sexta-feira, 16 de julho de 2010

Crônicas da Minha Vida (154) + Poema + Devaneio



.: DEVANEIO :.


Em toda minha inocência dos meus catorze anos (sim, pessoas, eu já fui inocente), eu vivia imaginando como seria simplesmente sensacional ter dezoito anos, sendo maior de idade, eu poderia sair à noite sem ninguém (meu pai) me ligando de cinco em cinco minutos para averiguar se eu ainda estava vivo e perguntar o meu paradeiro, não teria de me preocupar com a Operação Cadê Seu Filho e poderia aposentar minha identidade falsa.

No presente momento, eu tenho vinte anos e exatamente um mês de vida, meu pai já não me liga de cinco em cinco minutos quando eu saio à noite, a Operação Cadê Seu Filho não me incomoda mais e eu nem desconfio de onde foi parar minha identidade falsa — meu estado como maior de idade, dono do meu próprio nariz, acabou com todos os medos e inseguranças dos meus dezesseis anos. E agora eu estou entediado.

Não me entenda erroneamente, eu continuo me divertindo intensamente quando saio com meus amigos, entretanto sinto muita falta da emoção, da adrenalina proporcionada pelo fato de estarmos ali nos divertindo apesar da Lei. Era legal. Eu me sentia como um autêntico Jesse James da cidade não tão grande em pleno século XXI!

Oh, bem, acho que é verdade aquilo que dizem por aí: “tudo que é proibido é mais gostoso”.


.: POEMA :.


O lugar que eu deixei,
Para nunca mais retornar,
Esse é o ponto de convergência,
Ao qual
eu devo retornar —.


.: CRÔNICAS DA MINHA VIDA (154) :.


1450.
Fa(i): (acrescenta mais duas colheres de leite ao Nescau) Eu quero mais grosso...
F: E eu queria que você fosse minha amiga ao invés de minha irmãzinha, porque aí eu soltaria um comentário lindo.

1449.
*cantando*
Fa(i): Help!
F: I need somebody!
Fa(i): Help!
F: Not just anybody!
Fa(i): Help!
F: You know I need someone!
Fa(i): Help!
F: When I was younger, so much younger than today!
Fa(i): (calada).
F: (calado).
Fa(i): Vai, continua.
F: Não, é um verso para mim, um verso para ti.
Fa(i): (arriscando) Help?
F: (rindo) Você me envergonha.

1448.
*flashback 2005*
L: Você e o [teu primo] são idênticos.
F: Não mesmo. Enquanto um de nós é charmoso, brincalhão, divertido e bonitão, o outro sou eu.
L: Ah, não fala isso! Você também é bonito.
F: Então me dê um beijo.
L: (constrangida) Bonitinho...
F: (rindo) Bem, eu tinha de tentar.

1447.
F: (vestido de terno e gravata) Como eu estou?
Co: (vendo-me pela webcam) Como o Aaron Eckart em Obrigado Por Fumar.
F: Isso quer dizer que eu vou pegar uma repórter idêntica à Katie Holmes?
Co: Não, isso quer dizer que você será induzido a uma overdose de nicotina por um sequestrador macabro.
F: Fantástico.

1446.
F: [Minha prima], é impressão minha ou você deixou o [teu namorado] sozinho no quarto com a [minha irmã] e a [nossa prima]?
P(p): (volta correndo para o quarto).
F: (risos).

1445.
CW: Felipe Eduardo, [eu] vou dormir... Você nunca dorme?
F: Aos domingos.

1444.
CW: Sabe o que é legal?
F: Sei: Pink Floyd.
CW: Você tocou no nome “miriápode” e aqui no Rio, nós falamos “gongolo”, exatamente assim: “gongolo” e não “gongolô”, como é o certo. Minha amiga diria agora: “Uma informação que mudou minha vida”. Mas, enfim...
F: (rindo) Meu primo mangaloide diria agora: “Peraí, vou pegar o meu caderninho para anotar”.

1443.
CW: Conhece a Cat Power? O sonho dela era conhecer o [Bob] Dylan. Quando aconteceu, ela disse: “Eu te amo”. Ele respondeu: “Nossa, que legal... Pelo menos uma pessoa me ama nessa vida”.
F: Eu honestamente não sei dizer se o Dylan foi sarcástico ou apenas indiferente. E Cat Power era o nome da gata (animal de estimação) da minha amiga, de alguma maneira, duvido que estejamos falando da mesma Cat Power.
CW: Acho que sarcástico (risos). Cat Power [é] uma cantora, uma ótima cantora, uma das minhas favoritas.
F: (sorrindo) Você está se coçando para me dizer para ir procurá-la ou para me mandar um vídeo dela, não é? E, antecipando, pode dizer ou mandar.
CW: Essa música ela fez pro Dylan: http://www.youtube.com/watch?v=bPagnhPTbeg. Eu ri do: “Você está se coçando...” (risos).
F: Ótimo, o plano era fazer você rir mesmo.

1442.
CW: Vai reprisar o show hoje do Paul [McCartney].
F: Horário?
CW: 18:00.
F: Ah, não poderei assistir. Viajarei oito da madrugada e só volto no domingo às 21 horas.
CW: Que pena... Vou assistir de novo.
F: Ah, claro, faça inveja. Muito bonito da tua parte.

1441.
F: Eu nunca sonhei que brigava com a minha irmã, no máximo, houve uma vez em que ela arremessou um cadeado, uma vassoura e uma tesoura em cima de mim. E eu era inocente: nunca havia nem chegado perto dos ursinhos dela, tampouco os decapitado!
CW: (risos).
F: Sim, ela — como toda e qualquer mulher da minha vida — é violenta.
CW: Ela é baixinha? Dizem que as baixinhas são violentas.
F: E são mesmo. Toda baixinha é enfezada.

1 comentários:

Anônimo disse...

sobre o devaneio!
tedio o sentimento humano mais forte existente, pois dele a HUMANIDADE foi criada assim dizem os defensores da teoria pregada pela Biblia, dele somos eternos reféns, por ele nos evoluirmos a humanidade não esquecendo do inconformismo, pois os dois unidos são fatais a qualquer coisa imutavel.
ja dizia miguel cervantes, do tedio o homem criou tudo ate o amor,logo tenho que concordar com ele.Mais o devaneio demonstra uma certa constatação que todo adolescente tem ao chegar aos 18 e sim esta certissima, mais quando chegasse la,nada mais é Proibido, e o ser tem que se adequar ao seu novo mundo, agora ele responde aos seus atos, apesar deu conhecer uns 30tões que ainda não respondem, fazer o que!
adolescente queridos que leem esse blog, e jovens maduros ao excesso,so digolhes uma coisa o tédio é excessencial a nós seres humanos, aliados com o incorformismo arma letal ao velho sistema, mais se for o oposto conformismo mais o tédio somente dará uma coisa, opa deixa eu ver meu msn depois respondo!

P tacklebarry, um entendiado nato, inconformado tbm arma letal contra o Obvio!

Postar um comentário