terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Crônicas da Minha Vida (207)

.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (207) :.

1980.
P: Você tem tudo para gostar de Direito, mano.
F: Por que todo mundo diz isso? Sinto-me o Anakin Skywalker: quero ser Jedi (médico), mas o meu destino mesmo é ser Sith (advogado).

1979.
P: ("profetizando") Você vai se apaixonar por uma menina lá dentro [da Faculdade de Direito] e no meio do ano ficará mega indeciso, “Largo [a faculdade], ou não, eis a questão” (risos).
F: (sarcástico) Isso QUASE soou como uma praga.

1978.
P: E o cabelo cogumelo, como faz?
F: Hora de cortá-lo. É o que farei na próxima semana.
P: Cortar como o de sempre, ou algo ousado que assustará a todos?
F: Cortar de um jeito decente.
P: Então já sei: o de sempre, Ave Maria!
F: Nada de topete, ou de moicano.
P: Careca então, que tal?
F: Eu pareceria um ovo, ou pior, um daqueles moleques retardados de filmes de hospício. Eu pareceria o Homem Calendário.

1977.
P: Ninguém leva a sério um homem com cabelo cogumelo, roupa preta, calça de saracura, e tênis All-Star.
F: O que acha de cabelo curto, camisa preta, calça jeans, cinto que eu roubei da [censurado], e bota preta, hein?
P: Um gay saído dos anos 80 que não achou o seu nicho nos dias atuais.

1976.
F: Diga-me o que acha da música: http://www.youtube.com/watch?v=gQjFHxJ9IKs.
P: Verei a música. Se for de uma das bichas preguiçosas [de] que[m] você é fã musicalmente falando, realmente me irritarei.
F: (indignado) Ei, George Michael não é preguiçoso!

1975.
M(p): (nostálgico) Lembra quando o [nosso primo] mostrava para a gente uns vídeos do [Jean-Claude] Van Damme e pagava o maior pau para ele?
R(p): (o primo em questão) Até hoje [eu pago pau para ele].
M(p): (continuando) E dele dizendo que dava a bunda para o Van Damme?
Ar: (namorada do primo) O quê?!
M(p): É, é. Ele falava que dava a bunda pro Van Damme e pro Brad Pitt.
Ar: Ah, mas isso do Brad Pitt ele fala toda hora.
F: Eu sou o único que acha estranho o fato de ninguém além de eu achar isso estranho? Porque, caramba, meu povo, isso é estranho!

1974.
Ar: É completamente diferente um homem de bermuda e uma mulher de bermuda, as pessoas falam de uma mulher de bermuda.
F: As pessoas, vírgula, as mulheres falam de uma mulher de bermuda.
Ar: É isso mesmo, as mulheres falam!
F: Supimpa.

1973.
CW: Quando era mais nova, só andava sem chinelo, parecia uma sem-terra.
F: “Mais nova” há muitos anos, ou “mais nova” quase ontem?
CW: Há anos, né. Não sou mais sem-terra.
F: Bem, você não considera Magé como sendo sua terra, então... É, meio que você é sem-terra.
CW: Não sou brasileira, não sou mageense... Pertenço ao mundo.
F: “Pertenço ao mundo” pode ter uma conotação tão feia.
CW: Pertenço a quem pagar mais. Brimks.

1972.
F: Não sei ver beleza em calçados.
CW: Seria esquisito se você soubesse.

1971.
CW: Eu tenho um ímã para gays. Quando conheci o [censurado], um dos meus melhores amigos, ele me olhou na praça do nada e disse que amava a minha roupa. Nem precisa dizer o resto. Friends forever.
F: Aconteceu algo parecido com a [censurado]² há alguns anos. Nós estávamos na fila para o show do Teatro Mágico — sim, ela curte essa porcaria —, daí uma bicha olhou para ela, fez uma careta e falou alto para outra [bicha] “Mas que mocreia!”, resultado: fomos expulsos do lugar e os seguranças tiveram de tirá-la de cima dele.
CW: (convulsões de risos).


1 comentários:

Juliana Dias disse...

KKK com tanta coisa pra ler em 'Noite Vermelha', bati justamente o olho em Cup Noodles e Chapolin Colorado rsrsrsrs


Sobre a crônica 1975
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK *pausa pra respirar* KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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