quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Crônicas da Minha Vida (159) + Devaneio + Discurso



.: DISCURSO :.



Muita gente tem dito que eu deveria esperar alcançar a marca de duas mil crônicas antes de fazer outro discurso. De certo modo, até que faz sentido, afinal, meu primeiro discurso foi feito ao atingir a marca de mil crônicas, contudo... Eu sou brasileiro e, embora não seja lá muito patriota, sinto necessidade de comemorar ter alcançado mil e quinhentas crônicas do mesmo jeito em que nosso país comemorou ter completado mil e quinhentos anos a algum tempo. Então, lá vai o discurso.

Muita coisa aconteceu nas últimas quinhentas crônicas. Muita coisa MESMO. Eu vi traições e corações quebrados, beijos e olhares apaixonados, abraços de saudade e acenos de despedida, calcinhas róseas, azuis e, às vezes, nenhuma, eu andei com pessoas cuja existência era um completo mistério para mim até pouco tempo atrás, escutei as músicas da Tiê, ressuscitei um blog e criei outro, brinquei com minha sobrinha, celebrei o primeiro ano de vida do meu sobrinho, descobri o sabor do beijo de uma menina travessa, usei um banheiro sem porta e confirmei uma vez mais algo que concluí aos meus inocentes onze anos de idade: você não deve procurar viver aquela vida determinada pela sociedade, porém a vida que funciona para você, aquela que te faz acordar com um sorriso de orelha a orelha e te faz dormir tranquilamente.

Eu sei, eu sei. Esse não é nem de longe um dos meus melhores discursos, na verdade, creio que nem devo chamá-lo de discurso, mas de quase-discurso, seja como for, isso é tudo que consegui escrever nessa tarde quente de agosto, morrendo de dor de cabeça e pensando em como eu vivo uma vida particularmente interessante apesar de eu não ser, de fato, uma pessoa interessante, logo minha conclusão é: se eu estou escrevendo esse quase-discurso para comemorar às mil e quinhentas crônicas, então devo agradecer do fundo da minha alma a vocês, pessoas interessantes e divertidas, que vivem a me arrastar para longe de minha existência tranquila e para dentro do vórtice caótico de suas vidas estranhas.

Obrigado, pessoas! Eu me divirto muito na companhia de vocês!


.: DEVANEIO :.


Eu já fui chamado de várias maneiras: cachorro, canalha, cavalo, estúpido, grosseiro, idiota, imbecil, mentiroso, safado, Homo safadus, Charlie Harper, tarado e, é claro, arrogante. Arrogante. Essa é a palavra que a maioria das pessoas associa comigo. Dizem por aí que o meu ego toca a estratosfera, que eu deveria fazer doações de autoconfiança para os mais necessitados e que, bem, eu mandaria construir uma estátua gigante da minha pessoa caso acertasse os números da Mega Sena. E eu mandaria construir mesmo. Uma de mármore no meio da cidade, isso sim seria um presente fantástico para a posterioridade.

É, eu sou arrogante, adoro me olhar no espelho, fico admirando, sonhador, as minhas capacidades e, ocasionalmente, ainda me garanto o direito de empinar o nariz para as pessoas, mas, veja bem, eu sou arrogante. Insolente, atrevido. De modo algum poderia ser descrito pelo adjetivo “orgulhoso”. Nem em um milhão de anos! Eu posso ser completamente apaixonado por mim, contudo, putz, eu não tenho uma gota sequer de orgulho, pode perguntar aos meus amigos, eles te dirão que estou falando a verdade.

Orgulho é um sentimento que não tem lugar na minha psique, tenho-o como maligno, afinal, não é a toa que faz parte dos Sete Pecados Capitais. O orgulho subiu à cabeça do Lúcifer, causou sua queda e começou toda essa merda, e não parou por aí, constantemente tem causado problemas ao mundo, as pessoas, tem-nos feito recusar ajuda quando fundamental, não admitir certos erros, falhar em reconhecer uma ameaça direta aos teus interesses e, acima de tudo, te cegar no momento em que mais deveria ficar de olhos abertos. No final, creio que o orgulho seja com uma lâmina: ao perder o controle, dilacerará a tua própria carne.


