viu!

07.
F: Olha, você tem cara de quem poderia competir tête-à-tête com a [censurado] na tequila.
Pa: (risos) Sério?
F: Sério, sério.
Pa: Uau! Tô feliz! Me livrei da cara de “keta”.
F: Cara de quê?
Pa: Keta. Quieta.
F: Ah, sim. Bem, é como vovó dizia: “As quietas, meu filho, ah, com as quietas nem o diabo pode de tanto fogo que elas têm”.

08.
C: Safado!
Jn: Safado!
F: Sério, que onda é essa de toda mulher me chamar de “safado” agora? Puxa, a única que não me chama assim é a "noiva" e, caramba, ela quem deveria me chamar assim.
Pa: ("noiva") “Safadio”. Agora tem o “I”.
Aa: Eu nunca te chamei [de “safado”], já?
F: Deve ter chamado, se não tiver, ora, aproveite a chance e me chame agora.
Aa: SAFADO!
F: E agora toda mulher já me chamou de “safado”. O ciclo está completo.

sábado, 10 de julho de 2010

Crônicas da Minha Vida (152) + Devaneio




.: DEVANEIO :.


Telefones. Eu os odeio. Grandes, pequenos, amarelos, pretos, azuis, fixos, sem fio, da Oi, da TIM, da Telemar, de teclados e daqueles que ainda tem de girar o círculo número para girar. Eu os odeio indiscriminadamente.
E também os temo: quando o telefone toca, um sentimento de pânico floresce imediatamente no meu coração, coloco o fone para fingir não estar escutando, ou então vou me esconder no banheiro para não ter de atender, infelizmente às vezes não tem jeito: eu estou sentado do lado da invenção maldita de Graham Bell, alguém resolve ligar e daí mamãe me lança um olhar intimidador, forçando-me a atendê-lo.
Tamanha é a minha felicidade quando não ligam para mim que só falto soltar rojões, quando a pessoa quer falar comigo, no entanto, murcho como se tivesse me acertado um chute no saco — pode ter certeza que quando me ligam é para ficar tagarelando sem parar durante horas e horas, daí lá fico eu, pendurado no telefone, escutando sem interesse, morrendo de vontade de desligar para poder voltar à minha vidinha, mas não, eu não posso fazer isso, seria falta de educação e ainda acarretaria um sem-número de complicações.
Por sinal, essa é a pior parte de estar namorando para mim: as conversas aparentemente intermináveis no telefone. É simplesmente fantástico. Depois de ter passado vinte horas em um chamego ininterrupto com a menina e duas horas dando a devida atenção ao grande mano esbranquiçado, eu volto para casa, tomo um banho, troco de roupa, ligo o notebook e preparo-me para jogar Age of Empires II: The Conquerors — no instante em que eu clico no primeiro villager e mando-o construir a primeira casinha, o telefone toca. E é ela. Eu, como todo bom namorado, respiro fundo, atendo o telefone e vou dar-lhe atenção, contudo sem nunca deixar de pensar o seguinte: “Em nome de Nossa Senhora do Pneu Furado! Nós passamos o dia inteiro um com o outro! Como é possível que ela ainda tenha o que falar?!”.
E é por isso que meus relacionamentos românticos dificilmente duram mais de três meses: a parte do telefone me desgasta em demasia. Malditos telefones! Eu os odeio e os temo. E maldito seja Alexander Graham Bell por tê-los inventado!


1430.
P: Talvez minha vida seja tragicômica.
F: Pô, e você ainda tem dúvida disso? Há dez anos nós temos vivido uma tragicomédia! Nos fudemos, rimos, nos fudemos de novo, rimos mais um pouco e daí nos fudemos mais uma vez antes de dar a volta por cima e fuder com quem fudeu conosco! É algo simplesmente fantástico!
P: (rindo) Sensacional!

