domingo, 13 de fevereiro de 2011

Crônicas da Minha Vida (209): Blog Finale

Hoje eu acordei com dois pensamentos: (a) Em nome dos cuecões folgados do meu tio Mauro! Eu me esqueci do trabalho de História Social da Amazônia! e (b) Está na hora de escrever o meu discurso de duas mil crônicas. Enquanto eu, um tanto sonolento, fazia o trabalho as pressas, não pude evitar me lembrar da primeiríssima crônica, a que deu início a tudo isso:

P: Você sabe qual é a opinião do Gasparzinho aqui em relação à menina-problema, né?
F: Você sabe que eu vou passar por cima da tua opinião e correr atrás dela de qualquer jeito, né?
P: Estranho seria se não passasse.
F: Amém, irmão!

Isso foi há, exatamente, dois anos. Naquela época, eu — um Felipe-de-19-anos — nunca imaginaria que o blog sobreviveria tanto tempo e tampouco que eu participaria de tantos acontecimentos, muitos, parcialmente, registrados nesse diário eletrônico e outros que eu nunca poderei registrar em outro lugar senão a minha mente como, por exemplo, esse episódio aqui:

F: Você ama torturar o [seu namorado], não é?
Ba: Eu amo! Me mantém jovem.
F: Por que você nunca me torturou?
Ba: Porque você era aquele Felipe, todo ingênuo e inocente, alguém tinha que te ensinar a andar nesse mundo de leões.
F: Obrigado por isso, por ter sido a minha professora.
Ba: Sem problema. Eu tive ajuda. Muita ajuda.
F: Tem algo que eu possa fazer para retribuir o favor?
Ba: Diga para o [meu namorado] pôr desodorante antes de ir à academia. Ele te escuta.
F: OK.

Quem conhece a garota da crônica sabe muito bem que ela saltará no meu pescoço assim que acessar o blog e ler isso, mas, ei, não há porque se preocupar, afinal, a menina-demônio, curiosa do jeito que é, continuará lendo esse texto e terá toda a sua fúria convertida em tristeza e nostalgia, pois descobrirá que, depois de um pouco mais de duas mil crônicas, eu encerrarei as atividades do Crônicas da Minha Vida. É uma pena, afinal, ao encerrá-lo, eu nunca poderei publicar, devidamente, essa crônica:

F: (aponta para uma menina) Aquela menina estudou comigo.
P(p): Ela é minha amiga.
F: Ela tem um cara de bêbada. Por sinal, esse é o apelido dela, Cara-de-Bêbada. [Prima], qual é o nome dela? É errado eu ficar chamando ela assim.
P(p): Eu não sei. Eu só chamo ela de “amiga”.
F: Boa amiga.

E sim, eu sei. Ninguém se importa. Ninguém dá a mínima para o encerramento do blog, ninguém além de mim — eu considero esse dia como sendo especial, mas para qualquer outra pessoa, é apenas um dia como outro qualquer. Tudo bem. Eu sabia desde o começo que o final não seria como o de uma série de televisão, não terminaria comigo saindo da sala, desligando a luz e os créditos subindo, essa é a vida real e nela nada é tão glamoroso assim. Eu entendo nem tudo acontece do jeito que você quer. Eu entendo.

O problema é que eu tenho uma imaginação muito fértil. Vocês sabem disso. Então, o que acontece? Eu imagino um sem-número de fins, cada um mais épico que o outro, por conta disso, a realidade nunca consegue superar as minhas expectativas e assim eu acabo ficando desapontado.

Honestamente, eu nem sei direito porque isso tem tanta importância para mim, digo, o modo como encerrar esse blog. Talvez seja porque todo mundo — ele, ela e até mesmo eu e você — queira acreditar que tudo o que fazemos é de suma importância para os outros, que as pessoas se penduram em cada singela palavra proferida por nós e vivem a se perguntar o que pensamos delas quando, na realidade, você deveria se considerar um sujeito de muita sorte se conseguir com que alguém, qualquer um, escute de verdade o que você tem a dizer.

Então, pessoas, por favor, prestem atenção no que eu tenho a dizer agora: eu não poderia ter construído tudo isso sozinho. Não, eu sei. Eu não sou um super-homem. Obrigado.

E é isso, pessoal. Divirtam-se com as últimas Crônicas da Minha Vida e se alguém tiver o interesse de ler os meus textos, acompanhem-me no outro blog, Nobody's Thoughts.




.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (209) :.