Arrogante? Sim. Orgulhoso? Nunca. Eu reconheço minhas falhas com um sorrisinho sacana no rosto e um comentário sarcástico.


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (159) :.


1500.
F: Então, acha que eu deveria correr atrás da menina estranha de uma terra distante?
P: Não.
F: OK, vamos tentar de novo... Mano, acha que eu deveria correr atrás da menina de uma terra distante?
P: Não.
F: Ah, qual é, mano. Dá um tiquinho de apoio aí, por favor.
P: Pra quê? Você vai correr atrás dela de um jeito ou de outro!
F: (risos) OK, isso é verdade.

1499.
T: (emocionado) Mano!
F: (emocionado) Mano! Nem acredito! Puxa, estive com saudades! Um abraço, um abraço!
T: (abraçando).
F: (abraçando) OK, colocando de lado nossas emoções...
T: (risos).

1498.
Pa: Amor, eu serei uma velha da hora!
F: E eu serei um velho que joga videogame, mas ainda assim reclamaremos da juventude de hoje em dia e da cultura moderna. Ora, ainda nem temos trinta anos e já fazemos isso! Vivemos criticando as modinhas que tem por aí!
Pa: (risos) Pior!

1497.
PV: Toda mulher diz que todo homem é igual e não presta, sendo que os homens só não prestam porque uma vez tentaram ser legais com as mulheres e elas não souberam dar o devido valor, logo toda mulher é igual.
F: Alternativamente, “o pegador de hoje é o romântico de ontem e o corno de amanhã”.
PV: E se... Por ironia do destino, o ex[-namorado] dela [minha pseudonamorada] finalmente conseguiu alguma coisa [com ela], eu realmente nem passaria pelo estágio “pegador de hoje”.
F: (muitos risos).

1496.
F: Se você trocou Alpha Dog pelo Danny Ocean e sua trupe, então... Fez certo. Filmes de bandidos cavalheiros no melhor estilo Arsène Lupin são fantásticos.
CW: Esse filme é demais... Mas, não consegui ver o terceiro ainda.
F: Baixe, grave em um DVD e assista em uma televisão monstro.
CW: Minha televisão é monstro mesmo... Principalmente em dia de chuva... Sempre me assusta!
F: O quê? Ela fica toda chiada e começa a dizer “Carol Anne... Carol Anne... Carol Anne!”?

1495.
Mãe: Pega a minha carteira.
F: (pega a bolsa) Aqui.
Mãe: Tira a minha carteira.
F: (rindo) Isso não vai prestar.
Fa(i): (rindo) Eu já ia dizer!
Mãe: Me dá [a bolsa], me dá [a bolsa], me dá [a bolsa].
F: (risos).

1494.
Amigo da Irmãzinha Bochechuda: Eu acho que o problema [das notas baixas] é culpa do retorno [da tarde].
F: OK, deixe-me ver se eu entendi, você está dizendo que a solução para tirar notas melhores é estudar menos?

1493.
*carro lotado*
F: Mãe, por que a senhora está aqui [se está de férias e poderia estar curtindo a preguiça em casa]?
Mãe: Eu vim resolver um problema.
Fa(i): Resolveu um problema e causou o nosso problema [de lotação].

1492.
*flashback meados de 2008*
F: Caramba, tô sentindo o cheiro de, ah, “bacalhau”.
P(p): (dá uma fungada) Pior!
F: (olha para a prima) Você está com esse uniforme desde hoje cedo, né?
P(p): (olhar fulminante).

1491.
F: Pois é, dei uma topada hoje e arranquei um bife do pé.
Co: (rindo) Andando com a [censurado] exibindo o bundão na tua frente de novo é?
F: Não, não, mas eu confesso estar pensando nela na hora.
Co: Oh, que bonitinho! Ela vai ficar toda felizinha se souber disso e o [irmão dela] vai querer enfiar uma vassoura no teu rabo.
F: Eu já mencionei como adoro os teus comentários?

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