terça-feira, 31 de agosto de 2010

Crônicas da Minha Vida (165) + Devaneio



.: DEVANEIO :.



Eu gostaria de tirar um momento para admirar o trabalho da evolução: foi uma longa trajetória da sopa primordial até a sopa instantânea. Libertamo-nos dos mares, conquistamos a terra, dominamos o céu e agora esticamos nossas mãos em direção ao espaço.

Muito aconteceu, muito mudou e pouco restou para evidenciar essa sensacional jornada da evolução, vide as varandas de prédio. As varandas, assim como nosso “adorado” apêndice, é um vestígio do uma época diferente, uma época na qual não havia nem MSN nem Orkut, em que o gráfico do Super Nintendo era algo revolucionário, onde as crianças brincavam nas ruas ao invés de nos computadores, até porque computadores eram raríssimos, celulares eram objetos de ricos e só faziam chamadas, mandar mensagem era coisa de ficção científica, e, por sua vez, era divertido ficar sentado na varanda, observando o movimento das pessoas na rua.

Muito aconteceu, muito mudou e pouco restou para evidenciar essa sensacional jornada da evolução, vide as varandas de prédio, resquícios da minha infância, apêndice dos edifícios, hoje em dia muita gente já se esqueceu de sua função e, no futuro, muita gente nem desconfiará de tal função. Não demorará muito para que as varandas, como o pássaro Dodô (ou dronte), entrem em extinção, aqui mesmo por minha cidade há alguns prédios que carecem desse órgão anteriormente vital e muito comum nas construções mais antigas.

É desse modo que a evolução trabalha: alterando constantemente a nossa constituição com intuito de nos melhor adaptar para o habit ao nosso redor, por consequência, nós fazemos o mesmo com nossas construções, nossas vestimentas, nossas necessidades. Eu acho que isso é uma ação positiva, afinal, a estagnação é o primeiro passo em direção à extinção da espécie, no entanto eu devo admitir também que sentirei falta das varandas, pedaço da minha infância, apesar de eu morrer de medo de altura e, de uns tempos para cá, morrer de medo de estar em uma varanda do sétimo andar e, repentinamente, me descobrir na varanda do sexto andar.


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (165) :.


1560.
Co: (na webcam) Por que você está com esse olhar culpado?
F: Esse não é um olhar culpado, é um olhar de sono, acabei de acordar.
Co: Não... Tem uma pontada de sono aí, mas o olhar é de culpa. Desembucha e me diz o que você foi?
F: (suspiro) Sonhei que eu fazia coisas erradas de um jeito para lá de safado com a namorada de uma pessoa muito querida e importante para mim.
Co: E daí? Foi um sonho. Não tem porque se sentir culpado. Todo mundo tem fantasias!
F: (sorriso de pierrô) O que eu posso dizer? Sou tão leal e certinho que até um sonho assim me deixa culpado.

1559.
Pa: Ah, noivo, você vive me prometendo almoços e jantares e não paga nada. Não dá ao menos para me levar ao cinema?
F: Não dá, noiva. Veja bem: eu estudo de manhã e você trabalha à noite, não tem horário para eu te levar ao cinema.
Pa: De tarde!
F: (ownado) Não era para você ter pensado nisso...

1558.
*marcando de sair*
F: [censurado], seis horas [da tarde] no... (pausa) Disfarça! Nove horas [da noite] no Old School Rock Bar nessa sexta-feira.
Pa: (desconfiada) Noivo, o que você tem marcado para às seis horas que te fez se confundir?
F: (risos) Ah, noiva, não me faça perguntas e eu não te direi mentiras.
Ln: Credo! Sexo às seis horas de uma sexta-feira! Eu nem acordei nesse horário ainda.
F: Pois é, né, cara, a gente tem que aproveitar as oportunidades de fazer safadeza que tem né. Não dá para escolher o horário.