2000.
P: Mano, tenho uma consideração a fazer a você. Mano, presta atenção no que eu vou dizer agora. Mano, eu espero que seja um caminho que se encerre a você mesmo, definitivamente, que você possa encarar as coisas daqui para frente de um jeito diferente, se quer encarar como um filme, pois que seja, mas que seja um filme diferente e não mais uma comédia adolescente como às vezes me parece que você quer que seja a sua vida, o tempo é cruel e passa a todos, e todos nós sofremos consequências dos atos deles, se pretende continuar a encarar sua vida como um filme, que seja de um gênero diferente, algo diferente, está na hora de crescer, está na hora de Peter Pan crescer, não dá mais para ficar nisso, mano, estagnou, você já sentiu isso há muito tempo, estava para te falar já há uns tempos isso, mas como te falei; esse ano novo [eu] pretendo não me meter tanto na vida dos outros, e estou mantendo essa promessa, por isso esperei você se tocar disso, mas daqui para a frente, vida nova, mano, o passado morreu e está enterrado, eu sinceramente espero que não somente os seus textos evoluam, mas como sua cabeça e a sua forma de encarar as coisas, como disse anteriormente, Peter Pan, está na hora de crescer e é já! Parabéns por você ter concluído esse projeto, que muitos outros vitoriosos venham e que a sua mente evolua cada vez mais, que as portas da percepção se abram a você toda vez que algo parecer óbvio demais!
F: Sim, mano, é isso que eu farei, não aguento mais ficar no mesmo ponto e ver tudo se distanciando, o passado está morto, o que importa é o que vier daqui para frente e, sinceramente, você está ciente de que esse discurso aí será a crônica de número 2000, certo?

1999.
F: Para que existem camisinhas de morango, de laranja, de uva, etc, etc? Não dá para a menina sentir o gosto!
T: (sabiamente) Para combinar com a música.

1998.
CW: Confesso que queria apagar a minha [tatuagem de estrela], mas daria mais trabalho. Queria ficar sem nenhuma.
F: Pensei que só tivesse uma.
CW: Só tenho uma.
F: Ah, sim.
CW: Mas não acho que tenha a ver comigo hoje... Queria apagar.
F: O interessante das estrelas é que o brilha delas começa pequeno, mas é eterno.

1997.
Re: O [censurado] disse para eu tomar MUITO cuidado com você.
F: Ele está certo, é melhor você tomar MUITO cuidado comigo.
Re: (risos) Por quê?
F: Por três motivos: (um) eu sou MUITO carismático, (dois) eu sou MUITO esperto, (três) eu não vou poupar esforços para entrar nas suas calças, e (quatro) eu não tenho medo de trapacear.
Re: Você disse quatro coisas.
F: Viu? Já trapaceei e eu ainda estou começando a dar em cima de você (piscadela).

1996.
Bruxo de Fogo: (falando da menina que gosta dele e mora longe) Sabe, cara, eu não acredito na [censurado]. Em nada. Nada mesmo. Não acredito nem em mim, rapaz, mas... Eu queria que fosse assim como ela disse que seria, sabe? Seria legal... Um pouco chato. Mas acho que se depois que eu a encontrasse e subissem os créditos... Seria bem maneiro.
F: Bem, as coisas não são do jeito que vocês querem, então... Ou aceite isso, ou faça algo para torná-las do jeito que vocês querem. Exceto a parte dos créditos.
Bruxo de Fogo: (risos) Só que eu acreditando que isso daria certo, apesar de gostar da ideia, eu estaria regredindo na minha mudança.
F: Não sei, Bruxo.
Bruxo de Fogo: (pasmo) Não sabe?!
F: É, não sei.
Bruxo de Fogo: Você SEMPRE sabe, meu amigo.
F: Porque, veja bem, como o filósofo Jagger certa vez disse, You might not always get what you want, but if you try hard enought, you might get what you need. Não sei se seria um retrocesso você tentar fazer com isso [o seu relacionamento à distância] dê certo.
Bruxo de Fogo: Faz sentido. Mas no meu caso, pareceria que eu estaria tentando transformar a minha vida em um filme... E no nosso caso [meu e da menina], um anime.
F: A vida não é sua? Quem se importa se você quer fazer dela um filme, um livro, uma peça de teatro, um comercial da Coca-Cola? É a sua decisão, ora.

1995.
Fa(i): Era muito legal ir pra casa da tia [censurado], nem precisava ir à praia, a gente ficava na piscina mesmo. Lembra quando o [primo(V)] me empurrou?
F: O [primo(V)] não te empurrou na casa da tia [censurado], mas no sítio do [censurado]², o tio dele.
Fa(i): Não, foi na casa da tia [censurado]. O [primo(V)] me empurrou e o [primo(L)] me salvou.
F: Não, [irmãzinha bochechuda], foi no sítio do [censurado]², o [primo(V)] te empurrou na piscina porque não sabia que você não sabia nadar, daí eu tentei te salvar, mas como era gordo, não consegui, então o [primo(L)] foi mais esperto, saltou perto de você na piscina e te salvou.
Fa(i): (sarcástica) Tá, Felipe, a coisa aconteceu COMIGO, mas você é quem lembra certo.
R(p): (saindo do banho).
F: Meu primo, venha cá.
R(p): (entra no quarto) O que é?
F: Onde foi que o [primo(V)] empurrou a [minha irmãzinha bochechuda] na piscina? Casa da tia [censurado] ou no sítio do [censurado]²?
R(p): Foi no sítio do [censurado]².
F: (pega o violão e começa a cantar) Fooooooooooooooi noooooooooo sítiooooooooo!
Fa(i): (ódio mortal).

