domingo, 29 de agosto de 2010

Crônicas da Minha Vida (164) + Devaneio



.: DEVANEIO :.



Eu tenho uma amiga (de várias) que, recentemente, adotou o feminismo. Ela queimou o sutiã, começou a idolatrar a Josephina Álvares de Azevedo, queria até pouco tempo se mudar para Manaus para ser uma amazona (entendeu o trocadilho?), agora fala “Por Hera” ao invés de “Meu Deus”, “Nem o Superman poderia fazer isso!” virou “Mulher Maravilha faria isso com um braço atrás das costas” e, repentinamente, ela criou um ódio profundo e mortal para com a Marilyn Monroe.

OK, nada contra, na verdade, até fico feliz que ela tenha parado de usar sutiã. Há algo, no entanto, que me incomoda intensamente: ela é por inteira a favor da Lei Maria da Penha. Eu, honestamente, creio que TODO MUNDO tenha ciência do que é instituído por tal lei, todavia... Aqui vai, de qualquer jeito, um pequenino resumo: se você bate em uma mulher e é pego em flagrante, não tem outra, prisão perpétua.

Pois então, isso é completamente antagônico ao feminismo, afinal, todo esse movimento social não é baseado no pensamento de que o homem e a mulher, a mulher e o homem devem ter o mesmíssimo tratamento? Não deveria haver igualdade entre homem e mulher, mulher e homem? Então, ora, como alguém que diz apoiar o feminismo pode, ao mesmo tempo, apoiar também a Lei Maria da Penha? Quer dizer, não há nada tão desigual no Código Penal brasileiro quanto à lei número 11.340 — acredite em mim quando digo isso, eu não somente li aquele livro gigantesco como também conversei com advogados e estudantes de Direito antes de dizer tal coisa.

Eu, pessoalmente, não concordo com a Lei Maria da Penha, não inteiramente. Creio que deveria haver uma lei análoga para defender nós, homens, afinal, com um revólver na mão, ou aproveitando uma oportunidade, qualquer mulher pode causar o mesmo dano que qualquer homem, então, caramba, por que nós não temos uma lei do tipo protegendo-nos? Mas, enfim, esse pensamento, que ocorre a mim durante uma viagem de ônibus (sempre de ônibus, né) de volta para casa, não tem como objetivo discutir a minha opinião acerca da bendita lei instituída no dia 22 de setembro de 2006. Não, não, não. O objetivo aqui é usar toda a minha capacidade intelectual para me possibilitar dizer o seguinte para essa minha amiga: “Pwned”. Mission Accomplished.


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (164) :.

1550.
Ma: Cientista, você tem que ser espontâneo.
F: Não, mano, eu tenho que ser controlado para que vocês possam ser espontâneos.

1549.
F: Ah, merda, você fez eu me lembrar da vez em que fiz aquela pergunta maldita aos meus pais: “Papai, mamãe... Como eu nasci?”.
My: Já fiz isso também. E recebi a resposta: “Um dia você descobre”. Pois é (risos).
F: Eu gostaria de ter recebido essa resposta.
My: Recebeu a dura verdade?
F: Começou mais ou menos assim: “A tua mãe prendeu as minhas pernas no sofá da casa da tua avó...”. E eu nunca mais sentei naquele sofá.

1548.
My: Sim, ao lado de uma boa companhia, qualquer lugar vira um lugar fantástico. OK, quase todo (risos).
F: É, quase todo: não há companhia que faça um baile funk ficar fantástico.
My: Concordo. Mas um showzinho de rock com qualquer companhia vira um lugar maravilhoso! (risos) Taque-me pedras, mas acho bem legal.
F: Ah, nada contra showzinho de rock, pode ser até o Fiuk, o importante é a companhia ser boa, as lembranças também e, no final, da noite você ir para casa pensando “Eu beijei ela, eu abracei ela, eu fiz safadeza com ela. Yep. Foi uma ótima noite para a gente”.
My: (risos).

