domingo, 15 de agosto de 2010

Crônicas da Minha Vida (160)



.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (160) :.



1510.
W: (constrangida) Meu irmão está com raiva de ti.
F: (rindo) Por quê? Eu ainda nem te beijei nem nada do tipo.

1509.
*em um aniversário*
Irmão(W): (falando com a garçonete) Moça, água, por favor.
F: Gastrite?
Irmão(W): O quê?
F: Gastrite?
Irmão(W): Ahn?
F: Gastrite. GAS-TRI-TE. Você tem gastrite?
Irmão(W): Não.
F: Então por que está pedindo água, ora?
Irmão(W): Porque eu gosto de água.
F: Tá, mas, uh, água no aniversário? Ninguém bebe água no aniversário.
Irmão(W): Eu bebo.
F: Eu não boto fé nisso, mas, ah, OK, cada qual com seu cada qual, o importante é ser feliz.

1508.
Professor: Que parte [do neurônio] é essa?
Turma: Axônio.
Professor: De entrar na Universidade.

1507.
Co: (sorriso culpado) O quanto você me ama?
F: (sorriso sacana) O quanto você me deixa te amar?

1506.
J(p): Quanto é que tava pra entrar na Diwali?
P(p): 170 [reais].
J(p): Porra, muito caro!
P(p): Eu não paguei mesmo.
J(p): (sorriso sacana) Não, você pagou de outro jeito.
F: (risos).
P(p): (rindo e batendo no primo) Me respeita!

1505.
F: Mas que carro lindo!
J(p): É um Honda Civic.
Rn(p): Eu não gosto [desse carro] porque todo mundo tem.
F: (olha ao redor) Eu só tô vendo Gol.

1504.
M: (mostra uma foto tirada no dia anterior no Forte do Presépio).
F: Maldito timing! Nós estávamos no mesmo lugar, mas em tempos diferentes e, puxa, você tem um bom dedo para fotos.
M: (risos) Mente poluída mode on!
F: Pois é, eu ia escrever apenas “um bom dedo”, mas daí eu lembrei que a tua mente é que nem a praia de Mosqueiro.

1503.
F: Eu já comentei achar simplesmente sensacional o fato de você ser ao mesmo tempo tão pé no chão e esotérica?
CW: Eu acho muito legal conhecer tudo. Sou muito enxerida.
F: Ah, então foi a você que a tua primazinha [que mexe em tudo] puxou.
CW: Ah, mas é diferente, né... Nunca fui tão enxerida de chegar a ser mal-educada.
F: Nunca mexeu no que não deveria quando era criança, inocente e meio cabeça de vento?
CW: Acho que não... Eu sempre fui muito quietinha.
F: Do tipo que quando ia à casa de parentes meio distantes ficava toda encolhida na cadeira ao lado da mãe e ficava tão corada quanto um tomate pintado de vermelho quando dirigiam a palavra a ti?
CW: É... Acho que até hoje sou assim... Principalmente quando sou OBRIGADA a falar com as visitas, as amigas da minha mãe, os parentes distantes. Eca.
F: Duas coisas: I) É, eu também odeio ter de falar quando não quero ou com pessoas que, bem, não me importo; e II) Definitivamente, se vivêssemos no mesmo espaço, eu ficaria tão incomodado com a tua quietude que ocasionalmente te irritaria apenas para ver uma mudança no temperamento.

1502.
Pai: A gente tava lá em Salinas, né, aí eu disse pra tua mãe fazer topless, ela não quis. O que você acha disso, Felipe? Da tua mãe não querer fazer topless?
F: Nada mais do que correto! Mamãe não é mulher, mamãe é mamãe, assim como o senhor não é homem, é papai.
Mãe: Hmph! Conta o que você fez.
Pai: Eu tirei o pinto para fora para bronzear.
F: OK, isso é errado.
Pai: Ah, e se fosse você e a [censurado].
F: Aí é diferente: topless e pintos bronzeados são para pessoas jovens e bonitas como eu e a [censurado]. (pausa) Eu não acredito que acabei de falar “pinto bronzeado”.

1501.
Pai: (contando uma piada) O cara chegou lá no ringue e perguntou qual era o galo bom, o outro cara disse “É o branco”, daí ele apostou um milhão no branco, teve a luta e, pah!, o galo preto destroçou o galo branco, o cara ficou revoltado e foi tirar satisfações, “Porra! Eu não te perguntei qual era o galo bom?” e o outro disse, “Pois é, o galo bom é o branco, o galo ruim é o preto”.
F: (convulsões de risos).

