quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Crônicas da Minha Vida (100) + Conto

900.
P: E outra, o primeiro amor não é a primeira pessoa por quem a gente se apaixonou, muito menos a pessoa com quem a gente ficou da primeira vez, é aquela pessoa que a pele tem toque diferente, as pessoas se sentem atraídas uma pela outra quando estão próximas, seria a determinada química.
F: Nesse caso, mano, então ela é o meu primeiro — e até agora — único amor.
P: Isso é problemático.
F: Why?
P: Porque ela será para o resto da vida.
F: Quando eu tinha uns doze, treze anos, estava passando as férias em Mosqueiro, sentado na porta da casa de veraneio da minha tia, vi um picoleseiro passando, chamei o homem e perguntei se ele poderia ficar esperando ali até o meu pai chegar e pagar o bendito picolé, ele disse que sim, então ficou a esperar e a conversar comigo. Ele me disse algo muito interessante que, na época, eu não dei muita atenção, não me recordo de cada singela palavra dita por ele, por isso parafrasearei: “eu não acredito em reencarnação, mas acredito que tenhamos várias vidas, veja bem, você pode ganhar uma nova vida a qualquer hora, basta aproveitar a oportunidade daquele momento”. O que eu estou querendo dizer por meio disso, mano, é que a [Srta. Insegurança] é o primeiro amor da minha vida e talvez seja O amor da minha vida, mas, caramba, se não der certo dessa vez, eu poderei escolher entre continuar tentando, ou começar a trilhar o caminho de uma nova vida. Mas uma coisa é certa: eu ficarei MUITO feliz se der certo dessa vez.

899.
Y(p): Todo e qualquer discurso carrega informações referentes ao ponto de vista da pessoa que o utilizou, direta ou indiretamente, só precisa ser interpretado.
F: O que pode levar — e normalmente leva — a interpretações errôneas e, consequentemente, a discussões despropositadas.
Y(p): Isso funciona pra alguns dos maiores e mais bem recomendados filósofos por aí.
F: Ora, e o que a filosofia se não várias pessoas interpretando, erroneamente, o que os outros falaram?

898.
F: “Vê o caminho da luz”, é mais ou menos assim que eu fico quando, ah, perco o controle. Imagino que seja mais divertido quando não se esta em estado berserk.
Ju: Se eu soubesse o que seria “estado berserk”...

897.
F: Eu terminei com a [Moça].
I: (pasma) Por quê?
F: Porque não é dela que eu gosto.

896.
F: Mamãe Noel? Sério?
T: Mas não a Mamãe Noel gorda. A Mamãe Noel gostosa.
F: Ah, sim. Humm... Testarei essa Mamãe Noel outra hora. Sabe donde arranjar a fantasia?
T: Pior que não, mas acho que sex shop em época de Natal deve vender.
F: Go, go Maria Escandalosa! Para o Felipemóvel!

895.
J(p): Eu não tô com pena, não. Quando eu me dou mal, ele me trata do mesmo jeito [com grosseria]. Serei assim também.
F: Humm... Eu tenho uma dificuldade enorme em tratar mal as pessoas. Não sei xingar.
J(p): Nem eu. Na verdade, odeio xingar. Prefiro mostrar a realidade.
F: Que, normalmente, é feia, mas continua sendo o único lugar onde você pode encontrar uma Coca-Cola Zero gelada, uma boa família e amigos e uma linda mulher.

894.
M(p): Caralho! Felipe, olha o tamanho do cofre daquele cara! Parece o Grand Canyon!
F: Meu primo, há uma porrada de mulheres lindas aqui, mas você estava olhando para o cofrinho daquele cara? Isso é errado.

893.
F: Estou triste. Quero um abraço. Cadê a [censurado]?
J(p): Estou confuso: é [Srta. Insegurança] ou [censurado]?

892.
P: Doce ilusão, mano, seres humanos são complexos.
F: Discordo. Pessoas são simples. Podem não ser fáceis, mas são simples, afinal, não estamos todos procurando a mesmíssima coisa: um tantinho de felicidade? É para obter essa felicidade que nós vivemos, crescemos, lutamos, sofremos, rimos, choramos; pequeninas emoções, momentos, às vezes, uma gota de felicidade é suficiente para te fazer sobreviver a pior das provações.

891.
F: Tudo bem?
Ju: Sim, sim. E você?
F: Ah, tô feliz e confuso. O que é ótimo, porque normalmente só estou confuso.

CONTO: O Salto.

Nota: J(ex-nP) => Ju.

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