1994.
Mamãe: Você precisa aprender a ter limites.
F: É, eu SEMPRE tive um problema com isso.

1993.
Co: Você é tripolar...
F: (interrompendo) Eu odeio quando você inventa de me analisar, por Cristo, você faz Direito, mulher!
Co: (continuando)... Tem três lados: o bom, o mau, e o safado.
F: Supimpa. E qual desses três lados você quer como sendo o seu padrinho [de casamento]?
Co: Qualquer um, o importante é ser você.

1992.
F: E a [censurado]?
Lu: Está rindo de mim.
F: Ah, normal. Mas qual o motivo? O que você fez?
Lu: Comecei a gritar porque tinha uma Twitcam de sapatão fodendo.
F: (indignado) E você NÃO me avisou? Friendship over, friendship over!

1991.
F: Me diz uma coisa, há alguma diferença em relação ao afeto quando uma menina diz “beigos” ao invés de “beijos”?
Ju: No afeto, acho que não, mas na alfabetização...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Crônicas da Minha Vida (208) + Elogios



.: ELOGIOS :.


"Então, Felipe, tanto o layout quanto a escrita não são do tipo que normalmente me interessa ou agrada, mas você conseguiu alguma coisa, não me pergunte o que, que prendeu minha atenção e me fez ler o primeiro texto inteiro. Adorei, parabéns! E o layout ficou bom, por mais que com mais um pouco pudesse ficar exagerado".

"Gosto do seu blog por ser uma coisa com aparência tão pessoal e tão 'contando histórias'. Eu, por exemplo, tenho enorme dificuldade de colocar minha vida no papel. E aí é tudo tão seu... Bem legal".

"Não gosto muito do layout. Gosto dos textos por causa da autobiografia contida neles, sem contar que são bem escritos".

"Entrei no seu [blog], Felipe, muito bom t[am]b[ém], layout legal o estilo t[am]b[ém], li um pedaço só, mas dá pra ver que escreve bem sim. Parabéns!"

"Gostei, o conteúdo é bem escrito. Não gostei muito do layout, mas não compromete a integridade do blog. Estou seguindo".
-Pedro Anacleto
o grito do pierrot

"Meu, teu blog tem tua qualidade: É divertidíssimo! Eu o admiro como escritor. E mesmo você dizendo que não; amo teus poemas".
-Paju Monteiro
Reminiscência


"Grandes e LINDOS textos, diferentes e únicos. Gosto disso em um blog, misturas diversas e fica tudo muito bom e bonito! Estou seguindo".

"Eu nesse exato momento estou com preguiça de ler, mas eu já havia lido antes e acho que você é muito bom na escrita, tem grande potencial e acho seu layout FODA".

"Amo crônicas, especialmente as bem escritas... Então seu blog se encaixa no meu gosto, r[i]s[os]. Li algumas postagens, e não consigo mais parar de ler. Você tem m[ui]t[o] talento. O layout que poderia ser diferente, mas de qualquer forma, curti".

"Gostei das suas crônicas, a forma que você escreve é diferente. Chamou muito a minha atenção. Gostei".

"Tão envolvente, hein, Felipe. É diferente dos que já vi - não tinha experimentado esse ar. Gostei muito, o primeiro post (Ponto sem retorno) é interessantíssimo. Crônicas são crônicas e você sabe utilizar muito bem essa ferramenta. Parabéns".
-Thathiane
anamnese


"Adorei o layout... Sério.. Adoro crônicas... Mais não é sempre que as leio. Você escreve be[m]. É de meu agrado".

"Acho que já falei uma vez aqui que não gosto de blogs no estilo do teu, mas rapaz tem algo na sua escrita que me prende, sigo e recomendo! Suas postagens são engraçadas, eu imagino as cenas quando leio, é sempre bem engraçado. Admiro teu dom, garoto!"

"Felipe, tua escrita é genial. Crônicas muito bem elaboradas por ti. Um envolvimento muito linear de seu público. Gostei sim. Recomendo e seguirei-o".

.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (208) :.

1990.
P: Bem que eu daria um bom Hitler nesse país, hein.
F: Operações Valquíria ocorreriam diariamente com você no poder. E, creio eu, todas terminariam que nem a Operação Valquíria original.

1989.
T: Hoje o dia tá firme! Adoro o frio!
F: Eu também adoro esse clima. Uma pena que se a gente pôr aquelas roupas legais de frio, morreremos de calor.
T: Ééééé. E tem os alagamentos também.
F: Os alagamentos podem ser complicados.
T: Pois é... Pra mim, essa é a pior parte.
F: Idem! Alagou parte da cozinha hoje, aproveitei para limpá-la.
T: Eita... Ainda bem que eu estou nos altos.
F: Andar em cima d’água e suas vantagens (risos).

