terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Crônicas da Minha Vida (193) + Devaneio + Post Scriptum



.: DEVANEIO :.


— O seu celular está tocando.
— Eu sei.
— Não vai atender?
— Não.
— Então dá para colocar no silencioso? Essa música não combina em nada com o momento.
Time After Time é um clássico.
— Eu concordo plenamente, mas Time After Time, assim como toda e qualquer música, deve ser tocada em certos momentos.
— Em que momento, por exemplo?
— Em flashbacks.
— Em flashbacks?
— É. Em flashbacks. Você sabe, lá está você, entediado, pensando na sua vida, nos seus problemas — esperando por uma epifania, daí começam os flashbacks, aqueles episódios marcantes da sua vida que a fizeram alcançar esse ponto. Time After Time combina com isso.
Você está assistindo filmes demais.
— Eu sei, a chinesinha comentou isso comigo. Enfim, quem está sendo ignorado?
— O Paulo.
— O Paulo? Por quê?
— Porque ele vai querer conversar. Eu não estou a fim de conversar.
— Conversar é o que nós estamos fazendo há mais de cinco horas!
— Eu não quero conversar com ele.
— OK, não querer conversar com o seu namorado é bastante problemático.
— É, é sim.
— Ele pisou na bola?
— Não.
— Então qual é o problema?
— É complicado.
— Eu, seriamente, duvido disso.
— Não vai parar de insistir nisso até eu explicar tudo, não é?
— Não, não mesmo. Você me conhece: eu encho o saco e venço pelo cansaço. E sete anos lidando com isso não te garantiram imunidade, então é melhor ir falando logo, moça.
— Ele é chato. Pronto. Falei.
BLASFÊMIA! Ele é legal. Um cara muito alto astral. Para falar a verdade, eu acho que nunca o vi sem um sorriso no rosto. Ele é demais.
— Esse é o problema: ele é demais. Ele é feliz demais! Deus! Você não tem ideia do que é conviver com uma pessoa assim 24/7! É como estar namorando um desenho animado! Ele é absurdamente feliz, às vezes dá vontade de socá-lo até a morte.
— É. Eu não recomendaria isso. TPM não é o melhor dos álibis, sabe. Quer dizer, eu acho que nem mesmo é um álibi.
— Não é TPM. É bom-senso. Ninguém é tão feliz assim. Aquele sorriso, ah, meu Deus! Como eu ODEIO aquele sorriso! É um sorriso tão sincero, tão verdadeiro, tão feliz! É diferente desse seu sorriso maligno. É um sorriso entupido de Prozac! É isso. Não tem jeito. Eu vou ter que terminar com ele.
— OK, apenas para deixar claro: você vai terminar com ele porque ele é feliz?
— É.
— Eu acho melhor pensar um pouquinho mais nisso, moça.
— Não tem o que pensar. Eu vou terminar com ele. Ponto final. Não aguento mais isso.
— Mas, caramba, ele não tem nenhuma qualidade que, possivelmente, faça valer à pena ficar com ele?
— ... ... ... ... ... ... Ele é grande.
— OK, eu vou dar uma reformulada na pergunta: ele não tem nenhuma qualidade que, possivelmente, faça valer à pena ficar com ele e que não me dê pesadelos mais tarde? Sério, moça, nenhum cara quer saber do equipamento do outro cara, por favor, nunca mais comente isso comigo. Nunca. Never. Nem em um milhão de anos. Nem que o único jeito de salvar o mundo da Skynet seja comentando comigo o tamanho de outro cara, entendido?
— Qual é o problema? Você já comentou comigo sobre cavernas alheias.
— Uma caverna. Singular. Unidade. E há uma diferença: aquela pintinha parecia MUITO com uma lágrima.
— E eu gostaria de saber disso por que mesmo?
— O ponto não é esse! Nós estamos nos desviando do assunto! Vai mesmo dar um pé na bunda do coitado do Paulo?
— Sim.
— E nada no mundo poderá mudar isso?
— Nada.
— Então é correto assumir que daqui a algumas horas atualizará o seu status no Orkut para solteira?
— É.
— Que horas são?
— 15 horas.
— OK, eu passo na sua casa para te buscar às 20 horas.
— Felipe!
— O que é?
— Eu ainda estou comprometida, porra!
— Eu sei, por isso que só darei em cima de você a partir das 20 horas.
— Ai de ti, eu te transformo em um eunuco. Mas que falta de respeito, menino! Nem terminei com o moleque, nem fiquei cinco dias de fossa e você já quer dar em cima de mim! Mas que pouca vergonha, hein!
— Ah, o moleque não ficará triste, ele é um desenho animado, onde deveria haver uma glândula de tristeza, há outra glândula de felicidade, por isso aquele sorriso que nunca vai embora. E pra que a fossa? Você vai soltar fogos de artifício quando se livrar dele!
— Para manter as aparências. Eu não quero que as pessoas pensem que eu não dou à mínima. Ficarei com má fama.
— Mas você não dá à mínima!
— Fato. Mas isso não quer dizer que as pessoas devem saber disso.
— Isso é tão Laura Palmer da sua parte.
— Laura Palmer? Twin Peaks? Onde é que você estacionou o DeLorean, Marty?
— Longa história. Mentira. É curta. Psych fez um episódio homenagem, Dual Spires. E a chinesinha veio me perguntar se eu já havia lido O Diário Secreto de Laura Palmer. Uma coisa levou a outra.
— O seu pensamento associativo é sempre divertido de acompanhar.
— Obrigado, Laura. Os seus elogios são sempre bem-vindos.
— De nada. Agora nós podemos parar com esse assunto chato do Paulo e voltar a falar das coisas que realmente importam?
— Claro, claro. Então, eu queria MUITO ter o cabelo do Kevin Sorbo.
— O cabelo dele é demais, mas eu prefiro o do...