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Crônicas da Minha Vida (159) + Devaneio + Discurso



.: DISCURSO :.



Muita gente tem dito que eu deveria esperar alcançar a marca de duas mil crônicas antes de fazer outro discurso. De certo modo, até que faz sentido, afinal, meu primeiro discurso foi feito ao atingir a marca de mil crônicas, contudo... Eu sou brasileiro e, embora não seja lá muito patriota, sinto necessidade de comemorar ter alcançado mil e quinhentas crônicas do mesmo jeito em que nosso país comemorou ter completado mil e quinhentos anos a algum tempo. Então, lá vai o discurso.

Muita coisa aconteceu nas últimas quinhentas crônicas. Muita coisa MESMO. Eu vi traições e corações quebrados, beijos e olhares apaixonados, abraços de saudade e acenos de despedida, calcinhas róseas, azuis e, às vezes, nenhuma, eu andei com pessoas cuja existência era um completo mistério para mim até pouco tempo atrás, escutei as músicas da Tiê, ressuscitei um blog e criei outro, brinquei com minha sobrinha, celebrei o primeiro ano de vida do meu sobrinho, descobri o sabor do beijo de uma menina travessa, usei um banheiro sem porta e confirmei uma vez mais algo que concluí aos meus inocentes onze anos de idade: você não deve procurar viver aquela vida determinada pela sociedade, porém a vida que funciona para você, aquela que te faz acordar com um sorriso de orelha a orelha e te faz dormir tranquilamente.

Eu sei, eu sei. Esse não é nem de longe um dos meus melhores discursos, na verdade, creio que nem devo chamá-lo de discurso, mas de quase-discurso, seja como for, isso é tudo que consegui escrever nessa tarde quente de agosto, morrendo de dor de cabeça e pensando em como eu vivo uma vida particularmente interessante apesar de eu não ser, de fato, uma pessoa interessante, logo minha conclusão é: se eu estou escrevendo esse quase-discurso para comemorar às mil e quinhentas crônicas, então devo agradecer do fundo da minha alma a vocês, pessoas interessantes e divertidas, que vivem a me arrastar para longe de minha existência tranquila e para dentro do vórtice caótico de suas vidas estranhas.

Obrigado, pessoas! Eu me divirto muito na companhia de vocês!


.: DEVANEIO :.


Eu já fui chamado de várias maneiras: cachorro, canalha, cavalo, estúpido, grosseiro, idiota, imbecil, mentiroso, safado, Homo safadus, Charlie Harper, tarado e, é claro, arrogante. Arrogante. Essa é a palavra que a maioria das pessoas associa comigo. Dizem por aí que o meu ego toca a estratosfera, que eu deveria fazer doações de autoconfiança para os mais necessitados e que, bem, eu mandaria construir uma estátua gigante da minha pessoa caso acertasse os números da Mega Sena. E eu mandaria construir mesmo. Uma de mármore no meio da cidade, isso sim seria um presente fantástico para a posterioridade.

É, eu sou arrogante, adoro me olhar no espelho, fico admirando, sonhador, as minhas capacidades e, ocasionalmente, ainda me garanto o direito de empinar o nariz para as pessoas, mas, veja bem, eu sou arrogante. Insolente, atrevido. De modo algum poderia ser descrito pelo adjetivo “orgulhoso”. Nem em um milhão de anos! Eu posso ser completamente apaixonado por mim, contudo, putz, eu não tenho uma gota sequer de orgulho, pode perguntar aos meus amigos, eles te dirão que estou falando a verdade.

Orgulho é um sentimento que não tem lugar na minha psique, tenho-o como maligno, afinal, não é a toa que faz parte dos Sete Pecados Capitais. O orgulho subiu à cabeça do Lúcifer, causou sua queda e começou toda essa merda, e não parou por aí, constantemente tem causado problemas ao mundo, as pessoas, tem-nos feito recusar ajuda quando fundamental, não admitir certos erros, falhar em reconhecer uma ameaça direta aos teus interesses e, acima de tudo, te cegar no momento em que mais deveria ficar de olhos abertos. No final, creio que o orgulho seja com uma lâmina: ao perder o controle, dilacerará a tua própria carne.