1429.
Ba: Felipe, eu preciso da tua ajuda.
F: Não.
*silêncio*
F: Sim, moça, qual é o favor?
Ba: (confusa) Você acabou de dizer “não”.
F: Apenas pelo bem das aparências: você, eu e até mesmo um macaco com um pote de analgésicos sabe que, de um jeito ou de outro, eu vou ser tragado pela gravidade do teu problema e acabarei te ajudando com um plano mirabolante.
Ba: (pensa por um momento) É verdade... (pausa) Por que isso vive acontecendo com você?
F: (rindo) Eu te confesso que também queria saber, moça. Eu também queria saber.

1428.
F: (em dúvida) Falando em solteirice, mano, quando foi que eu fiquei com fama de pegador?
P: Você começou a contar seus casos com as mulheres e a explicar sexo para o povo, você virou pegador sem ter pegado metade das mulheres que DIZEM que VOCÊ pegou. Sim, eu sei como é isso, mas deixa eu te dizer: caso você arranje uma namorada nesse tempo, isso virará totalmente contra você, toda vez que se deitarem pra trepar, ela vai trazer junto um caso seu, ou um pseudocaso, pra junto da cama, escada e aonde for, e sim, sua vida virará um inferno. E após virar um inferno, você cairá na lábia de se apaixonar novamente, aí você estará fudido, e o resto nem preciso falar, né? Por isso, renegue esse rótulo antes que isso se vire contra você, porque irá!
F: Pois é, eu não entendo esse rótulo, é hipertenso, digo, já estão até dizendo por aí que eu peguei a [censurada] e a comi de cabeça para baixo!

1427.
P: Semana passada você teve problemas estomacais. Hoje novamente. E o pior: no mesmo dia da semana.
F: O que eu posso dizer? Terça-feira é um dia maldito. Mas não se preocupe, estarei melhor amanhã, afinal, quarta-feira é um daí bendito, foi quando eu nasci.
P: Eu já nasci numa sexta-feira.
F: (segurando o riso) Não, mano, você nasceu numa terça-feira.

1426.
F: Mas me diga, fazia esculturas de arte com massinha desde quando era pequena, ou esse teu lado artístico foi, por assim dizer, influenciado por outrem?
CW: Ah, eu comia a massinha toda e depois jogava fora. Sempre achei desenhar um saco. E pintar também.
F: (risos).

1425.
F: Estou triste.
Fa(i): (ignorando-me).
F: Pergunta por que eu tô triste.
Fa(i): Por que você tá triste?
F: Porque hoje é dia 6 de julho de 2010 e não há nem carros voadores, nem tênis que se amarram sozinhos e tampouco jaquetas de mangas ajustáveis.
Fa(i): (sem entender) Ahn?
F: De Volta Para o Futuro II.

1424.
Fa(i): (de fones de ouvido).
F: (jogando videogame) Caramba, eu adoro essas músicas do Prince of Persia.
Fa(i): (tira os fones) O quê?
F: Eu disse que adoro as músicas do Prince of Persia.
Fa(i): Ah, tá. Entendi você dizendo que adorava as músicas do Guns ‘n’ Roses.
F: Minha irmãzinha, eu somente diria isso se estivesse drogado ou muito apaixonado, o que é praticamente a mesma coisa.

1423.
F: O nome dele [namorado da tua amiga] é [censurado]?
P: Sim.
F: Diferente... Gostei do nome.
P: (brincando) Ele é lindo também.
F: (rindo) Ele pode até ser lindo, mas... Eu sou mais lindo ainda.
P: (fazendo a cara perfeita) Vocês dois podem ficar aí com a sua lindeza enquanto eu vou lá comer as menininhas, volto já!

1422.
CW: A minha irmã é fanática por estudos. Ela estuda 24 horas por dia!
F: (rindo) Ela quer ser médica, cientista da NASA, ou “apenas” quer construir um empreendimento multinacional e conquistar o mundo?

1421.
C: Eu nunca saio para lugar nenhum, por isso que venho quando tem esses eventos.
F: Pior é que quando marcamos de sair, alguém sempre fura.
Ln: (olhar assassino).
F: (culpado) Gente, desculpa [por viver furando].