1988.
Bruxo de Fogo: (deprimido).
F: Ei, Bruxo, não se preocupe, você se dará bem no final.
Bruxo de Fogo: Claro. Eu sou o Bruxo de Fogo. Todos almejam esse posto.
F: Exatamente (risos)!

1987.
CW: Cara, eu e a minha amiga nessa vibe de Rubi uma vez... Minha amiga é assim: ela olha na cara de alguém, escolhe alguém para odiar, assim do nada, mas depois de um tempo, ela para de odiar a pessoa. Aí tá... Teve um amigo secreto na igreja. Ela tirou uma menina que ela estava odiando na época, aí na hora de entregar o presente, ela: “Eu tirei uma pessoa... Quem é [censurado]?”. Os olhos de [censurado] ficaram cheios de água.
F: Tua amiga se daria muito bem com a [censurado]², parece ser igualzinha a ela. Durante anos a [censurado]² me fez odiar a Kate Hudson. Detalhe que ela me mandou odiar a Kate Hudson, mas, na verdade, ela queria que eu odiasse a Kate Beckinsale: confundiu os nomes.
CW: (convulsões de risos).

1986.
CW: Paola Bracho merece viver eternamente.
F: Se depender do Sílvio Santos, ela viverá.
CW: Sílvio não tem colaborado. Esmeralda e esqueci o nome da outra [novela] com a mesma atriz, puta que pariu, são de doer os olhos.
F: Minha tia comentou isso outro dia, disse que de uns tempos para cá ele só tem colocado joia falsa na programação, rubi, esmeralda, cristal, safira, etc, etc.
CW: Rubi era foda, OK? Falsa [é] o cacete.
F: (risos) Ah, não! É mesmo fãzona de tudo quanto é novela mexicana?
CW: Depende da novela. Essas novas são ruinzinhas, mas as mais antigas, eu não perdia uma, minha vó até me chama para ver com ela.
F: Café com Aroma de Mulher?
CW: Show! (cantando) Gaivota que voa longe, voa tão altuuuuuuuuuuuuuu uuuuuuu!
F: (convulsões de risos).

1985.
CW: Uma mulherzinha espírita foi no Jô e simplesmente não conseguia responder as perguntas que ele fazia...
F: Péssima espírita, ela deveria ter boas respostas preparadas, afinal, é isso que charlatões como o Allan Kardec mais têm.

1984.
CW: Viu o final da novela?
F: Eu vi só a cena final da Mariana Ximenes falando em inglês e depois dando um olhar sinistro para a câmera. É sério que ela deu uma de Chuck Norris e sobreviveu a um acidente catastrófico de carro?
CW: Ela se jogou do carro antes dele cair e deixou uma mulher que ela tinha como refém dentro do carro. Amei. Se a Clara morresse de forma tão idiota... Seria ridículo.
F: Nada é mais ridículo que a morte da novela do fantasminha. Apelação total isso de ser comido por um tubarão.

1983.
CW: Acho que vou pedir outra senha [no site do ENEM].
F: (sarcástico) Sim, porque fazer isso realmente tem dado certo.

1982.
CW: Minha senha [do ENEM] ainda não chegou.
F: Daquela hora até agora nem sinal das senhas? Não acredito!
CW: Chegou no celular, mas deu inválida, porque pedi duas, né. Tô com medo de pedir mais uma.
F: Tentou ligar no 0800?
CW: Não.
F: Por que não?
CW: Porque eu estava esperando chegar.
F: É, mas você não achou que estava esperando demais quando deram umas 17 horas?
CW: Não.
F: Bem, dizem por aí que paciência é uma virtude.

1981.
F: Encontrou alguém no Studio Pub?
PV: Minha prima e a amiga gostosa dela.
F: Uma daquelas suas primazinhas que estavam no [seu] aniversário?
PV: Justamente a que não estava no aniversário.
F: Aaaaaah. Mas tinha uma das suas primazinhas que era bonitinha, eu pegava (com todo respeito).
PV: Qual delas? De boa, não tenho ciúme das minhas primas.
F: A que estava com o cabelo preso, blusa cinza e short branco.
PV: Você é bem detalhista, hein. Acha que eu vou lembrar o que ela estava vestindo?
F: Ajuda se eu falar que ela é morena e usa aparelho?


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Crônicas da Minha Vida (207)

.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (207) :.

1980.
P: Você tem tudo para gostar de Direito, mano.
F: Por que todo mundo diz isso? Sinto-me o Anakin Skywalker: quero ser Jedi (médico), mas o meu destino mesmo é ser Sith (advogado).

1979.
P: ("profetizando") Você vai se apaixonar por uma menina lá dentro [da Faculdade de Direito] e no meio do ano ficará mega indeciso, “Largo [a faculdade], ou não, eis a questão” (risos).
F: (sarcástico) Isso QUASE soou como uma praga.