Arrogante? Sim. Orgulhoso? Nunca. Eu reconheço minhas falhas com um sorrisinho sacana no rosto e um comentário sarcástico.


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (159) :.


1500.
F: Então, acha que eu deveria correr atrás da menina estranha de uma terra distante?
P: Não.
F: OK, vamos tentar de novo... Mano, acha que eu deveria correr atrás da menina de uma terra distante?
P: Não.
F: Ah, qual é, mano. Dá um tiquinho de apoio aí, por favor.
P: Pra quê? Você vai correr atrás dela de um jeito ou de outro!
F: (risos) OK, isso é verdade.

1499.
T: (emocionado) Mano!
F: (emocionado) Mano! Nem acredito! Puxa, estive com saudades! Um abraço, um abraço!
T: (abraçando).
F: (abraçando) OK, colocando de lado nossas emoções...
T: (risos).

1498.
Pa: Amor, eu serei uma velha da hora!
F: E eu serei um velho que joga videogame, mas ainda assim reclamaremos da juventude de hoje em dia e da cultura moderna. Ora, ainda nem temos trinta anos e já fazemos isso! Vivemos criticando as modinhas que tem por aí!
Pa: (risos) Pior!

1497.
PV: Toda mulher diz que todo homem é igual e não presta, sendo que os homens só não prestam porque uma vez tentaram ser legais com as mulheres e elas não souberam dar o devido valor, logo toda mulher é igual.
F: Alternativamente, “o pegador de hoje é o romântico de ontem e o corno de amanhã”.
PV: E se... Por ironia do destino, o ex[-namorado] dela [minha pseudonamorada] finalmente conseguiu alguma coisa [com ela], eu realmente nem passaria pelo estágio “pegador de hoje”.
F: (muitos risos).

1496.
F: Se você trocou Alpha Dog pelo Danny Ocean e sua trupe, então... Fez certo. Filmes de bandidos cavalheiros no melhor estilo Arsène Lupin são fantásticos.
CW: Esse filme é demais... Mas, não consegui ver o terceiro ainda.
F: Baixe, grave em um DVD e assista em uma televisão monstro.
CW: Minha televisão é monstro mesmo... Principalmente em dia de chuva... Sempre me assusta!
F: O quê? Ela fica toda chiada e começa a dizer “Carol Anne... Carol Anne... Carol Anne!”?

1495.
Mãe: Pega a minha carteira.
F: (pega a bolsa) Aqui.
Mãe: Tira a minha carteira.
F: (rindo) Isso não vai prestar.
Fa(i): (rindo) Eu já ia dizer!
Mãe: Me dá [a bolsa], me dá [a bolsa], me dá [a bolsa].
F: (risos).

1494.
Amigo da Irmãzinha Bochechuda: Eu acho que o problema [das notas baixas] é culpa do retorno [da tarde].
F: OK, deixe-me ver se eu entendi, você está dizendo que a solução para tirar notas melhores é estudar menos?

1493.
*carro lotado*
F: Mãe, por que a senhora está aqui [se está de férias e poderia estar curtindo a preguiça em casa]?
Mãe: Eu vim resolver um problema.
Fa(i): Resolveu um problema e causou o nosso problema [de lotação].

1492.
*flashback meados de 2008*
F: Caramba, tô sentindo o cheiro de, ah, “bacalhau”.
P(p): (dá uma fungada) Pior!
F: (olha para a prima) Você está com esse uniforme desde hoje cedo, né?
P(p): (olhar fulminante).

1491.
F: Pois é, dei uma topada hoje e arranquei um bife do pé.
Co: (rindo) Andando com a [censurado] exibindo o bundão na tua frente de novo é?
F: Não, não, mas eu confesso estar pensando nela na hora.
Co: Oh, que bonitinho! Ela vai ficar toda felizinha se souber disso e o [irmão dela] vai querer enfiar uma vassoura no teu rabo.
F: Eu já mencionei como adoro os teus comentários?

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Feliz aniversário, vovô

Hoje cedo eu vi uma nuvem estranha, parecia um fiapo de fumaça como aquele do seu cigarro, vovô. Sim, sim. Eu me refiro aquele cigarro que o senhor vivia a fumar escondido da vovó, do papai, de mim, de todo mundo, aquele cigarro ACESO que certa vez o senhor resolveu esconder dentro do bolso do calção e acabou por queimá-lo. Até hoje eu me desato a rir quando me lembro disso.

