terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Crônicas da Minha Vida (104) + Conto

940.
F: (devaneio) Eu não me lembro, exatamente, quem foi, contudo tenho absoluta certeza de que alguém certa vez me disse o seguinte: “O cara mau sempre — SEMPRE vence”. De vez em quando, o “cara mau” é o namorado idiota da garota por quem você esta apaixonado, outras vezes, é aquele cara com quem você tem uma rivalidade desde, uh, desde a sua lembrança mais antiga, e também pode ser até mesmo uma doença contra a qual você, francamente, não tem chance nenhuma. É um pensamento depressivo? Com certeza. Então, o que fazer? Oh, bem, eu não sei. Tudo o que faço é me levantar da cama outra vez com o nascer do Sol e acreditar do fundo do coração que dessa vez valha a pena ser um bom homem.

939.
P: Brother, o seu blog tá muito pensativo mais romântico nos posts atuais.
F: Postagem atual. É a única que esta assim.
P: Exato, era a isso que me referia. Por que isso?
F: Porque o nome do blog é “Crônicas da Minha Vida” e não “Conversas Engraçadas da Minha Vida”, logo aparecerá, vez ou outra, coisas um tantinho mais profundas e significativas do que nossa acidez habitual.

938.
P: ... Provavelmente estarei “nú”.
F: Eh, tire o acento do “nú”.
P: (boquiaberto) Já tiraram o acento até do “nú”?
F: Nunca teve.
P: Nunca? E o “cú”? Tem acento, correto?
F: Outro que nunca teve. Oxítonas terminadas em “U” não têm acento.
P: Fudeu! Agora é o fim do mundo realmente!

937.
P: Tipo assim...
F: (interrompendo) Não faça isso. Sério. “Tipo assim” não somente é pior do que o meu “de boa” como também é uma redundância. Não caia a esse nível, por favor.

936.
*em uma realidade alternativa*
F: (quatro anos) Ei, você gosta do Homem-Aranha?
P: (cinco anos) Gosto.
F: Legal! Agora você é o meu melhor amigo!

935.
F: Você nunca assistiu “Dawson’s Creek” nem “Beverly Hills 90210”?
P: Não. Só me lembro do “Beverly Hills 90210” em termos, mas nunca assisti.
F: (pasmo) O quê? Não pegava o SBT na tua casa, não?
P: Pegava, mas eu estou mais preocupado com questões existencialistas: quem sou eu? Para onde vou? Existe amor? O que é amor? O que é a morte? Por que a morte existe? Quando ela vem? Existe alma gêmea? Eu já a conheço? Será que algum dia eu vou encontrá-la? E se eu não a reconhecer, ela vai me reconhecer? E se eu tratá-la mal? O que é deus? Quem é ele? Quem é o diabo? Existe Céu? Existe Inferno? Tudo isso desde os quatro anos de idade.
F: Nossa! Nossa! Com quatro anos de idade eu estava preocupado em NÃO comer papel!

934.
C: (triste) Se eu tivesse passado [no Vestibular], estaria de férias.
F: (triste) Se eu tivesse passado [no Vestibular], estaria me bronzeando em um iate. Ah, não. Isso é se eu tivesse ganhado na Mega Sena.

933.
Fa(i): Ela [nossa tia] se acha azarada? Apresenta o [nosso primo mangaloide] pra ela!
F: (rindo) Ponto [para a irmãzinha bochechuda pelo comentário]!

932.
J(p): Sabe onde fica um lugar chamado “El Bandoleiro”?
F: Ah... México?

931.
J(p): (contando uma piada) Por que o fio elétrico da tua casa não é preto?
F: Eis uma pergunta cuja resposta nunca me interessaria, então: não sei.
J(p): Porque se ele fosse preto, roubaria energia.
F: Digno de e-piadas.

CONTO: Uma Noite no Escórpio.

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