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (193) :.

1840.
Lu: Ainda bem que não tomo refrigerante.
F: Gastrite?
Lu: Não... Promessa.
F: Promessa para...?
Lu: Minha best [friend]. Enquanto formos amigas, nada de refrigerante.
F: Por quê?
Lu: Porque era o nosso maior vício e estávamos bêbadas quando prometemos.
F: E Deus sabe que promessas de bêbadas não se quebra!

1839.
Lu: Felipe, você tem [um] mau gosto.
F: Que nada, meu gosto é supimpa. Você e a [censurado] que não sabem apreciá-lo.
Lu: Ninguém consegue apreciar o seu gosto.
F: Meu Last.fm discorda.

1838.
Lu: Estou chocada, [censurado] está toda carinhosa [comigo].
F: Não é isso que as cadelas fazem quando estão no cio?
Lu: MORRI [de rir]!

1837.
F: Credo, [censurado], deixe de ser má. Mentira, deixe, não. Ser má é sexy.
Lu: Acha?
F: Acho, acho. Eu gosto de mulher malvada. Elas me divertem.
Lu: (risos).

1836.
F: Você não é preguiçosa, é a preguiça personificada.
Lu: Puxa, Felipe.
F: Ei, olhe pelo lado bom: todo mundo tem um pouquinho de você!
Lu: Sim! Morri [de rir]!

1835.
Lu: Ela fica me tonteando [“enchendo o saco”].
F: Imaginei ela te girando.

1834.
Lu: FELIPE, BACKSTREET BOYS NO BRASIL!
F: Prefiro N’Sync. Rio [de Janeiro]?
Lu: Yeah! 25/02.
F: Quer que eu finja surtar também?
Lu: Quero!
F: BSB! Eu vou pirar o cabeção no show!
Lu: ISSO!

1833.
Lu: Ih, barraco! O amigo da [censurado] disse que faria tudo pela [censurado]², só que a [censurado]² namora o [censurado]³, o [censurado]³ foi tirar satisfação com o [a amigo da [censurado]].
F: [censurado]²? Outra [censurado]², né?
Lu: Não! A mesma [que deu em cima de mim].
F: (boquiaberto).
Lu: Eles têm um acordo: [censurado]³ pode ficar com homens e ela pode ficar com mulheres.
F: Essa sua geração me assusta.