1557.
Fa(i): (falando muito alto).
P(p): (falando mais alto ainda).
F: Eu não era tão escandaloso assim quanto tinha quinze, dezesseis, dezessete anos.
Mãe: Não. Você ainda é tão escandaloso assim, outro dia mesmo estava soltando gritos de comemoração aí no corredor!

1556.
Y(p): Gosto de segurar [a mulher] pelo cabelo, dar tapa na bunda.
F: Ah, puxar cabelo nem conta, é normal até.
Y(p): Mas puxão forte.
F: Do tipo que arranca fios de cabelo?
Y(p): (risos) Do tipo que a cabeça da menina vem para trás e ela grita de prazer.
F: Espasmo, orgasmo. Há quem diga que é tudo a mesma coisa.

1555.
Y(p): Feministas são ruins. Não gostam de apanhar no sexo.
F: Tá aí uma coisa que eu só faço quando a menina diz que curte S&M, não gosto de bater, tenho medo de machucar [a menina], sou muito bruto. O que, por sinal, é culpa tua: nossas brigas de quando éramos pequenos me transformou em um viking!

1554.
M: Ei, dia 6 [de setembro] é o Dia do Sexo. Tá ligado?
F: Sim, sim, sim. Estou até procurando com quem comemorar (assovio).
M: (risos) Acha-se. Eu vou querer comemorar, mas tá foda fazer a Sandy por uns tempos, apesar do [censurado] já saber de minha safadeza, eu tô me controlando.
F: Não tá querendo intimidar o menino com a tua, ah, experiência?
M: Como assim?
F: “Experiência” aqui foi usada como um eufemismo para “safadeza”.
M: (risos) Digamos que [eu] aquela quarta[-feira] já o intimidei. Acho que ele tem medo do meu “fogo” e, bom, a gente se provoca saudavelmente.
F: (interrompendo) Eu ri do “fogo”.
M: (continuando) Eu disse a ele que eu tenho muito fogo, e com ele queria esperar e tal... E, tipo, como ele é calmo, tá de boa... Acho que vou segurar mais um pouco...
F: Se a nossa vida fosse um sitcom — e algum dia será —, a câmera cortaria para mostrar o [censurado] ou subindo pelas paredes do quarto, ou tomando um banho gelado. Bem, como o clima está frio, eu apostaria no banho gelado.
M: O que você acha [que eu devo fazer]? Eu ri pensando no sitcom.
F: Pois é, o meu primo vive dizendo que eu deveria fazer um piloto baseado na minha vida e, por sua vez, nas pessoas que fazem parte dela e então postar no YouTube, fala que seria um sucesso. E sim, você devia segurar [a safadeza], enlouqueça-o.
M: Já te disse que [você] vê as coisas diferentemente e as põe no papel do mesmo jeito.
F: Yeah, I do have an awesome vision of the world <= em inglês para mostrar quão incrível é a minha visão do mundo.
M: Soou mais maneiro.
F: Eu sei! Incrível como certas coisas soam mais legais em inglês!

1553.
Y(p):
A [Lei] Maria da Penha já tem jurisprudência para homem também.
F: Sim, eu sei, me falaram até que há um projeto para criar uma lei análoga à Maria da Penha para nós, contudo... Se eu colocasse isso lá, não poderia dizer que pwnei a minha amiga, né? Daí o texto perderia seu sentido.

1552.
F: O pior erro que você pode cometer, meu amigo, é pensar que você é o cara mais esperto no lugar.
Ca: Só tá eu e o meu cachorro aqui no quarto.
F: Eu não subestimaria o Satan Goss, ele não tem esse nome à toa.

1551.
F: Ei, você pensa em outros caras quando está fazendo safadeza com o [censurado]?
Ba: Teu amigo já foi tantos caras diferentes que quando a safadeza termina, eu olho para ele e fico boquiaberta, “Era o [censurado] enfiando na minha bolsinha? Porra! E eu crente que era o Hugh Jackman!”.


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