1978.
P: E o cabelo cogumelo, como faz?
F: Hora de cortá-lo. É o que farei na próxima semana.
P: Cortar como o de sempre, ou algo ousado que assustará a todos?
F: Cortar de um jeito decente.
P: Então já sei: o de sempre, Ave Maria!
F: Nada de topete, ou de moicano.
P: Careca então, que tal?
F: Eu pareceria um ovo, ou pior, um daqueles moleques retardados de filmes de hospício. Eu pareceria o Homem Calendário.

1977.
P: Ninguém leva a sério um homem com cabelo cogumelo, roupa preta, calça de saracura, e tênis All-Star.
F: O que acha de cabelo curto, camisa preta, calça jeans, cinto que eu roubei da [censurado], e bota preta, hein?
P: Um gay saído dos anos 80 que não achou o seu nicho nos dias atuais.

1976.
F: Diga-me o que acha da música: http://www.youtube.com/watch?v=gQjFHxJ9IKs.
P: Verei a música. Se for de uma das bichas preguiçosas [de] que[m] você é fã musicalmente falando, realmente me irritarei.
F: (indignado) Ei, George Michael não é preguiçoso!

1975.
M(p): (nostálgico) Lembra quando o [nosso primo] mostrava para a gente uns vídeos do [Jean-Claude] Van Damme e pagava o maior pau para ele?
R(p): (o primo em questão) Até hoje [eu pago pau para ele].
M(p): (continuando) E dele dizendo que dava a bunda para o Van Damme?
Ar: (namorada do primo) O quê?!
M(p): É, é. Ele falava que dava a bunda pro Van Damme e pro Brad Pitt.
Ar: Ah, mas isso do Brad Pitt ele fala toda hora.
F: Eu sou o único que acha estranho o fato de ninguém além de eu achar isso estranho? Porque, caramba, meu povo, isso é estranho!

1974.
Ar: É completamente diferente um homem de bermuda e uma mulher de bermuda, as pessoas falam de uma mulher de bermuda.
F: As pessoas, vírgula, as mulheres falam de uma mulher de bermuda.
Ar: É isso mesmo, as mulheres falam!
F: Supimpa.

1973.
CW: Quando era mais nova, só andava sem chinelo, parecia uma sem-terra.
F: “Mais nova” há muitos anos, ou “mais nova” quase ontem?
CW: Há anos, né. Não sou mais sem-terra.
F: Bem, você não considera Magé como sendo sua terra, então... É, meio que você é sem-terra.
CW: Não sou brasileira, não sou mageense... Pertenço ao mundo.
F: “Pertenço ao mundo” pode ter uma conotação tão feia.
CW: Pertenço a quem pagar mais. Brimks.

1972.
F: Não sei ver beleza em calçados.
CW: Seria esquisito se você soubesse.

1971.
CW: Eu tenho um ímã para gays. Quando conheci o [censurado], um dos meus melhores amigos, ele me olhou na praça do nada e disse que amava a minha roupa. Nem precisa dizer o resto. Friends forever.
F: Aconteceu algo parecido com a [censurado]² há alguns anos. Nós estávamos na fila para o show do Teatro Mágico — sim, ela curte essa porcaria —, daí uma bicha olhou para ela, fez uma careta e falou alto para outra [bicha] “Mas que mocreia!”, resultado: fomos expulsos do lugar e os seguranças tiveram de tirá-la de cima dele.
CW: (convulsões de risos).


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Crônicas da Minha Vida (206) + Devaneio



.: DEVANEIO :.

Nós, humanos, somos egocêntricos. Não tentem negar. É a realidade. E tudo bem, não há problema nisso, faz parte da nossa natureza — nós, invariavelmente, acreditamos que o nosso umbigo é o centro do universo. MEU pai, MINHA mãe, MEU amigo, MINHA amiga, MEU namorado (para meninas e gays), MINHA namorada (para meninos e meninas interessantes), MEU carro, MINHA roupa, MEU isso, MINHA aquilo. É algo que nós fazemos inconscientemente. Não tem jeito. Nós agimos como se o mundo tivesse sido criado ao nosso redor e então encontramos um modo de fazer com que tudo que acontece tenha alguma relação conosco — do último hambúrguer daquele carrinho de lanches até aquele atentando terrorista no Curdistão. Por conta disso, nós somos, inevitavelmente, levados a crer que as pessoas se agarram em cada uma das nossas palavras e prestam atenção em cada singelo conselho por nós dado.

O caso é: isso não é verdade. Porque, veja bem, o receptor, assim como você, caro interlocutor, também acredita ser o ponto ao redor do qual todo o universo gira ao redor, desse modo, a sua palavra não tem o mesmo valor que a palavra dele, se por um acaso alguém vier pedir um conselho a você, tenha em mente que, na maioria das vezes, esse outrem somente está procurando uma pessoa para concordar com o que já decidiu há tempos.