1832.
F: Incrível, eu não consigo achar a Katy Perry bonita.
Lu: Ela é bonita, mas, sei lá, não curto muito.
F: Idem. Ela só tem uma música legal.
Lu: Qual?
F: Firework.
Lu: Gosto de outras também.
F: Eu, não. Muito conto-de-fadas.
Lu: Ah, é maneiro!
F: É nada. Eu vejo a [minha irmãzinha bochechuda] vendo os clipes dela e aviso: “Na vida real, aquela janela nem estaria aberta”.

1831.
F: Deixe-me ver se eu entendi: você deu permissão para o cara namorar a [censurado], mas não para transar com ela?
Bruxo de Fogo: É.
F: Bruxo de Fogo, meu amigo, isso não faz sentido! É quase Bíblico! É brincar de Deus! Cito o Al Pacino em O Advogado do Diabo: “Olhe, mas não toque. Toque, mas não prove. Prove, mas não engula”. Isso não faz sentido, criatura de fogo!


.: POST SCRIPTUM :.

Sim. Eu sei que confundi a Katy Perry com a Taylor Swift na Crônica 1832. Não se preocupem com isso. Outra hora haverá - por assim dizer - uma crônica de correção.


domingo, 5 de dezembro de 2010

Crônicas da Minha Vida (192) + (Quase) Poema



.: (QUASE) POEMA :.


Sonhos do amanhã despedaçaram a alma
O orgulho se perdeu
Asas foram arrancadas, o fim é à noite
Assim como...
O destino de um monstro.

Ainda que não tenha promessas para o amanhã,
Nada impedirá o meu retorno
Se esse mundo ânsia pela minha destruição –
... Ele virá comigo.


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (191) :.

1830.
T: (emocionado) Mano!
F: (emocionado) Mano! Nem acredito! Puxa, estive com saudades! Um abraço, um abraço!
T: (abraçando).
F: (abraçando) OK, colocando de lado nossas emoções...
T: (risos).

1829.
T: Agora eu entendo você e a [Srta. Insegurança].
F: Como assim?
T: O que cê sentia em relação a ela.
F: Uma atração/amor suficientemente forte para sacanear um cara que não merecia ser sacaneado?

1828.
F: (no telefone) Peraí, você ainda não descobriu como entrar [de penetra] lá [no clube]? Estranho! Normalmente você me liga para se vangloriar... (pausa) Eu não acredito! Você está me ligando para pedir um conselho!
Ba: “Conselho” é uma palavra muito forte.
F: Não, não, não! Você não me engana! Você quer saber se eu tenho alguma ideia maluca que talvez funcione!
Ba: Então... Você tem?
F: (desanimado) Não.

1827.
F: (conta uma novidade bombástica).
Ba: Hm. Legal.
F: “Legal”?
Ba: É. Legal.
F: Essa é, possivelmente, a reação mais sem graça que eu já vi na vida. Era para você estar puta da vida!
Ba: Peraí, você está puto da vida porque eu não estou puta da vida?
F: Eu estou puto da vida porque você não está puta da vida!
Ba: Você quer que eu fique puta da vida com você?
F: Sim, eu quero que você fique puta da vida comigo.
Ba: Então eu estou puta da vida com você!
F: Ah, não, não fique puta da vida comigo (risos)!
Ba: (vai embora).

1826.
Ca: (falando besteira).
F: Cara, para com isso, não seja os dois álbuns da Ashlee Simpson.
Ca: Ashlee Simpson tem três álbuns.
F: Isso não pode ser verdade.
Ca: Autobiography, Bittersweet...
F: Nós estamos tentando desvendar o mistério da bactéria do arsênio, eu não vou discutir isso com você agora!

1825.
F: Lembre-me, novamente, por que eu te conto essas coisas [embaraçosas que, ocasionalmente, me acontecem]?
PV: Porque você sabe que eu não vou contar para ninguém para justamente só eu ter o prazer de te avacalhar, diferente do que eu te falo, afinal, a tela do seu computador é vista por mais pessoas do que um telão em Campeonato Brasileiro.
F: (convulsões de risos).

