sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Crônicas da Minha Vida (173) + Devaneio



.: DEVANEIO :.


Você sabia disso?

A cidade está viva. A dele, a dela, e a sua e a minha também.

E, de vez em quando, a cidade também quer tirar uma folga.

Assim como o assalariado que trabalhou várias horas extras, ou aquele estudante estressado com o Vestibular.

E, obviamente, a cidade nunca tem uma folga enquanto houver pessoas vivendo nela.

Não obstante, a cidade também pode aproveitar o feriado.

Porque ficar acordado até as duas da madrugada, mexendo no computador e comendo junk food sem parar não é o único jeito de curtir o feriado, certo?

A cidade observa as pessoas movimentando-se em seu interior e, às vezes, brinca com elas.

É assim que a cidade desfruta do feriado.

Portanto, se, por exemplo, você descobrir-se como vítima de um acontecimento estranho em sua cidade...

Apenas tente aceitar que a cidade fez uma brincadeira com você, e relaxe.

E, se possível...

Por que não dar continuidade à brincadeira?

Mas então o que acontece quando a folga chega ao fim?

Obviamente, a cidade retornará para sua rotina e assim não poderá mais te observar.

Portanto, se, por exemplo, você descobrir-se como vítima de um acontecimento estranho em sua cidade...

Não espere que a própria cidade salve-o. Vá ao encontro da polícia.

Tendo isso em mente, é provável que a cidade sequer note que retornou a existir de acordo com o seu cotidiano.

E não esqueça que você também faz parte dessa cidade.

Como parte da cidade, você apenas tem de fazer o que tem de fazer — e fazê-lo corretamente.

Desse modo, a cidade, mais cedo ou mais tarde, considerará tirar um dia de folga outra vez.

Eu espero que os seus dias de folga sejam abençoados pela cidade.
Pensamento de um final de feriado


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (173) :.

1640.
F: Falando sério, eu sou safado?
Co: Tem um lugar no Segundo Círculo do Inferno reservado só para você.

1639.
F: Espero que você esteja curtindo esse domingo ensolarado de um jeito melhor do que eu (fui para a aula).
CW: Aula domingo?
F: Medicina. A partir do momento em que você escolhe esse curso, NUNCA mais tem folga.

1638.
F: (mostra uma foto dela).
CW: Eu odeio essa foto.
F: E ainda assim está no teu Orkut. É um mistério.
CW: Eu odeio todas.
F: Pois é, eu não engulo essa de “eu odeio todas”. Se você odiasse todas as fotos, não teria colocado a foto do beijo dos travecos. E não postaria suas fotos no Twitpic.
CW: (interrompendo) Aquela ficou linda, eu amei. A do beijo.
F: (continuando)... Além do mais, nem tem porque odiar as fotos, você é linda, ora.

1637.
CW: Eu gosto desses nomes simples.
F: Eu gosto de nomes pela etimologia e pelo simbolismo. Lucas, por exemplo, será o nome do meu filho por significar “luminoso” (ou “brilhante”), e por ser o nome de um ícone da minha infância, o Luke Skywalker.
CW: Ah, é legal. Lucas. Eu gosto. Eu odeio nomes assim: Peterson, Willison, Gleison, Maria Eugênia, Mariliahsnhdusohgy.
F: Em outras palavras: você odeia nomes de filhos de empregada. E, ah, se esqueceu do mais clássico de todos: Jackson.
CW: Credo, que maldade (risos).

1636.
F: Então, eu tava conversando com o teu namorado e, bem, de acordo com o que ele me disse... Você realmente precisa a ter limites, minha amiga demoníaca. Sério mesmo.
Ba: (irritada) Manda ele parar de mimimi, usei o dedo mindinho, e só a pontinha do dedinho.
F: Na verdade, eu estava me referindo ao fato de você, ah, desrespeitar completamente a privacidade do bobalhão, mas, uh, muito obrigado por essa imagem terrível de você enfiando o dedo no ânus do meu amigo, sério, sério, está gravada na parte detrás do meu crânio, acho que nunca vou me esquecer disso... (suspiro) E é em momentos como esse que eu gostaria MUITO de beber para poder beber até esquecer.

1635.
*no Omegle*
Stranger: M[ale] or F[emale]?
F: M[ale].
Mensagem do Servidor: Stranger has disconnected.
F: (pensamento) OK, agora eu estou começando a me sentir rejeitado (risos).

1634.
He: Porra, [você] me abandonou a tarde toda, seu feioso.
F: Pois é, cara, pifou o MSN (novidade) e daí fui chamado para ir a um aniversário com a minha "noiva", cheguei só agora.
He: Pô, e nem me convida para ir, seu safado (risos). Tinham muitas gatinhas por lá?
F: Ah, cara, aniversário de criança, só menininha e menininho correndo para lá e para cá e ainda tive de dar uma de palhaço.
He: Coisa que você nem sabe, né (risos).

1633.
He: Cara, só de tá perto de ti (via MSN, é claro), [eu] fico cheio de ideia [para escrever].
F: OK, apenas não me chame de “muso”.
He: (risos).

1632.
Lu: Se ele [meu ficante/namorado/parceiro/caso] sente ciúme [de você] quando você está aí na puta que pariu (com todo respeito), imagina na minha casa, no meu sofá.
F: Eu resolveria esse ciúme rapidinho, chegaria com ele e falaria: “Cara, eu tô no sofá. Aqui. Na sala. Você teria de se preocupar se eu estivesse lá em cima. Com ela. Na cama”. ... OK, pensando bem, ele faria que nem o [censurado] e me acertaria um soco na cara.

1631.
Lu: Awn, que bonitinho! Você é fofinho, vem cá pra eu te apertar.
F: Mande a passagem que eu vou.
Lu: Pô, aí não, né?
F: Ah, faz uma vaquinha, diz que é por uma boa causa. Deve ser algo como quinhentos reais (ida e volta). Daí eu durmo no sofá da tua casa e no da casa da [censurado], fico revezando pela semana.
Lu: Você é muito safadinho, não dá pra confiar.
F: Ah, claro que dá pra confiar em mim, nunca fiquei com nenhuma das minhas amigas... OK, eu já fiquei com MUITAS das minhas amigas, mas, novamente, eu fui provocado, atiçado e seduzido, não foi culpa minha.
Lu: Ah, claro, vou fingir que acredito em você, Felipe-Danadinho-da-Night.
F: Digo-te uma coisa: o dia em que eu estiver com a mulher da minha vida, qual creio ser a [minha musa], nunca mais olharei para qualquer mulher.
Lu: Ah, enquanto isso não acontece você continua sendo o Danadinho-da-Night.
F: Ossos do ofício. Agora seria MUITA cara de pau provocar, atiçar e seduzir a menina quando ela está te oferecendo um sofá para dormir.
Lu: Ou seria uma coisa muito boa, dependendo do ponto de vista. ... E dependendo da menina também.
F: Verdade, verdade. Seguinte, quando eu estiver aí, prometo que dou em cima de ti quando estiver dormindo no sofá da [censurado] e que darei em cima da [censurado] quando estiver dormindo no teu sofá.
Lu: (risos). Acho que [o meu ficante/namorado/parceiro/caso] vai te esfaquear.
F: Eu gosto de viver perigosamente (piscadela).

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