Portanto...

Se você, em toda sua vida, conseguir fazer com que pelo menos uma única pessoa escute de verdade o que você tem a dizer e então siga o seu conselho, sinta-se feliz, porque você é um bastardo de sorte.


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (206) :.

1970.
CW: Se eu fosse rica igual a ele [Renato Russo], minha chance de sucesso [no mundo da música] seria bem maior.
F: Mas você não é, viva com isso, dê um jeito, se vire nos trinta, alcance o estrelato de qualquer jeito e prepare-se para ouvir muitas pessoas dizendo “Eu chorei litros quando li a sua biografia (por Felipe E. Cruz R., obviamente), é uma história tão emocionante...!”.
CW: (risos felizes).

1969.
F: Fome!
Papai: Conta uma novidade.
F: O senhor sabia que se uma pessoa nascer em águas internacionais, então ela é tida como cidadã do mundo?
Papai: Não.
F: Eis aí uma novidade, então.

1968.
Ma: E o Vestibular [da UFPa]? Passou?
F: Não sei, não saiu o resultado ainda.
Ma: Pô, energia positiva que o universo retribui!
F: Isso foi tão New Age da sua parte (risos).

1967.
F: Ah, precisamos marcar de sair qualquer dia desses, aproveitar as férias e entregar o DVD do [seu namorado].
Ju: ISSO!
F: É só dizerem o dia, qualquer um menos essa quarta-feira.
Ju: Meu Deus, parece que todo mundo tá com compromisso nessa quarta-feira agora. Chamei meu amigo para ir ao cinema essa semana e ele tá “Tá, boa, qualquer dia menos essa quarta-feira agora”. Chamei a [censurado] para ir ao shopping comigo quarta e ela toda “Ah, quarta tenho compromisso, vamos terça”. O que tá rolando quarta que todos estão me escondendo?
F: Olhe, eu te conto, mas você não pode contar para ninguém, OK? É altamente secreto.
Ju: Diga.
F: Festa na casa do Lew Ashby.

1966.
Lu: Eu não consigo agir sob pressão. Ano passado fui para a [recuperação] final de três matérias e ela [minha mãe] nem ligou, não disse absolutamente nada... Passei nas três. Primeiro semestre [de 2010] fui para a recuperação de oito matérias. Recuperei quase todas. Segundo semestre fiquei em quatro, passei em uma e fui para a final de quatro.
F: Porque você está tensa, não farei nenhuma piadinha com “fui para a final de quatro”.
Lu: (risos) Morri [de rir]!

1965.
Lu: As lésbicas daí dão no primeiro encontro igual em The L Word?
F: Apenas quando saem com a [censurado].
Lu: Sério?
F: Eu já te mostrei a [censurado]?
Lu: Acho que já...
F: Então você tem noção do nível de gostosura dela, né?
Lu: Eu não lembro mais quem é.
F: (manda uma foto) Viu aí?
Lu: Ah, verdade... Ela é tudo.
F: Logo... Não há como dizer “não” para ela.
Lu: Ai, eu comeria.
F: Morra de inveja (risos).
Lu: Vai se foder (risos)!

1964.
F: Preciso mudar o layout [do meu blog], ele já tem dois anos, está na hora de uma mudança.
PJ: Pensou em quê?
F: Pensei em pegar um layout legal no Btemplates, mas aconteceram algumas coisas aí e agora eu terei que criar um layout novo, o caso é que eu não faço a menor ideia de como mexer em HTML... Então, poderia me ajudar, mana [censurado]?
PJ: Claro que sim. Apesar de não ser tão boa em HTML. Estou à disposição (risos).
F: Ei, você já sabe de alguma coisa de HTML, eu não sei de nada, então até onde vai à relatividade, você é o meu Buda do HTML (risos).

1963.
Bruxo de Fogo: Cara, quando eu olho para o passado, eu só vejo mágoas e motivos pra me envergonhar, salvo algumas partes que valeram à pena ter passado, mas, no final das contas, minha vida só serve de diversão para quem quer se divertir com ela, e eu não quero.
F: Bruxo de Fogo, não leve a sua vida tão a sério, você nasceu de uma gozada e já sabe como tudo terminará, apenas aproveite o que está no meio disso.
Bruxo de Fogo: Posso tentar.
F: Ótimo, tente.
Bruxo de Fogo: Não é que eu pense nisso o tempo todo, mas quando eu penso, vêm essas merdas na minha cabeça.
F: “Não deixe que te ensinem a pensar, Lance, é a maldição do mundo”.
Bruxo de Fogo: Cara, eu não vejo a hora de eu estar falando “Olha, eu era igual a você, então eu te entendo, seja mais autoconfiante e não leve as coisas tão a sério”.
F: Olhe, eu te digo uma coisa: é muito legal fazer isso. E é mais legal ainda quando a pessoa para quem você está falando isso percebe que não há tanta diferença assim entre você e ela.