1824.
Lu: Ai, eu estou com vontade de fazer algo, mas não sei o quê.
F: Que tal algumas abdominais?
Lu: Não, obrigada.
F: Pedir uma pizza, então?
Lu: Não, engorda. Acho que é beber água.
F: Água engorda.
Lu: ENGORDA?
F: Engorda.
Lu: COMO?
F: Tem caloria na água.
Lu: Muita?
F: Não, você perde subindo uma escada.
Lu: Eu bebo muita água, Felipe.
F: Não é suficiente para ganhar nem 100 gramas, eu te garanto.
Lu: Ai, ainda bem. Você me assustou.
F: Ia parar de beber água é (risos)?
Lu: Ia!
F: Não acredito!
Lu: Sério, Felipe.
F: (pasmo) Mulheres e as coisas que fazem para não engordar.

1823.
F: Mas qual é o tipo de interesse que você tem na [censurado]?
Lu: Atualmente? Nenhum. Tenho muito na [censurado]² e na [censurado]³. FALANDO EM [censurado]³, MENINO! Ela chegou em mim!
F: (pasmo) Conte aí! E mostre fotos para ilustrar o momento (piscadela).

1822.
Bi: (brincando) Posso mandar você se foder?
F: À vontade. Estamos em um país livre, afinal.
Bi: Livre. Logo, você não obedece.
F: Liberdade não é fazer o que você quer. Liberdade é fazer o que é correto. Janis Joplin estava errada (piscadela).
Bi: Nunca disse que ela estava certa (risos). Além do mais, não curto Beatles.
F: Eu curto algumas músicas, mas o que tem a ver Janis Joplin com Beatles?
Bi: Sei lá. Não é a mulher do [John] Lennon?

1821.
Li: Procrastinar é um arte.
F: E é uma ótima música também.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Crônicas da Minha Vida (191) + Poema



.: POEMA :.


Você se lembra dos dias
Em que as pequenas coisas te faziam feliz?
Você se lembra dos dias
Em que as pequenas coisas te faziam sorrir?
Vida pode ser tão maravilhosa
Se você permiti-la ser
Vida pode ser tão simples
Se você tentar

O que aconteceu com aqueles dias?
O que aconteceu com aquelas noites?

Você se lembra dos dias
Em que as pequenas coisas te faziam triste?
Você se lembra dos dias
Em que as pequenas coisas te faziam chorar?

É apenas eu
Ou é apenas nós?
Sentindo-se perdido nesse mundo?
Por que nós temos de machucar uns aos outros?
Por que nós temos de derramar lágrimas?
Vida pode ser linda
Se você tentar
Vida pode ser incrível
Se você tentar

Diga-me que
Eu não estou sozinho
Diga-me que
Nós não estamos sozinhos nesse mundo
Enfrentando o enregelante vento sombrio

Você se lembra dos dias
Em que as pequenas coisas te faziam feliz?
Você se lembra dos dias
Em que as pequenas coisas te faziam rir?

Sabe
Vida pode ser simples
Sabe
Vida é simples
Porque...
As melhores coisas da vida estão por vir
Porque...
O melhor ainda está por vir






.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (191) :.

1820.
F: Essa sim é uma capa [de álbum] linda: (mostra a capa do Scenes From A Memory).
CW: Amadora. Faço isso no Photoshop em dois minutos.
F: Eu gostaria de ver isso (risos).
CW: (risos) Aguarde deitado e com um cigarro na mão, porque até sentado cansa. Outra gíria de travesti para o seu vocabulário já que você curte.
F: Preciso parar com isso [falar gírias de travesti], está me corrompendo, outro dia soltei uma frase do tipo em um dos piores momentos possíveis (risos)!

1819.
CW: Tô providenciando o meu novo template. Provavelmente você não gostará já que ele está ficando lindo.
F: O que, eu não gosto de nada bonito é?
CW: Tem um estranho conceito de arte. Duvidoso demais. EU TE PROÍBO DE PENSAR ASSIM! (risos) Eu seria uma ótima ditadora.
F: Eu nem vou comentar isso (risos).

