domingo, 4 de julho de 2010

Crônicas da Minha Vida (150) + Devaneio + Conto




.: DEVANEIO :.


Eu tenho um primo — OK, ele não é meu primo legítimo, é um amigo que, por gostar muito dele, considero como um autêntico primo — que, desde os nossos “inocentes” quinze anos, é completamente alucinado por uma menina, Natasha (nome fictício). Durante todos os três anos do Ensino Médio, meu primo inventou uma infinidade de estratagemas para conseguir torná-la sua namorada, para ter sucesso em fazer com que ela visse-o como alguém além de “aquele cara meio estranho, meio legal que senta no fundão da sala” — e, bem, ele fracassou, nem ao menos teve êxito em abraçá-la, mas, ah, a vida continua e a vida dele continuou: agora esta no cursinho, arranjou uma namorada, vai para a academia três vezes por semana e por lá ele fez algumas amizades, sendo que a amizade de maior significância é a com a prima de sua namorada, Gabriela (nome fictício), a qual o convidou para sair em casal na sexta-feira passada, eles iam ao El Bandoleiro (um bar aqui da nossa cidade), tão logo pisou no recinto de caráter mexicano e foi apresentado à namorada da prima da namorada dele, o queixo do meu primo foi parar no chão — era a Natasha. Qual é o meu ponto em contar essa história? Um único: provar para uma queridíssima amiga que o Todo-Poderoso tem senso de humor. E como eu sei que tal episódio é obra dele? Ora, eu sei disso porque é uma situação divinamente engraçada.




1410.
Co: Você é um canalha de categoria maior.
F: E ainda assim você me ama.
Co: Isso [te amar] não me impede de estar te odiando agora.
F: E quando esse ódio vai passar?
Co: Depois.
F: OK, eu espero. (cinco segundos mais tarde) Já é depois?
Co: (olhar assassino).

1409.
F: Eu realmente tenho uma vida incrível, não é?
Co: Sim, você tem.
F: Fico feliz.
Co: Eu também. Teus acontecimentos bizarros me divertem.
F: De nada, moça. Pode sempre contar comigo para te divertir.

1408.
F: Aff, [eu] estou exausto.
Ju: Foram quantas [meninas que você ficou] hoje?
F: Cinco. E nem peguei nenhuma delas, só fiquei escutando seus problemas e brincando de analista.
Ju: Porra, [eu] achei que você tinha ido à loucura cinco vezes...
F: (rindo) Não, não, hoje não. Eu planejo, no entanto, dormir com cinco mulheres ao mesmo tempo, dentre elas, uma prostituta, afinal, ajuda profissional pode ser interessante nesse caso.
Ju: Ah, que paia a prostituta...
F: É bom ter certeza de que alguém ali estará sabendo o que fazer.
Ju: Você pode pegar uma mulher safada. [Por] Exemplo: aposto que se fosse para a cama com a [censurado] e mais quatro [mulheres], ela saberia [o que fazer] melhor que uma puta (risos).
F: Aposto que você sabia muito bem que eu ia adorar esse comentário.
Ju: Sabia, mas é a mais puTa verdade.
F: Com tesão.
Ju: (rindo) Sempre!

1407.
F: Sim, coisas bizarras acontecem comigo.
C: (estupefata) Deu para perceber.
F: Pois é, o engraçado é que eu sou uma pessoa tão quieta... Não entendo como sempre consigo estar no meio do caos.
C: Você? Quieto? Desde quando?
F: Eu sempre me considerei uma pessoa quieta, tímida, muito na minha. Eu não sou assim, não?
C: Não.
F: Então eu sou o quê? O tipo de cara que esta sempre liderando a sacanagem, que fica soltando piadas inapropriadas, que chama todo mundo para a baderna e que se dá bem com qualquer pessoa?
C: Quase [isso].
F: Muito, então descreva-me, pois fiquei curioso para saber como eu sou aos teus olhos.
C: Uma pessoa legal, [que] gosta de contar piadas, um bom amigo, [e] ouvinte, alegre, enfim... Uma pessoa que eu considero especial.
F: OK, eu confesso ter ficado emocionado agora. Também te considero muito especial, [censurada], você é a minha melhor amiga.

1406.
Al: Quero muito comer um xis strogonoff de carne com muuuuita maionese, como proceder?
F: Por favor, não coma isso.
Al: Mas por quê?
F: Moça, estrogonofe com queijo não casa... É que nem loira boazuda e cara pobre.

1405.
F: Aff, o que é o tédio pré-saída... Cá estou eu tentando aprender os passinhos de dança do John Travolta no Pulp Fiction.
Ju: OMG! E eu estava me achando deprimente (risos).
F: Pois é. O pior de tudo é que depois eu vou tentar aprender os passinhos de dança do Gerard Butler em RocknRolla e do Joseph Gordon-Levitt em (500) Days of Summer.
Ju: (pasma) Você deixa para aprender os passos de dança duas horas antes de sair?
F: Sim, sim, sim.

1404.
F: Sabe, eu acabei de perceber nesse momento que o tempo é como uma droga: muito dele te mata.
Co: Eu honestamente gostaria de saber o que você cheira para ter esses pensamentos.
F: (sorriso sacana) É para responder mesmo?

1403.
F: Ei, a mãe da Chapeuzinho Vermelho sabia que tinha um Lobo Mau na floresta?
Co: Sabia.
F: E mesmo assim ela mandou a Chapeuzinho Vermelho levar os doces para a vovó? Uau! Isso que eu chamo de falta de instinto materno!

1402.
*twiitando*
Cl: Morrendo legal no Pacman.
F: (pasmo) Sério?
Cl: Sim, e acabei de levar uma surra dos zumbis de Resident Evil! Sou uma negação em jogos...
F: Ah, antes pegar porrada dos zumbis de RE que dos fantasminhas adoráveis e fofos (OK, isso foi gay) do Pacman.
Cl: Os fantasminhas são muito rápidos!
F: Você não é chinesa/descendente de chineses? Faça como uma ninja e seja mais rápida! #piadatoscaevergonhosa.
Cl: (risos).

1401.
F: Mas então, mano, como foi o teu dia?
P: Mano, foi um dia típico, acordei, fiz uma caminhada sem dores no joelho até o Líder [do Umarizal], comi um pão com queijo e Toddynho gelado, voltei para cá [minha casa], assisti ao jogo [do Brasil contra Portugal], escutei umas músicas, paguei duas dívidas, fiquei deprê por pagá-las, e com o resto de dinheiro que tinha, fui ao Old School [Rock Bar] tomar umas quatro a cinco cervejas, fiz amizade com umas pessoas que não vou adicionar no MSN nem ligar, e cá estou: puto por ter pagado as dívidas.
F: (em tom de desaprovação) Você e o seu Toddynho.

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