1962.
F: Bruxo, tudo na vida é um jogo de interesses, não tem jeito.
Bruxo de Fogo: É verdade, sei lá. Fazer algo diferente pra variar pode ser legal às vezes, ajudar só por ajudar, falar só por falar, ou sei lá.
F: Pessoalmente, eu acho isso impossível — para mim, sempre há um por que por trás de cada razão.

1961.
F: Fazer métrica é difícil, eu também nunca aprendi apesar dos esforços constantes da [censurado] (prof.ª de Literatura).
CW: Se VOCÊ não aprendeu... [Que chance eu tenho de aprender?].
F: Porra, falando desse jeito até parece que eu sou o Neil Gaiman da nossa geração.
CW: Você é o New Gayman da [nossa] geração. Brimks. Trollei (risos).


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Top 3 + Uma conversa no metrô



.: UMA CONVERSA NO METRÔ :.


Boa-noite. Meu senhor, o senhor poderia, por favor, me dizer que horas são? Em nome de Nossa Senhora do Pneu Furado! É tão tarde assim? Por todos os santos! Para mim era ainda muito mais cedo! Incrível como o tempo passa rápido quando se esta se divertindo, não é? Tem alguém sentado aqui, meu senhor? Não, ah, ótimo. O senhor é muito gentil.

Então, posso perguntar para onde o senhor esta indo? Oh, Paris! É uma cidade linda, meu senhor, creio que gostará muito dela... Puxa, há quanto tempo faz mesmo que eu fui a Paris pela última vez? Cinco anos? Não, não. Seis anos? É, deve ser... De tanto eu viajar de lá para cá, às vezes me esqueço do tempo, por sinal, minha neta diz que estou sempre atrasado por conta disso, hah, hah, hah, ela é uma menina adorável, completou oito aninhos da semana passada, uma pena que não pude estar lá para vê-la assoprando as velhinhas... Trabalho.

Ora, essa sua pergunta, meu amigo... Posso chamá-lo de “meu amigo” ao invés de “meu senhor”? Obrigado, você é muito gentil. Então, uh... Muito bem, eu trabalho com exterminação, lido com todos os tipos de insetos: baratas, formigas, cupins, mosquitos, todos os tipos mesmo, o que quer que esteja incomodando o cliente, eu vou lá e pan! Dou um jeito. Sim, sim, é um ótimo emprego, o horário é flexível, o pagamento é bom e tenho a oportunidade de viajar bastante, semana passada, por exemplo, eu estive no Entrance, sim, sim, é aquele transatlântico que ia do Rio de Janeiro para Tóquio, o próprio.

A propósito, meu amigo, você esta sabendo do que aconteceu no navio? Não, não, essa história de que houve um acidente na sala das máquinas que culminou na morte daquele homem — qual é mesmo o nome dele? Ah, sim. Maurício Magalhães — é uma mentira lavada inventada para evitar que a companhia do Entrance sofresse com a má publicidade. Como eu sei disso? Ora, meu amigo, eu sei disso porque eu estava lá, sim, eu estava lá na hora em que o tal do Magalhães partiu dessa para melhor, estava fazendo o meu serviço.

Ah, mas é claro, não vejo problema algum em contar o que aconteceu... Perdão! Perdão, perdão! Somente agora percebi que estou tagarelando e nem perguntei o seu nome! Diga-me, meu amigo, como se chama? Prazer em conhecê-lo, Timothy Teatime. Eu sou Hugo Hueforet.

Então, antes de contar como o infeliz do Mauro Magalhães morreu, eu assumo que seja importante contar primeiro porque de ele ter morrido, certo? Pois bem. Tudo que eu falar agora foi descoberto por mim depois do assassinato — sim, assassinato — ter ocorrido, é tudo fruto de uma pesquisa que efetuei tão logo desci do Entrance.
Alguns meses antes de embarcar no transatlântico, esse Magalhães apostou em uma luta clandestina, acredito que alguém tenha dado-lhe uma dica por fora, afinal, por qual outra razão apostaria 20 mil dólares em um lutador de nome Anão-de-Ferro? Pois então, ele apostou nesse anãozinho e, como você pode prever, o anãozinho perdeu, por sua vez, afundando o pobre Magalhães em dívidas.

Em uma situação legal, ele teria algumas opções, poderia tentar fazer um acordo, parcelar a dívida, etc, etc, mas em uma situação ilegal como aquela, não há essa opção, no instante em que o anãozinho foi ao chão, dois capangas do agiota surgiram do nada, pegaram o Magalhães pelo braço e levaram-no ao encontro do seu chefe, qual somente não atirou no cara pálida porque percebeu que poderia se beneficiar ao usá-lo.