Oh, vovô, muito obrigado por...

... Toda a inspiração.

... Todo o amor incondicional.

... Todos os sorrisos.

... E todas as maluquices.

Um feliz aniversário, vovô!

domingo, 8 de agosto de 2010

Um feliz Dia dos Pais!

Hoje eu vi pessoas declarando no Orkut, no Twitter e, diabo, até mesmo subnick do MSN que o Dia dos Pais é uma data puramente comercial e que, portanto, pretendiam não comemorá-la. Sim, o Dia dos Pais, uma data móvel, segundo domingo de agosto, é realmente uma data puramente comercial — e eu não ligo. Eu não ligo. Sério. Eu não ligo porque tento enxergar o quadro maior, independentemente de sua origem, o Dia dos Pais é uma data em que todo filho e toda filha há de parar por um instante para celebrar o seu pai, presenteá-lo com um relógio, uma gravata, ou qualquer outra lembrancinha qualquer e, caramba, é isso que importa: abraçar o seu pai, dar um beijo em sua bochecha, declarar seu amor e agradecer por todas as vezes que ele disse “não”, por todos os traumas de infância, por todas as lições e, acima de tudo, por ter bebido muito vinho no jantar e não ter percebido que aquela fatídica camisinha já estava vencida há quatro anos. É isso. Ponha de lado esse seu pensamento anticapitalista e, você sabe, dedique esse dia para ficar ao lado de seu pai, curti-lo enquanto pode, afinal, algum dia ele não estará mais aí para te irritar e te constranger. Um feliz Dia dos Pais!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Crônicas da Minha Vida (158) + Devaneio



.: DEVANEIO :.



Em algum momento, você, homem (ou lésbica), se encontrou na seguinte situação: está saindo com uma garota, às coisas estão fluindo de acordo com os conformes, o papo é legal, vocês estão sentados um perto do outro, ela toca no teu braço, você mexe no cabelo dela, há umas risadas aqui, ali e acolá e de repente ela diz algo como “Eu odeio mentiras” ou “Eu gosto de pessoas sinceras”. E você, homem (ou lésbica), acredita nessa história ou por ingenuidade, ou por inexperiência, ou por acreditar do fundo do coração que, meu Deus, essa moça é diferente das outras. Bem, ela não é e escolher acreditar nessa coisa de “uma verdade inconveniente é melhor que uma mentira doce” é algo tão inteligente quanto avistar um campo minado em Angola e correr diretamente em direção ao mesmo.

Mulheres não querem sinceridade. Não mesmo. Mulheres querem a mentira. Tanto é que estão mentindo ao dizer que querem a sinceridade. Qual é! Você, pessoa, foi abençoado pela evolução com matéria cinzenta, use-a! Acha mesmo que uma mulher gostaria de ouvir sobre como aquela blusa asa de morcego é a coisa mais horrível do mundo? Pior ainda, que a melhor amiga dela é convidada ocasionalmente para os sonhos que te fazem ter de trocar o lençol no outro dia de manhã? Sério, que mulher te faria um cafuné na cabeça e te daria um biscoito Scooby por você ter sido sincero e dito “É, amor, você engordou uns quilinhos, acho que está na hora de começar uma dieta”. Não faz sentido acreditar nesse tipo de coisa!

Alternativamente, você, homem (ou lésbica), se coloque no lugar da moça, pense e me diga: ficaria feliz se ela te contasse que não, não curte Star Wars, que, tirando o Orlando Bloom, O Senhor dos Anéis é apenas um filme de homens fedidos e que John McClane, o cara do Duro de Matar (o quarto filme não conta!), não é o maior herói de ação de todos os tempos? Ah, por favor! Nós precisamos mentir! É saudável! Faz bem para o relacionamento, te impede de entrar em situações desconfortáveis, ajuda o mundo a continuar girando e, caramba, ainda pode te garantir que a namorada te dê uma recompensa sensacional por você ter ficado ao lado dela, que estava de pijama, no shopping “sem sentir uma gota de vergonha”!


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (158) :.


1490.
*depois de um dia fatigante*
F: (exausto) Oi, pai.
Pai: Felipe, pega aquele pedido, acrescenta seis [unidades] de laranja e de maracujá, anexa para o [censurado], diz para acusar recebimento e depois me chama para ver como ficou tudo.
F: (sorriso amarelo) “Oi, meu filho, e aí como foi à aula? Reencontrou todo mundo? Conheceu gente nova?”.
Pai: Eu perguntei tudo isso.
F: Em um universo paralelo, sim.