NOTA: a partir de agora => Cl = CW.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Crônicas da Minha Vida (151) + Devaneio + Poema



.: Devaneio :.


Outro dia eu estava voltando para casa e me deparei com um sujeito maltrapilho, sujo, fedido, de fala enrolada e com cara de bêbado que tinha uma garrafinha d’água na mão, ele estendeu a garrafa para mim e pediu para eu abri-la, pois estava com as mãos molhadas e não conseguia; com medo que o sujeito me fizesse de trouxa e me assaltasse, eu o ignorei e continuei meu caminho rumo ao ponto de ônibus há alguns passos dali.
Em toda minha falta de sorte, eu perdi o ônibus e tive de esperar pelo próximo, o que me possibilitou presenciar um episódio simplesmente fantástico: um homem de terno e gravata e de rosto ocupado parou em frente ao sujeito maltrapilho, pegou a garrafinha de água, abriu-a e a entregou para ele antes de voltar a andar apressado. Eu fiquei simplesmente maravilhado com isso. Aquele homem acreditou no sujeito e este último agiu com sinceridade — há algo tão raro quanto isso hoje em dia? Em um mundo onde irmãos apunhalam um ao outro pelas costas, onde amizades tão feitas unicamente por conveniência, onde a quantidade de dinheiro em uma conta bancária é provida de maior valor que o amor verdadeiro e onde o homem rouba a vida do seu semelhante sem nem a menor hesitação, ainda há pessoas que acreditam na humanidade, na bondade alheia, em um mundo melhor.
Eu me senti um lixo por ter desacreditado naquele sujeito, julguei o livro pela capa e fui embora sem ajudá-lo, tudo bem, eu tive de pensar primeiro na minha integridade física — eis o grande problema: nosso mundo está tão distorcido que deixamos de acreditar na benignidade humana. É uma pena, é uma verdadeira pena.


.: Poema :.


Perambulando (vadiando) pela cidade,
Vejo uma multidão ao redor de um corpo,
Era uma mulher, uma puta
Grávida, deu à luz no meio da calçada
Que emocionante!
Eu vi a puta que pariu!


1420.
Cl: Caiu de novo [o MSN]...
F: Acontece. Qual foi a última mensagem que você recebeu?
Cl: Sobre os advérbios...
F: Ah, daí você ficou calada, eu pensei que o assunto tinha acabado e para acabar com o silêncio, perguntei por que você tinha escolhido Arquitetura.
Cl: Ah, sim... Porque o meu pai já trabalha com isso, ficaria mais fácil! E acho que levo jeito com a coisa...
F: Construiu um prédio de LEGO que ficou incrivelmente parecido com uma construção visigoda do século V, ou algo do tipo?
Cl: (risos).

1419.
*no Twitter*
J(p): Lá vem o Demônio da Noite: http://tinyurl.com/2aeta83. Sim, ele só “funciona” de noite.
F: Só vou assistir se o Akuma (“demônio”) mostrar mais golpes do Street Fighter. #trocadilho

1418.
F: Ei, boa foto.
J(p): Qual?
F: Essa daí do MSN.
J(p): Ah, sim. Eu pareço um fantasma [na foto]. Já vou trocar.
F: Não, esta ótima, deixa essa mesmo.
J(p): OK, vamos ver o que as mulheres vão dizer. As que eu julgo sinceras, é claro.
F: Não é por nada, não, mas mulher e sinceridade... OK, [eu] vou ficar calado.

1417.
Cl: http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46931/.
F: Legião Urbana? Sério?
Cl: Leu a letra?
F: Não somente [eu] li a letra como também namorei uma Clarisse de dezoito anos ano passado.
Cl: Nossa, ela tem um ótimo gosto!
F: (brincando) Eu sei, não é a toa que ela estava me namorando.
Cl: (risos) Humildade mandou lembranças.

