sábado, 24 de julho de 2010

Crônicas da Minha Vida (156) + Devaneio

.: DEVANEIO :.


O sindicalista argentino Luis D’Elía propôs a celebração do Dia do Filho da Puta em todo dia 2 de agosto, que é a data de aniversário do “simpático” Jorge Rafael Videla. Bem, eu sou um fracasso como adulto, mas creio ter o direito de dar uma ideia: proponho a comemoração do Dia da Hipocrisia em todo dia 15 de agosto, data escolhida por mim por ser o aniversário de uma das pessoas mais hipócritas que eu já tive o desprazer de conhecer.

Mas por que o Brasil deveria adotar essa minha ideia nascida em uma noite de insônia? Primeiramente, porque o Brasil é um país laico e, no entanto, todos nós ficamos curtindo a preguiça em nossas casas durante os feriados católicos como, por exemplo, o Carnaval e a Páscoa. Sim, o Carnaval é, originalmente, uma festividade católica que hoje em dia é comemorada com muito álcool, drogas e sexo casual — 47 dias mais tarde, lá estaremos nós no interior das igrejas festejando a ressurreição de Jesus Cristo e fingindo para nossos parentes que ainda somos virgens e inocentes.

E, como se isso não fosse o bastante, deixaremos nossos cabelos ao natural no Dia da Raça, mas faremos chapinha o resto do ano! Falaremos de igualdade entre sexos, mas daremos nosso apoio a Lei Maria da Penha! Permitiremos que aquele mendigo permaneça esfomeado até o Natal, ah, o Natal, uma época adorável em que todos nós viramos boas pessoas e resolvemos fazer boas ações, incluindo dar comida aquele mendigo que voltaremos a ignorar logo, logo. Depois do Natal, faremos nossas resoluções de Ano Novo, brindaremos com nossas famílias e amigos e assistiremos ao estouro dos fogos de artifício e então, por três gloriosas semanas, faremos de tudo para sermos pessoas melhores até percebemos como aquilo é estúpido e daí nós voltaremos a agir como normalmente, ou devo dizer, hipocritamente?

Eu torno a dizer: nós deveríamos ter um Dia da Hipocrisia. Isso é tão verdade que até eu (o autor desse texto) estou agindo com hipocrisia ao escrevê-lo de madrugada quando horas atrás censurei uma amiga adorável por estar trocando a noite pelo dia!


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (156) :.


1470.
P: Não acredita no poder do amor?
F: Não, apenas no do squidun.

1469.
P: Mas nós [do Octeto Fantástico] somos relapsos entre nós, né.
F: Mano, podemos ser até relapsos, mas, puxa, sempre estamos lá quando é necessário... Nos tempos de infelicidade... E nos de felicidade também... Ainda que estejamos distantes um do outro pela maior parte do tempo... Nunca nos esquecemos [de] que em algum lugar dessa pequena grande cidade... Os nossos irmãos estão pensando em nós e rindo das lembranças que compartilhamos! (pausa) Incrível como eu sempre tenho um discurso otimista, motivador e bonitinho escondido na manga, hein (risos)?
P: Sim. É bonito, interessante, motivador e inteligente. (pausa) Mas às vezes totalmente irreal (risos).

1468.
F: (do nada) Sabe aquela parte da nossa amizade em que um fala e o outro só concorda sem fazer nenhum tipo de comentário?
P: Sim, sei. Geralmente ocorre de ti para mim e nunca o oposto!

1467.
F: (rindo) Por São Patrício! Por que diabo você SEMPRE tem de dar umas cinquenta ideias ruins antes de dar a boa ideia?
P: (risos) Acontece.
F: Exato, acontece SEMPRE.
P: É meu marketing.

1466.
F: Mas que brasa! Brasa é uma gíria antiquíssima que a [censurado] me sugeriu para usar no lugar de “sensacional” e “fantástico” quando eu reclamei que estava soando muito gay.
P: Sensacional. Falar “brasa” é demais para os cantos de lá, para os cantos de daqui, não, não, você vai ficar parecendo um velho gay.

1465.
F: Maldita insônia, está me fazendo errar palavras e me sentir como uma mula!
CW: Bem-vindo ao clube.
F: Obrigado. Temos cartõezinhos de membros ou é algo mais informal mesmo?
CW: (risos) É informal. Eu gosto de trabalhar na irregularidade. Clube alternativo.
F: Eu fui o único que pensou agora em um pubzinho situado em uma rua de paralelepípedos iluminada precariamente por lampiões, que é frequentado pela camada alternativa da população e que oferece seu palco para bandas desconhecidas e saraus de poesia?
CW: (risos) Gosto da sua imaginação.
F: É uma boa imaginação, muito útil na hora de inventar mentiras desculpas para se safar de situações embaraçosas e/ou complicadas.
CW: Queria ter essa imaginação para enganar a minha mãe pra sair e voltar uma semana depois.
F: E eu queria ter uma mãe enganável. Mamãe é um polígrafo humano, ela sabe que eu vou mentir ANTES de mentir!

1464.
F: E, apesar do péssimo protagonista, é um filme [Edward Mãos-de-Tesoura] bom mesmo. E intrigante também. Lembro-me que toda vez ficava me perguntando como ele conseguia usar o banheiro.
CW: (risos) Tanta coisa para pensar e você pensa logo em como ele usaria o banheiro. Legal.
F: Eu sou um homem simples, logo penso nas atividades simples (piscadela).

1463.
CW: Felipe, andei pensando, acho que vou fazer um vídeo pra pôr no YT, o que você acha?
F: Depende, que tipo de vídeo você pretende colocar no YouTube?
CW: Eu cantando alguma música.
F: Bem, eu acho que seria uma boa ideia. Desde que, é claro, você me mandasse o link do vídeo. Vai apenas cantar uma música, ou tocará violão também?
CW: Queria tocar, mas minha amiga faz aula há mais tempo... E toca bem melhor. Vou pedir para ela tocar.
F: Girl duo. Legal. Tem ideia de qual música cantará?
CW: Não... Queria cantar Across the Universe. Vi quase todos os covers dessa música no YT hoje, só dois me agradaram.
F: Então cante Across the Universe. Faça um cover que agrade tanto a você quanto as pessoas que detestaram todas as outras versões.
CW: Acho que vai ficar das trevas (risos).
F: Eu honestamente imaginei um cover “tim burtomizado” da música. Curiosamente, com Edward Mãos-de-Tesoura tocando violão, afinal, nunca vi tua amiga, logo não posso imaginá-la.
CW: (muitos risos).

1462.
M: Nem te conto!
F: (imediatamente) Egoísta.

1461.
M: Eu já vi que você é morto de amores pela sua “namoradinha”, e sendo assim, não me incomoda um ou dois comentários sobre ela... Assim, de você pagando pau [para ela].
F: É, é, eu sou meio alucinado por ela mesmo.
M: (sarcástica) Sério, nunca reparei, olha.
F: Ia morrer sem saber disso se eu não tivesse falado agora, né?
M: Porra. “Tedoidé” (risos). Mas é legal ter uma paixão assim...
F: Especialmente quando é retribuída.
M: Exatamente. Queria eu poder esse tipo de situação (risos).
F: Acho que é só querer.
M: (risos) Pela primeira [vez] na nossa conversa vou te dizer que não é tão simples assim.
F: É só encontrar alguém que te completa, ora.
M: Como [eu] disse. (sarcástica) Super simples, não?
F: Pior que é: você apenas tem de estar no lugar certo na hora certa, logo, tem que ter... Sorte (piscadela). Além do mais, não é como se houvesse só UMA pessoa ideal para você, há várias.

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