1818.
*no carro*
J(p) & Nh: (respectivamente no banco do motorista e no do passageiro).
F: (no banco detrás).
Nh: (olha para trás) E aí, meu filho, gostou do passeio (risos)?
F: (risos) Claro, mãe! Adorei!

1817.
Lu: Ai, Felipe, não me fode [com a minha amiga].
F: Engraçado, normalmente quando eu escuto essa frase, não há um “não” aí no meio.
Lu: Morri [de rir] (risos)!

1816.
PV: Só estou te avacalhando, afinal, são poucas as chances, né?
F: Não quando eu estou falando com a [minha musa] no MSN.

1815.
PV: Mas sim, e agora [depois do término] você vai ficar chorando pelos cantos, bebendo com os amigos e escrevendo textos de efeito no seu blog? ... Oh, wait!
F: (risos).

1814.
F: Ah, nem te contei, a [censurado] terminou comigo.
PV: OK. Desde quando vocês tinham alguma coisa “séria”?
F: Para ela, desde sempre. Para mim... Preciso responder (risos)?

1813.
Ca: (iniciando uma história) [censurado] me ligou ontem e...
F: (interrompendo) E só agora você me dá o recado?
Ca: (olhar assassino e mal-humorado).
F: (risos).

1812.
*terminando de comer pizza*
Ai: Bora [embora]?
F: Peraí, deixa só eu terminar [de beber] aqui e pagar o refrigerante.
Ai: Não dá para ir [embora] sem pagar o refrigerante?
F: Dá, dar, mas é errado.

1811.
Ar: Felipe, vê essa menina, olha que feia!
F: Credo, cunhada! (abre o Orkut) Olha essa aqui, é mais feia ainda!


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Eu Não Consigo Dizer Adeus Ao Passado



Eu fito as estrelas e a imensidão do céu

E me pergunto: “Do que eu sou feito?”
De tristeza? De dor? De ressentimento?
Eu ando pelas ruas debaixo de uma lua de vidro,
E pergunto a toda criança por mim conhecida:
“O que você acha que o amanhã trará: sol, ou chuva?”

Eu não consigo dizer adeus ao passado
Eu continuo, desesperadamente, agarrando-me aqueles dias de outrora
Além da escuridão, não há outro caminho
Senão aquele me levando de volta ao ontem

É aqui em que eu encontro
Paz interior, e não guerra
E os sonhos que eu deixei escapar por entre os meus dedos
Eu encontro a felicidade pela qual tanto estou procurando
Naqueles dias que nunca mais voltarão

Por que nós somos tão incapazes de perceber que
As melhores coisas da vida são de graça?
Os sons de uma risada, o calor de um abraço, um sorriso
Um beijo de mim para você, minha anjo caído

Eu desabo ao chão de joelhos
Eu choro e eu choro
Paz, não me abandone
Por favor, fique ao meu lado por um momento
Faça parar o ponteiro do relógio

Eu não consigo dizer adeus ao passado
Porque eu sei quão alegre aqueles dias foram
Entenda, para sempre é aqui que eu jazerei aconteça o que acontecer

É aqui em que eu encontro
Paz interior, e não guerra
E os sonhos que eu deixei escapar por entre os meus dedos
Eu encontro a felicidade pela qual tanto estou procurando
Naqueles dias que nunca mais voltarão





quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Clamando Pela Noite


Através da noite e do dia

Quando tudo estiver perdido
Por favor

Carregue essa alma para longe dessas terras ingratas


Embaixo do sol, nós lutamos
Por todos os nossos sonhos

Por todos os nossos desejos

Embaixo do sol, nós lutamos


Clamando pela noite

Para estar, para não estar lutando aqui

Deixando você para trás, deixando minha alma para trás


Clamando pela noite
Cores de kodachrome desaparecem com o tempo


Clamando pela noite
Para nós sonharmos outra vez com a luz

Enquanto nós esperamos pela ascensão de outra tempestade


Clamando pela noite

Por nós, por cada singela vida

As cinzas dos homens jazem como uma memória perfeita


Clamando pela noite
O coração há de permanecer

Assim como uma silhueta do tempo

Escutando os ecos dos nossos gritos no horizonte

Clamando pela noite