1416.
Al: Alguém já viu o filme O Nevoeiro? Tipo assim, aqui em Sombrio [minha cidade] hoje só falta àqueles projetos de polvos (risos).
F: Nevoeiro, Sombrio, verdade seja dita, há uma relação aí.
Al: É... Pode ser. Mas hoje essa minha cidade esta sinistra.
F: Pois é, né, sabe o que fazer? Pegue logo um quilo de sal e proteja tua casa, esse nevoeiro não deve ser coisa boa!

1415.
M: Desde quando fiquei meio doidão, fumante e ateu declarado, começou um monte de mina que frequenta a igreja a dar em cima de mim, tipo, eu não tô com cabeça para namorar e ainda por cima uma religiosa, me explica, eu não tô entendo porque tô atraindo esse tipo de mulher.
F: Você é, para elas, o que um vaso sanitário é para um cachorro: não presta, mas ainda assim elas querem beber um pouco da tua “água”.

1414.
*no Twitter*
Cl: Eu odeio militantes de qualquer espécie e não acho que você vai conseguir mudar a cabeça de quem acha [o] racismo o maior barato e que [os] gays são doentes só porque meia dúzia de pessoas [gays] se fantasiam de Mulher Maravilha.
F: Merda, queimei meu dedo com o Miojo e ainda imaginei um amigo viado fantasiado de Mulher Maravilha.
Cl: Culpa minha?
F: Parte da Mulher Maravilha? Sim, sim. Parte do dedo queimado? Espero que não, você não tem cara de quem lança praga.

1413.
F: Ah, falando em pendrive... Se você puder trazer as fotos da festa em que eu fiquei com a [censurado] II e quebrei a cama da [censurado]², eu ficaria muitíssimo grato.
Ju: Você quebrou a cama da [censurado]² aquele dia? Levo sim!
F: Quebrei, ora. Entrou todo mundo no quarto depois de terem escutado o barulho [da cama quebrando], o [grande mano satânico] até pegou fita preta e consertou...
Ju: Ah, é verdade! OMG! O que vocês estavam fazendo?
F: Nada, eu me sentei e puxei ela para sentar no meu colo, quando vi, estávamos caídos um em cima do outro, e eu rindo.
Ju: (rindo) Tá... Finjo que acredito!

1412.
Ju: (cumprimentando-me) Eva[risto]!
F: Me diz uma coisa, eu já te elogiei pelas referências inteligentíssimas desse apelido?
Ju: Tem referências inteligentíssimas é (risos)?
F: Sim, sim, esse “Eva” faz tanta referência à aposta que eu perdi e que me fez trocar o Eduardo [meu nome do meio] por Evaristo, como também faz referência à Eva, a primeira mulher, e ao fato de você ter me comparado com a tua melhor amiga certa vez.
Ju: (risos) Seu outro “eu”, Eva, minha melhor amiga.
F: Uau, eu me senti como uma drag queen agora...
Ju: A gente bem que podia te vestir [de drag queen] algum dia (risos).
F: (tenso) Que diabo, eu acabei de imaginar como seria se eu tivesse uma peruca loira, um vestido cheio de lantejoulas e uma tonelada de maquilagem no rosto. (pausa) Ah, mas nem dá para eu ser traveco, tenho um pomo de adão do tamanho de um planetoide (sorridente)!
Ju: A gente esconde com um lenço...
F: Mas eu não quero ser uma drag queen...
Ju: Mas é só por uma noite.
F: Mas eu não quero ser uma drag queen nem por dois minutos..
Ju: Você não vai ser uma drag queen, só o Felipe vestido de minha BF [best friend] (risos).
F: (sarcástico) Ah, claro, como há uma diferença enorme, eu aceito.

1411.
Co: Ah, God! Como é que você consegue ter tanta autoconfiança assim?
F: É como meu primo sabiamente falou durante uma partida de xadrez comigo: “Um Rei que carece de fé em si nem de longe é digno de ser seguido”.
Co: Você acabou de se proclamar um Rei, ou é impressão minha?
F: (rindo) Por que você acha que eu vivo dizendo que a minha filha será uma princesa?