1547.
M: Rapaz, olha isso: http://tinyurl.com/32ah5e3.
F: Muito obrigado por me mandar uma foto em que dá pra ver os pelos pubianos dela [Scarlett Johansson].
M: Não vi.
F: Preste [muita] atenção e, se necessário, dê um zoom.
M: (pasma) Rapaz!
F: Viu?
M: Aham (risos).
F: [A] Foto já está salva tanto no meu HD quanto no meu cérebro.
M: Punhetinha mais tarde, hein.
F: (sem perder a pose²) Ei, eu sou bom no sexo porque pratico bastante no meu tempo livre (piscadela).

1546.
F: Mas então, o que achou do devaneio dessa postagem? Está bem fácil de entender que o texto é sobre masturbação?
M: Está bem fácil.
F: Amém. Pensei em fazer esse texto depois que meu amigo confessou que estava brincando de cinco contra um e a namorada o pegou no flagra: foi muito hilário [depois] ELA me contando o episódio. Isso [namoro] me lembra: como está o [teu namorado]?
M: Ahn, masturbação te lembra ao [meu namorado]? (risos) Que coisa mais gay! Tô rachando [de rir] aqui (risos)!
F: (sem perder a pose) Ei, ele é gatchenho, tá. Mexe com os meus hormônios.

1545.
M: Vê se essa te agrada: (manda a foto de uma amiga).
F: Ah, bonitinha. Qual é o nome da Mônica (eufemismo aceitável para “dentuça”)?
M: (risos) Ela faz bem sucesso entre os meninos do [meu] grupo por ser a virgenzinha, sabe? Eu também não acho ela TUDO isso, mas ela é gente boa e os meninos têm interesse nela.
F: Peraí, peraí, essa dona-menina, que chamarei de Mônica até você me disser o nome dela, é virgem mesmo?
M: [censurado]. É, virgem-virgem.
F: Virgem-virgem? Donzela? Não é nem semivirgem nem tem um hímen complacente?
M: Donzelona mesmo. Tipo, digamos que, no máximo, passaram a mão no peito dela.
F: Eu não acredito nisso! Sério, eu só acredito vendo!
M: Ela é virgem-virgem, [os] meninos querem muito corrompê-la.
F: Não me apresente a ela, ou então vai dar merda.
M: Tá, eu não te apresentarei.
F: OK, não era pra você levar a sério isso de não apresentá-la. Muitíssimo pelo contrário.

1544.
M: Hoje estou com espírito de português.
F: Eu, sinceramente, não sei o que isso quer dizer.

1543.
PV: Eu vou fazer o que estiver ao meu alcance, o que eu não fiz em todas as outras vezes, nas vezes que eu fiquei quieto, achando que a garota que eu gostava tava com o cara certo.
F: O problema é quando a garota ESTÁ com o cara certo.
PV: De acordo com a [censurado], elas NUNCA estão.
F: Eu já conheci uma garota que estava com o cara certo. Ou melhor, que ainda está com ele.
PV: E a quem cabe decidir isso?
F: A garota, ora.
PV: Será mesmo? Ficar com um cara que só a faz mal e só a faz sofrer e ela não consegue largar ele é mesmo saber que é o cara certo?
F: Apesar de tudo, pode ser o cara certo para ela, entende? Não é uma questão de “X” faz bem, “Y” faz mal, “Z” não é nada. Não é objetivo, é altamente subjetivo: há uma pessoa especial para cada um.

1542.
PV: Sinto pena do namorado dela [minha ex-namorada]. Pobre garoto.
F: Pobre coitado... (pausa) Troca de lugar com ele se está com pena.
PV: NUNCA (risos)!
F: Cronicado!
PV: Só você pra me fazer rir numa hora dessas!
F: Eu tenho um pendor natural para isso.

1541.
F: É legal ficar apenas deitado na grama, agarrado na menina, olhando o céu, curtindo o momento e rezando para que aquele tiozinho maltrapilho, que não para de olhar para cá, seja vesgo e não esteja se preparando para nos assaltar.
B(nT): Querido, o problema é que para nós [eu e o teu amigo messiânico], não tem grama nem lua, tem o sofá da minha casa e um tubo de KY.
F: Por favor, diga que não é aquele sofá em que você estava dormindo no dia do teu aniversário.
B(nT): (rindo) É...
F: Pô, cunhadinha, como é que você me deixa sentar em cima da gala divina? E se eu engravido?


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