Por acaso, meu amigo, você leu, ou ouviu falar, sobre esses assaltos a banca que tem ocorrido com maior frequência ultimamente? Os bandidos invadem o banco à noite, arrombam o cofre, recolhem o dinheiro e vão embora antes de a polícia chegar, de modo que apenas uma criatura é vista nas câmeras de vídeo — um homem vestido igualzinho a Chapeuzinho Vermelho. Exatamente, por isso a mídia apelidou esses ladrões de Gangue do Capuz Vermelho.

Acontece que esse Chapeuzinho Vermelho não é o líder do grupo, não, não, ele é apenas um cara qualquer que os bandidos contratam para fingir ser o líder, daí mesmo se ele for capturado, não poderá falar nada sobre o sistema de operação deles, e, bem, dessa vez o cara escolhido para vestir o capuz vermelho foi o Mauro Magalhães, porém... O tal do Magalhães não era um sujeito estúpido, ao invés de seguir todas as ordens que nem um cachorrinho obediente, ele passou as pernas nos bandidos e no agiota, armou uma armadilha para que eles fossem presos em flagrante enquanto ele, espertalhão, escapou com o dinheiro do cofre, comprou uma passagem para o Entrance e pretendia passar o resto de sua vida relaxando no interior do Japão.

O agiota, muito puto da vida, utilizou sua ligação para comunicar-se com um grupo — como meu filho diz — da pesada: a Guilda dos Assassinos. Ele conversou com o diretor e conseguiu contratar um dos melhores assassinos do mundo, o Freelancer, para dar cabo do Magalhães, ainda no mesmo dia, o assassino descobriu o paradeiro do cara pálida, comprou uma passagem e embarcou no transatlântico, muito estimulado a fazer seu serviço devido ao pagamento: 100 mil euros. Sim, sim, é uma boa quantia.

No Entrance, o Freelancer procurou pelo Magalhães, quando ficou cara a cara com ele, fez uma proposta: a vítima lhe dava 50% do dinheiro do cofre e ele o deixaria em paz, Magalhães concordou e disse que fariam a transação naquela noite, se encontrariam na sala das máquinas, onde eu — devido a minha profissão — estaria também.

O assassino e a espertalhão adentraram na sala das máquinas precisamente às onze horas, Magalhães entregou a maleta com o dinheiro, o assassino conferiu o valor ali contido, sorriu, apertou a mão do sujeito e daí o assassinou ao cravar um lápis — sim, um lápis — no meio dos olhos dele, Magalhães caiu e o Freelancer guardou o dinheiro, o qual fazia parte do seu pagamento. Desculpe-me! Esqueci-me de mencionar que antes de o espertalhão entregar o dinheiro, ele e o Freelancer conversaram por algum tempo, pelo jeito deles, parecia que o assassino estava contando uma história.

Não acredita em mim, Sr. Teatime? Trate de acreditar, pois é a pura verdade! Eu estava lá, eu vi tudo que aconteceu — detalhe por detalhe, na verdade, eu até mesmo poderia escrever um conto retratando o fato... Por que eu estou contando isso ao senhor ao invés de comunicar às autoridades? Ora, por um motivo... Veja bem, meu senhor, não somente o senhor é um insetozinho desprezível que roubou um item de valor imensurável do meu cliente como também faz parte do modus operandi do exterminador Freelancer falar de sua vítima anterior antes de realizar o próximo extermínio.

Boa noite, Sr. Timothy Teatime.


.: CRÔNICA DE OURO :.

Ka: Cara, eu pensei que a [minha irmã] fosse me matar ontem. Caralho, ainda tô tremendo de tanto medo.
F: O que diabo aconteceu, criatura?
Ka: Lembra que eu te disse que o meu banheiro tá entupido e que tô usando o do quarto da [minha irmã] por enquanto?
F: Sim, sim.
Ka: Eu fui usar ontem de madrugada, daí como eu não queria acordar ela e passar meia hora escutando reclamação sobre ter acordado ela e tudo mais, entrei de fininho no quarto dela sem ligar a luz, fui pro banheiro, não liguei a luz, coloquei o pau pra fora e na hora que soltei o primeiro jato, escutei um grito.
F: (convulsões de risos).


.: CRÔNICA DE PRATA :.

Co: (séria) O [meu namorado] me pediu em casamento... E eu disse que sim.
F: (angustiado) Mas eu NÃO quero ser a Júlia Roberts! Ela é feia.
Co: Tudo bem (risos). Você pode ser o Patrick Dempsey!
F: Isso quer dizer que eu posso ter um telescópio?
Co: Apenas se você cantar Can’t Buy Me Love.


.: CRÔNICA DE BRONZE :.

P: Mas é isso... Se quiser sair fora [de Belém], te dou apoio. Se quiser ficar por aqui, te dou apoio. Se quiser cursar Direito, te dou apoio e te empresto livros e teorias. Se quiser cursar Medicina, te dou apoio. Se quiser largar Medicina, te dou apoio. Se quiser virar índio, te dou apoio. Se quiser virar viado, aí não, né.
F: Aí já seria sacanear demais (risos).