segunda-feira, 24 de maio de 2010

Crônicas da Minha Vida (138) + Devaneio




.: Devaneio :.

Eu tenho uma amiga por quem sou alucinado, morro de paixão por ela e nos casaremos daqui a vinte anos caso ainda estejamos solteiros e sem qualquer outra escolha. Ela é ótima em todos os sentidos, ou melhor, em quase todos; peca somente em um detalhe: seus hábitos alimentares. Eu conheço quase que toda família dela e, no entanto, não há ninguém com estes mesmos costumes. Do que eu estou falando? Bem, estou falando das estranhas combinações de comida que ela faz como, por exemplo, o quarteto feijão/peixe/macarrão/maionese, o triplo farofa/lasanha/vatapá, o duplo batata-frita/sorvete e o uno brócolis. Caramba, quem come essas coisas? Eu sei que é tudo comida e, portanto, importante — OK, talvez o brócolis não seja tão importante —, mas, caramba, cadê o senso de combinação? Peixe não combina com feijão! Farofa não combina com lasanha! Sorvete não combina com batata-frita! Brócolis é horrível, matou o Homer Simpson em um episódio da “Casa da Árvore dos Horrores”! É tão difícil de entender isso?! Eu sou alucinado por ela, morro de paixão e nos casaremos daqui a vinte anos caso ainda estejamos solteiros e sem qualquer outra escolha, mas, caramba, nem a ponto de bala eu me sento para dividir uma refeição com ela.

1280.
C: (após ouvir um barulho estranho na cozinha) Eu vou ficar ouvindo música [para me distrair].
F: Que ideia genial: você escutou um barulho estranho e agora vai escutar música, muito interessante.
C: (“irritada”) Você esta sendo irônico.
F: Eu faço comentários irônicos em momento inoportunos, você sabe muito bem disso, me conhece há treze anos.

1279.
F: Bem, se você quiser, eu posso descobrir o que há por trás desta história da tal [censurado], quem ela é e se, de fato, existe.
C: Ficaria muito agradecida.
F: Muito bem, brincarei de Sherlock Holmes por você. Ironicamente, o meu Dr. Watson é justamente o cara que possivelmente iniciou todo este caso. Que adorável.

1278.
P: Isso esta estranho.
F: Não, mano. Estranho é o meu jeito de dançar. Isso esta é bizarro mesmo.

1277.
F: Sabe, mano, isso é legal, digo, a gente aqui, reunido, OK, OK, alguns de nós não estão aqui, mas, enfim, é bom, eu senti falta disso.
P: Eu também senti, mano. Muita falta.
F: Yep. Nada como reencontrar velhos e bons amigos.

1276.
T: Posso fazer uma observação?
F: Pode.
T: (põe a mão na testa e olha ao redor).
F: (cinco minutos mais tarde) Agora que eu fui entender (risos)!

1275.
F: E como estão os teus tios?
Ca: Fazendo terapia de casal com um tal de Dr. [censurado].
F: E?
Ca: E agora estão se divorciando.
F: Lembre-me de nunca me consultar com este... (pausa) Charlatão?

1274.
Jo: (“alto”) É tão divertido ser eu! (pausa) É divertido ser você?
F: (segurando o riso) Na maioria das vezes.

1273.
F: OK, deixe-me te falar duas coisas sobre mim: 1) eu sou muito inteligente, 2) eu sou vingativo, e 3) eu não tenho receio em trapacear.
Amigay(Mi): Foram três coisas.
F: (sorriso sarcástico) Viu? Já estou trapaceando e, puxa, eu ainda nem comecei a brincar direito.

1272.
J(p): Sacanearam muito com a banda da tua amiga.
F: É verdade, é verdade. Sabe o que eu vou fazer quando chegar em casa?
J(p): O quê?
F: Vou xingar muito no Twitter.

1271.
J(p): É como a Zooey Deschanel disse no filme [“Sim, Senhor”]: você tem de fazer com que o mundo seja como um parque de diversões, nós sabíamos fazer isso quando éramos crianças, apenas nós nos esquecemos.
F: Eu me orgulho em dizer que continuo vendo o mundo da mesma maneira que via aos doze anos.
J(p): Como assim?
F: Cada dia, uma aventura. Cada momento, uma oportunidade de se divertir. É assim que eu vivo: tentando me divertir e aproveitar tudo ao máximo possível. Eu sou uma criança. Chame-me de Peter Pan.

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