1489.
F: Sim, eu ainda não entendi porque a [minha irmãzinha] está de castigo.
Mãe: Porque ela tirou notas HORRÍVEIS.
Fa(i): Mãe, a senhora sabe como é, eu sempre tiro notas ruins no início do ano e melhoro depois, ainda mais que tem os pontos do Art Sophos.
F: Sabe, irmãzinha bochechuda, eu pensei que eu era estúpido, imbecil e ignorante porque fiquei três anos em Recuperação para ajudar o povo [a ser aprovado na Recuperação], mas, caramba (risos) você acabou de me superar na estupidez, imbecilidade e ignorância. (ergue o copo) Em brinde a você!

1488.
Am: (assistindo One Tree Hill).
F: (olhando fixadamente para ela).
Am: (percebe estar sendo observada) Você está me imaginando nua, né?
F: Sim, sim.
Am: Não tem vergonha de falar isso na cara dura, hein?
F: Não, não.
Am: Por que não?
F: (fazendo a cara perfeita) Porque você está fazendo a mesma coisa.
Am: (corada) OK, é verdade (risinho).

1487.
Fa(i): Ele [o cachorro] tá no cio.
F: Todos [nós] estamos.
Fa(i): Não. Pessoas não têm cio.
F: Isso vai ser um choque para você, irmãzinha, mas todo menino fica no cio a partir dos doze anos.

1486.
Co: Sabe qual é o seu problema? Você é muito indiferente com a tua própria vida.
F: Eu não ligo.
Co: (risos).

1485.
R(p): (põe para tocar Vermilion, Part II).
F: Não dá pra tirar essa música? Más lembranças.
R(p): Quem é a menina?
F: Não é uma menina, é um vício mesmo.

1484.
F: OK, com toda sinceridade desse órgão sensacional divido em dois hemisférios que te faz ter pensamentos ainda mais sensacionais e, em certas ocasiões, bastante safados, diga-me, alguma vez eu te fiz se sentir estúpida?
Co: Toda santa vez em que você vê algo que te surpreende e começa a brincar de cientista maluco.
F: Desculpe, desculpe.
Co: Tudo bem, quando você faz isso, desvio o assunto para o Jean-Paul Sartre.
F: Eu nunca entendi A República do Silêncio.
Co: (risos) Exatamente.

1483.
F: Você está surpreendentemente triste, meu amigo. O que aconteceu? Se convenceu que aquele cara da lanchonete não é o Milton Santos disfarçado?
Ca: Não. Se eu te falar, promete que não põe no blog?
F: Não me faça pedidos impossíveis e eu não terei de mentir.
Ca: Certo. A [minha namorada] resolveu — como eu posso dizer isso? Ah! — apimentar as coisas e, e, e, e...
*alguns minutos mais tarde*
F: (no telefone) Satanás, escute as palavras de alguém te ama e que ama o teu namorado: nunca, nunca, nunca, nunca, nunca, nunca enfie o dedo na região onde o Sol não bate de um homem sem avisar! É errado e muitos de nós odiamos.
Ba: (rindo) Nem o mindinho?
F: Nem a ponta da unha!

1482.
F: Eu te amo, você sabe disso, né?
Co: Sei.
F: Casa comigo?
Co: Não.
F: Mas por quê?
Co: Porque você me largaria no segundo em que visse a menina branquinha, blá, blá, blá. O mesmo porque de sempre.
F: Você é branquinha, você tem cabelo preto, você quer fazer Direito!
Co: E eu odeio Ramones e já te vi quando acorda de manhã cedo, nunca me acostumaria com essa visão.
F: (rindo) OK, isso foi um golpe baixo.

1481.
F: Eu acho que ela acha que eu sou um idiota.
Co: Ah, por quê?
F: Porque eu ajo como um idiota quando estou falando com ela.
Co: Você age como um idiota quando está falando com todo mundo.
F: É, eu sei, mas daí eu sou um idiota engraçado, com ela sou um idiota-idiota.
Co: Um idiota-idiota?
F: É, um idiota-idiota.
Co: (sarcástica) Seus neologismos sempre me fascinam.
F: Thank you.